Uma chance para o amor.

Irmãos.

— X: Ah, você é a filha que ele tanto falava! - estendeu a mão e eu apertei - Roberto! - eles eram bem parecidos com meu pai, eles se apresentaram.

— Marcela: Como ele estava!

— Samara: Bem mal né, por que não vieram ver ele?

— Hugo: Eles por conta do trabalho já eu não curto muito hospital!

— Samara: Ah! - ri irônica e neguei. - O cara que cuidou de vocês a vida inteira se dedicou e quando mais precisou ficou sozinho, ele morreu sozinho.

— Paulo: Fala isso não que eu me sinto mal! - passou a mão no rosto.

— Assistente: Peço pra que vocês saiam do corredor e vão pra lanchonete que fica do lado de fora.

— Samara: Ah claro, obrigada pelo apoio.

Fui saindo infinita lanchonete comprar uma água e eles vieram atrás de mim chorando e falando sem parar.

— Marcela: Me sinto uma péssima pessoa!

— Samara: É, e vocês sabem que eles tem uma filha mais nova né?

— Roberto: Eu não posso cuidar dela por que já tenho filhos e minha esposa não ia querer!

— Marcela: Como assim ele tem outra filha?

— Hugo: É, ela deve ter uns dois anos!

— Marcela: Cara, como eu não sei de nada? Eu perguntava as coisas pra vocês e vocês só me diziam que ele estava bem, isso é estar bem!

Pedi uma água e bebi olhando eles bater boca.

— Paulo: Você nunca fez questão de saber, vivia viajando nessa palhaçada de mochilão estava há mais de quatro anos fora.

— Samara: Um pai cuida de quatro filhos mas quatro filhos não cuida de um pai.

— Hugo: Eu nem podia, além de não gostar eu não podia por ser menor de idade mas a questão é, quem vai ficar com a menina?

— Paulo: Se eu pudesse eu ficava mas eu só tenho tenho de trabalhar.

— Hugo: Preciso nem dizer nada já que eu moro com o Roberto e a mulher dele me atura.

Encaramos a Marcela.

— Samara: Sem cogitação de ser você! - neguei.

— Marcela: Porque não você? Parece ter uma vida boa!

— Samara: Tenho mas pra cuidar de uma criança não precisa apenas disso não, é necessário tempo e dedicação!

— Marcela: Se ela não tá com você e nem com a gente ela tá com quem?

— Samara: Com uma conhecida dele e acho que ela nem sabe que ela morreu! - peguei meu telefone.

— Roberto: Ela pode ficar com ele, só ela procurar um defensor público e mostrar que têm condições financeiras e psicológicas!