Capítulo 12 - Fim da Festa

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Hidrus Quintus estava em caos, um grande rasgo abriu-se no céu, cobrindo a antes bela paisagem estrelada com um rosa doentio e perturbador, risadas, gritos, acompanhados de uma música caótica e aromas prazerosos eram sentidos por todos os mortais.

Desse céu anormal, fragmentos de energia caíram como chuva, pareciam bolas de luz multicolorida, mas ao atingir o chão, revelavam ser criaturas abomináveis, de pele roxa, garras nas mãos e rostos deformados, algumas dessas criaturas possuíam asas, já outros pareciam grandes centauros.

Ao avistar essas criaturas inimagináveis para a mente mortal, os habitantes de Le Refuge Ombré, a maior ilha de Hidrus Quintus e localização do palácio do governador, se trancaram em suas casas parcialmente destruídas, ou fugiram para os portos, na esperança de navegarem para longe.

Homens, mulheres e crianças corriam desesperados, aqueles que ficavam para trás eram feitos em pedaços pelas garras das criaturas, ou arrastados para longe, seu destino desconhecido para aqueles que não sabiam a origem dessas criaturas.

No porto, uma das maiores leis dos marinheiros era executada, mulheres e crianças primeiro, os membros das famílias dos marinheiros foram colocados nos navios, acompanhados apenas da tripulação necessária para o navio zarpar.

Simultaneamente as forças de defesa planetária e qualquer homem que possuísse uma arma faziam o possível para atrasar as criaturas, colocando caixotes e equipamentos do porto no caminho, eles fizeram uma barricada.

Mas apesar de seus esforços, houve pouco efeito, as criaturas eram velozes, facilmente desviando das balas em seu caminho, os que eram atingidos não recebiam dano considerável, ou ignoravam totalmente os projéteis atingindo seus corpos.

Eventualmente eles superaram os defensores e se aproximaram dos navios, os navios que estavam prontos zarparam, mas havia aqueles ainda no porto, todos se preparam para o que estava por vir, famílias se abraçaram, alguns rezaram para o Imperador proteger suas almas, outros pegaram um objeto próximo para usar como arma.

Era isso, todos lutariam até o fim, mas, no fundo, eles sabiam estarem condenados, a guarda imperial nunca chegaria a tempo, se algum dia eles encontrassem esse planeta, só avistaram ruínas e ossos.

Com sorrisos sádicos e risadas descontroladas, as criaturas avançaram.

Subitamente o planeta tremeu, começou com algo pequeno, ondulações na água, objetos pequenos caindo, algumas casas condenadas pela tempestade desmoronaram, então veio o verdadeiro tremor.

Ondas gigantescas cobriram o oceano, a terra no fundo do mar se partiu e moveu violentamente, como se algo nas profundezas estivesse subindo forçosamente, os navios balançaram, os humanos se agarraram ao que podiam para não cair no mar.

As criaturas perderam o equilíbrio e caíram no chão, as casas em melhores condições desabaram, qualquer coisa que não estivesse presa era jogada no chão, o tremor continuou por minutos, mas pareciam horas, até que tudo parou, um silêncio mortal tomou conta de Le Refuge Ombré.

Então uma poderosa luz verde iluminou a ilha, os humanos estavam de costas para essa luz, todos tinham medo de se virar, mas os corajosos e curiosos lutaram contra seu medo, e ao se virarem, eles tiveram uma visão de tirar o fôlego.

Uma gigantesca pirâmide, preta, prateada e verde, brilhava no horizonte, duas pirâmides menores estavam em sua frente, duas estavam do lado e se alguém pudesse observar de cima, veria mais duas pirâmides atrás da pirâmide maior.

Essas maravilhosas construções brilhavam intensamente, inesperadamente, o brilho das pirâmides diminuiu, a luz diminuía de cima para baixo, como água sendo atirada em tinta fresca, em direção ao oceano, então a luz desapareceu.

Renascimento de Uma DinastiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora