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GUSTAV ABRIU A porta e eu entrei e ele viu o meu olhar de desespero. Eu estava sem ar, precisava de fôlego, eu havia corrido bastante e rápido, nunca tinha corrido assim na minha vida inteira — o que aconteceu? — perguntou o loiro me olhando, eu engoli seco. O mesmo fechou a porta e seus olhos se encontraram com os meus

— eu recebi essa ligação estranha e— comecei a falar rápido ainda sem ar, mas eu fui interrompida

— Calma, então eu não sou o único recebendo essas ligações. — meu corpo arrepiou com a revelação do garoto. Gustav é o tipo de pessoa quietinha, mas quando você começa a ter intimidade com ele, ele muda completamente, vira uma pessoas totalmente diferente

— então eu não fui a única que recebeu ligações estranhas?

— Eu recebi algumas ligações estranhas há três dias — sua cara fechada estava me deixando incomodada e irritada ao mesmo tempo, eu simplesmente queria gritar

— como assim há três dias? Como elas são? — indago olhando para Gustav com minhas sobrancelhas franzidas

— a primeira vez que recebi a ligação a pessoa falou que era Georg, só que Georg estava dormindo então eu sabia que não tinha como ser ele — mexeu sua cabeça negativamente colocando uma das suas mãos na sua testa

O telefone do garoto começou a tocar, ficamos em silêncio por alguns segundos enquanto nós se olhávamos, provavelmente esperando pela minha aprovação para ele atender a ligação

— eu devo atender? — perguntou olhando a tela do seu celular — é um número desconhecido — seus olhos se encontraram com os meus novamente

Eu concordei com minha cabeça, pude sentir gotas de suor escorrer pelo meu corpo. Eu não sei o motivo que eu estava tão nervosa, tirando o fato que eu estava sozinha em casa e eu recebo uma ligação estranha, e agora eu acho que tem alguém estranho dentro da minha casa! — quem é? — Gustav atendeu a ligação e colocou no viva voz

— Olá, aqui é da internet Spectrum, percebemos que você não pagou sua conta de internet.

— Eu sei que isso não tem nada haver, mas será que poderia ligar para a polícia? — a voz do mesmo estava um pouco trêmula e suas mãos tremiam sem parar

— Vou pedir para alguém do sistema chamar, aguardem — eu consegui me acalmar um pouco com isso, o homem falava bem calmo como se fosse algo normal — qual seu endereço?

— três quatro cinco, Main Street — disse o garoto que estava do meu lado

— Tudo bem, tem uma viatura no seu caminho

— você sabe quando vai chegar? Não quero que demore muito — perguntei inquieta com essa situação

— Não vai, eles estão no caminho. — respondeu, um silêncio desconfortável começou. Gustav e eu nos olhávamos completamente dominados por nervosismo e medo — então, como sua noite está indo? — tentou puxar assunto

— Se esse é seu jeito de nos distrair — soltei uma risada curta — desculpa, mas não está dando certo — cruzei meus braços

— Você me pegou! — riu o homem pelo outro lado da linha — Tenta respirar fundo para se acalmar, vocês devem estar tensos

— você poderia na linha com a gente enquanto a viatura não chega? — questiona Schäfer

— Sem problemas eu fico, se eu estivesse nessa situação, eu também iria pedir isso — riu, mas não achamos engraçado, eu e Gustav ficamos quietos olhando para o celular que ele segurava

— eu estou com medo — murmurei brincando com os anéis que eu usava na minha mão, na tentativa de me distrair

— Você parece com medo — o cara da linha fala e eu arregalo meus os olhos —quero dizer, o jeito que você falou parece que você está com medo — ele tenta se explicar rindo pelo nariz

— Gustav, eu acho melhor desligar — avisei olhando para Gustav que estava prestes a fazer o que eu pedi

— É melhor você não desligar — a voz ficou robótica — se fizerem ao contrário, eu entro dentro da casa que vocês estão e acabo com vocês. Não tentem chamar a polícia, eles nunca chegariam a tempo

— O que você quer da gente? — minha voz saiu falhada

— Vocês vão saber logo. Tenham uma boa noite, eu recomendaria que vocês trancassem as portas, mas não tranquem comigo dentro. — fala por último, ele soltou uma gargalhada antes de desligar a ligação

Passei as mãos pelos meus cabelos tentando pensar em algo e eu só pensava em como eu cheguei naquela situação. Eu nunca fiz nada para ninguém, eu realmente espero que nada aconteça com nós hoje a noite — eu não vou dormir hoje, de jeito nenhum — fechei meus olhos fortemente e os abri olhando Gustav que parecia estar bem confuso com toda essa situação

— Muito menos eu — diz deixando seu celular cair no chão e quebrando a parte atrás do seu celular

Eu estava me sentindo em um filme de terror.

Eu estava me sentindo em um filme de terror

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Ghostface | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora