Uma criança precisando de uma família.
Um casal que está aprendendo a lidar com as emoções.
Pedro Bittencourt De La Costa, adotado aos 3 anos de idade, cresceu em um ambiente amoroso e acolhedor, cuidado por uma família que o ama incondicionalmente...
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Eu entrei no escritório e me sentei em frente ao computador, mas não consegui me concentrar no trabalho. A sensação de que estava sendo observada ainda estava lá, me distraindo a cada minuto.
Eu tentei me forçar a trabalhar, mas não consegui. Eu não consegui parar de olhar ao redor, tentando identificar quem estava me observando. Eu sabia que provavelmente estava apenas sendo paranoico, mas não conseguia ignorar essa sensação.
Cada barulho, cada movimento me fazia ficar tenso. Eu senti que alguém estava sempre me observando, esperando pelo momento certo para agir. Eu me senti vulnerável e exposto.
Eu tentei me distrair com outras coisas, como conversar com os meus colegas de trabalho ou fazer uma pausa para o café. Mas uma sensação persistia, me acompanhando a cada passo que eu dava.
Eu sabia que precisava fazer algo para me livrar dessa sensação. Eu precisava encontrar uma maneira de me sentir seguro e protegido novamente.
Percebi que a melhor coisa a fazer seria sair do escritório e caminhar um pouco. Talvez o ar fresco e a mudança de cenário possam me ajudar a clarear a mente.
Enquanto caminhava pela rua, eu senti um alívio temporário da sensação de ser observado. Eu me concentrei em meu ambiente e nas pessoas ao meu redor, tentando me lembrar que não estava sozinho.
No entanto, quando voltei para o escritório, a sensação voltou ainda mais forte. Eu não consegui mais me concentrar em nada. Eu sabia que precisava fazer algo para resolver isso de uma vez por todas.
Eu decidi falar com meu pai e explicar a situação. Expliquei que não consegui trabalhar em paz e que precisava de uma solução para me sentir mais seguro.
— Pai, posso entrar? - Pergunto, ao ver que ele está com os meus tios.
— Claro. Está tudo bem? - Ele pergunta, preocupado.
— Aconteceu alguma coisa com a Helena? - Meu tio Lipe, pergunta.
— Não, tio. Está tudo bem com a Helena. É sobre mim.
— Sente aqui, filho. O que está acontecendo?
— Hoje pela manhã quando eu e a Helena estávamos indo para o carro, eu senti que estava sendo observado. - Falo, e tanto os meus pais quanto meus tios se olham. — Pode ser que seja apenas impressão, mas eu fiquei com uma sensação tão incômoda, que nem conseguir me concentrar aqui no escritório, eu consegui.
— A gente vai contratar segurança particular. - Meu pai fala, sério.
— Pai, não acho que seja preciso. Pode ser...
— Pode ser imaginação, como pode não ser, Pedro. Eu não colocarei a segurança dos meus filhos em risco. Jamais me perdoarei se algo acontecer com você. - Meu pai fala e me puxa para me abraçar.
