Uma criança precisando de uma família.
Um casal que está aprendendo a lidar com as emoções.
Pedro Bittencourt De La Costa, adotado aos 3 anos de idade, cresceu em um ambiente amoroso e acolhedor, cuidado por uma família que o ama incondicionalmente...
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Sempre me considerei uma pessoa calma, racional, que sabe lidar com dificuldades sem perder a compostura. Porém, hoje, quando recebi a ligação da Helena dizendo que estava sendo seguida, pude sentir o medo dela pelo tom de sua voz, e fiquei completamente desnorteado.
A ideia de alguém lá fora, nos observando, nos perseguindo, está me deixando louco. Preciso proteger Helena e mantê-la segura. Não posso simplesmente sentar e esperar que a polícia pegue esse canalha. É por isso que tomei uma decisão.
Quero que a Helena venha morar comigo até descobrirmos quem é essa pessoa. Eu sei que tenho de agir rapidamente e descobrir quem é essa pessoa antes que ela fizesse alguma coisa que machucasse a Helena ou a mim.
Sei que pode parecer loucura, mas não estou disposto a correr nenhum risco. A segurança de Helena é minha prioridade número um no momento. Não consigo nem imaginar o que aconteceria se algo acontecesse com ela. Não seria capaz de me perdoar se algo acontecesse a ela quando eu poderia ter feito algo a respeito.
Amo Helena de todo o meu coração e farei qualquer coisa para mantê-la segura. Morar juntos pode não resolver tudo, mas é um começo. Poderemos ficar de olho um no outro e, com sorte, pegar esse perseguidor antes que ele cause mais danos. Sei que não será fácil, mas estamos juntos nessa.
Durante a ligação, eu não sabia o que fazer. Helena estava em perigo e eu não conseguia pensar em uma solução para ajudá-la. Minha mente ficou em branco e meu coração acelerou. Eu nunca tinha me sentido tão impotente antes.
Precisei respirar fundo, acalmar meus pensamentos e encontrar alguma solução. Helena confiava em mim, ela precisava de mim. Eu tinha que agir, encontrar uma maneira de garantir sua segurança.
A primeira coisa que fiz foi ligar para os meus pais. Expliquei a situação e pedi para que fossem imediatamente para casa da Helena, bem como pedi para ligarem para a tia Bia e para o tio Lipe. Eles entenderam a urgência em minha voz e prometeram fazer o possível para chegarem o mais rápido possível e que avisariam os meus tios.
O episódio de hoje apenas confirmou o que já estávamos desconfiados. Estamos sendo seguidos e mais do que nunca precisamos descobrir quem são as pessoas, bem como o que querem conosco.
Enquanto aguardo a chegada dos nossos pais junto à Helena, sinto sua respiração se acalmar e ao olhá-la, percebo que ela pegou no sono. Se ela soubesse que eu sou capaz de fazer qualquer coisa para a ver bem e segura.
A deito no sofá e após alguns minutos, a porta é aberta e vejo meus pais, meus tios e meus primos e meus irmãos entrando pela porta. Eles correm em nossa direção e o barulho faz com que a Helena acorde.
— Filha, você está bem? - A tia Bia pergunta, puxando a Helena para ela.
— Eu juro que vou achar o desgraçado, filha. - O tio Lipe fala, abraçando a Lena e a tia Bia.
