Não posso mais refazer. (mitake)

Mikey? Nem tudo foi esperado, mas não significa ser ruim...

Naquele momento, a qual eu só queria chorar e sofrer sozinho até não aguentar mais, ouço uma voz familiar.

----- Mitchy? Tá tudo bem? Oque aconteceu? (Ele falava preocupado.)

----- Mikey- Kun? Oque você faz aqui? (Falo enquanto ele vem se aproximando de mim e logo se senta ao meu lado naquele pequeno banquinho de pedra meio sujo que eu me encontrava.)

----- Desculpa, sei que não é certo, mas você saiu tão derrrepente de lá, que acabei ficando curioso é preocupado com o que seria, e acabei te seguindo só pra prevenir que você realmente estivesse bem. Mas pelo visto não, por que você saiu chorando de lá?

Eu não sabia oque falar, como eu iria explicar pro Mikey, que eu estava sofrendo por causa da minha namorada que já não é mais minha? E que agora agora é feliz e quase casada com o cara que eu a tentei proteger? Que no momento é mó' gente boa?

Era impossível ele entender, se nem eu entendo.

----- É melhor deixar, foi só uma por besteira da minha cabeça. (Digo chateado comigo mesmo.)

----- Olha aqui, Mitchy, eu não sou besta. Eu sei quando esse coraçãozinho de gelatina tá mal, é eu também sei que ele nunca chora por besteira. (Ele diz ajeitando- se para sentar ao meu lado.)

O Mikey realmente me conhecia bem, e além do dom de identificar mentiras, é claro. Iria ser nunca, que ele ia cair em uma dessa, ele vai continuar a me perguntar oque aconteceu até ter certeza de tirar a verdade.

----- Mas é claro, que se o Mitchy, não quiser falar tudo bem. (Dessa vez o olho com uma cara um tanto surpresa pela aceitação repentina.)

Assim que ele percebe isso, ele me fala:

----- Olha, não me encara assim tá bom. Eu evolui bastante nesse quesito. (Ele me olha com um tom convencido, me fazendo dar poucas risadas meio sem- graça.)

----- Tá, me desculpe, erro meu tá bom. Mikey, o totalmente crescido. (Falo em puro tom de deboche.)

----- Ôôô~ nossa olha quem fala, o garoto que aposto que ainda nem chegou a entrar em um barbeiro. O eterno 15 anos. (Mikey me devolve na mesma moeda.)

----- Ei, isso já é mentira! (Digo bravo.)

----- Você já se olhou no espelho? Eu acho que quando a gente tinha 15 anos, você tinha mais cara de adulto do que hoje em dia. (O olho com uma cara pasma de surpresa e ofensa, mas não demora muito pra a gente cair na gargalhada juntos.)

----- Ah, Mitchy. Sabe, eu queria tanto reviver aqueles momentos da nossa "infância super rebelde". He he. (Mikey diz olhando para o céu distraído com as lembranças.)

----- É verdade... (Falo também relembrando meu passado nem tão distante.)

Mesmo sabendo que os bons momentos dele eram diferentes dos meus, pois, para mim, os bons momentos eram curtir com o Chifuyu; e com ele bolar mil e dois planos para o futuro dar certo (mesmo que as vezes ele fosse meio burrinho a ponto de pedir para enfrentarmos Mikey), ou até curtir de moto com os garotos, e "acredite se quiser" mas até escutar as teorias bizarras contra a Tomam do Naoto e... e ver a Hina... ver ela todas as vezes que eu me sentia preocupado, me metia em brigas ou até estava prestes a desistir... cansado de tudo.

Ao pensar isso, minhas lágrimas escorrem pelo o meu rosto. Mas, o que eu tinha me esquecido totalmente, era que estava acompanhado de Mikey, e ele após perceber que a algum tempo eu estava perdido nos meus pensamentos e até rindo, começar a chorar do nada, confirmou, com toda a certeza do mundo que eu não estava bem, eu não estava nem um pouco bem.