O Salvador

Capítulo IV

     Em casa sozinho, James está sentado no sofá da sala perdido em seus pensamentos sobre o mau que fez a sua esposa Dayla que saiu pela manhã furiosa ao saber que sua casa será vigiada vinte e quatro horas por causa do seu projeto, é de se esperar que Dayla ficasse magoada porém James só pensava em como iria reverte essa situação para que ela não se sinta tão prejudicada. Ao soar das onze da manhã a campanha da casa toca, é o cientista doutor Aluísio Amancio trazendo consigo uma encubadora onde se encontra o robô.

—por favor entre. — disse James já não tão contente com a ideia.

— senhor James aqui está o protótipo número 01 da sua linha. — Aluísio empurra a encubadora para dentro de casa com uma das mão e entrega um bloco de anotações para James com a outra. — aqui está tudo que o senhor precisa saber, desde o material usado no protótipo até como liga-lo e desliga-lo, é só ler com bastante atenção que tudo dará certo.

— eu irei ler com muita atenção pode ter certeza doutor, muito obrigado por se disponibilizar em cima deixar ele aqui. — James agradeço a gentileza do doutor em trazer o robô até a sua casa.

— está tudo bem James, vim eu mesmo deixar para poder te falar umas coisas.

— pois não, sentisse, quer um café, água ou suco?.

— não, não, está tudo bem, apenas me ouça com atenção. — Aluísio chega bem perto de James para lhe dizer as palavras mais seriamente. — sabemos eu e você que isso é errado mas fingimos que não e tá tudo bem, já fechamos nossos olhos por coisas piores, mas dessa vez eu peço para que pense bem antes de qualquer coisa, pois ser alguém com ideias é uma coisa, agora um robô é outra totalmente diferente, tome cuidado com que você vai criar dentro desta casa, ele será o reflexo do seus desejos e das suas vontades...boa sorte.

    Aluísio se foi deixando um desconforto para James que já estava desconfortável pela sua esposa, ele leva a encubadora para o quarto de hóspedes onde será os aposentados do robô e o deixa lá deitado como se fosse uma cama. Ao voltar para sala e começa a ler o bloco de notas que recebeu atenciosamente, página por página ele lendo e lendo até se ver nas últimas páginas onde encontrou uma lista de códigos para ligar o robô, ansioso e nervoso ele se contente a esperar sua esposa para fazer a ligação deixando o bloco de notas de lado para fazer outras coisas, algo que tome seu tempo até sua esposa chegar do trabalho.

    Passou se horas e mais horas, o entardecer havia chegado mas nenhum sinal da chegada de Dayla, ansioso ele resolve então ligar o robô sem a presença da esposa. Após subir as escadas e adentrar o quarto de hóspedes James se depara com a incubadora e o robô lá dentro, ele se aproxima e observa a face do robô através do vidro pequeno que permiti observa. Ao tirá-lo da incubadora James pega o bloco de notas e começa a preparar o robô para ser ligado, conectando seu dedo anelar na nunca do robô James teria que dizer algumas palavras para centralizar o robô para suas obrigações, depôs disso teria que carrega-lo na incubadora que recebeu o nome de estação de carregamento, James deu a ele roupas e sapatos e o deixou carregando.

— esse é o seu projeto. — Disse Dayla escorada na porta de madeira observando James por o robô na estação de carregamento.

— oh! Nossa que susto Dayla, não notei que já havia chegado. — desconfortável ele tenta de uma forma simplória e falha empurrar a nuvem negra que paira o ambiente com um belo sorriso e carisma.

— vi as novas câmeras instaladas, estamos em um reality agora não é?. — Dayla não podia está furiosa mas está desapontada.

— será só por uns dias eu prometo, logo isso vai passar e teremos a nossas vidas de volta. — James se aproxima de Dayla para pegar em sua mão. — pode confiar em mim?.

— posso James, só não sei se devo. — ela sente as mãos do marido tocar as suas.

— venha, veja o qual ele se parece com nós. — James leva Dayla para mais perto da estação de carregamento para poder ver através da pequena janela de vidro o robô que irá conviver com eles, Dayla por sua vez toma um susto que a faz limpar seus óculos para poder ver novamente e ter certeza do que está vendo.

— James? Tem certeza que isso é um robô?. — seu espanto é devido a beleza humana que o robô tem.

— absoluta. — James rir. — fizemos o máximo possível para transformá-lo em um de nós e com orgulho digo que nós saímos muito bem.

— até demais, não tem quem diga que isso é um robô, como programou?.

— a programação dele é fazer absolutamente tudo que a gente mandar, ele é submisso a todos os comandos dados por seus senhores, no caso nós dois. — James passa a mão sobre a encubadora. — ele se chama Andy, é o primeiro de muitos que um dia virão para satisfazer nossas vontades.

— eu não sei o que dizer, parece ótimo mas ao mesmo tempo dá medo por ser algo que nunca vimos antes, James ele pode matar? Existe algum comando para essa máquina que o impeça de cometer crimes?. — Dayla entra em Pânico saindo do quarto e indo direto para o corredor.

— Dayla escuta. — James também sai e fica no corredor com Dayla. — não existe comando algum a não ser o nosso, ele não irá fazer nada se não foi autorizado por você ou por mim, ele é um robô inteligente mas é totalmente dependente de nós seus criadores, pode ser que ele não esteja preso a um computador mas está preso ao nosso comando.

— e quanto tempo isso vai durar  James?. — Dayla cruza os braços e observa a desenvoltura de James.

— algumas semanas.

— eu perguntei quanto James.

— duas semanas e meia.

   Dayla sai do corredor e vai direto para seu quarto. James após escovar os dentes resolve se deitar, mas é impedido por Dayla que o ordena que durma no colchão no chão devido a sua atitude em não pedir a opinião dela sobre testa o projeto dentro da sua casa.