Capítulo IV

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Hoje é o dia do capture bandeira, metade dos campistas tem medo de mim. O problema é que nenhum deles sabe que eu ainda não consigo utilizar meus poderes e nem lutar tão bem.

Consegui vencer do Percy, (sinceramente eu acho que ele apenas deixou eu ganhar)
Clarisse ( ela sempre deixa os pés desprotegidos, é fácil derruba-lá)
Annabeth (essa vitória eu acho que foi por pura sorte).

Eu estava na linha de ataque, o por que eu não faço ideia. Me entregaram um arco e flecha retrátil, ele se transformava em um bastão que conduz eletricidade como a lança de Clarisse.
Eletricidade contra eletricidade.

Percy e Annabeth estão comigo, Annabeth some no meio das árvores como havíamos planejado.

De onde estou avisto Mattheo no time adversário, teria que lutar contra meu melhor amigo, que é muito mais experiente que eu.

Eu também avisto Clarisse, seus olhos propagam fúria assim como os outros filhos de Ares.

O vento sopra para o noroeste fortemente, a trança em meu cabelo balança. Sinto um arrepio na espinha e olho com esperança para Percy:

-Não Max, sem mortes.

-Mas qual é a graça disso então?

Percy apenas me encara e tira a tampa da caneta que se torna Contracorrente.

Pego meu arco e preparo três flechas, eu sinto a  eletricidade percorrendo meu corpo até encontrarem as flechas, benéfico da mutação de Zeus.

Quíron e o Sr. D dão início a partida, não entendo o que está havendo. Quando eu disparei minhas flechas, prendi dois campistas em uma árvore.

Olho para cima procurando Annabeth até que alguém me derruba no chão:

-Foi quase, levanta vem logo. Annabeth está por aqui- disse o campista que eu não reconheci.

Quem era esse garoto? Ele me salvou do que?
Precisamos parar, Clarisse está bloqueando a passagem segura:

-Achou que seria fácil assim queridinha dos Deuses?

-Já disse para não me chamar assim.

-Prefere cenourinha então, Winchester?- ela olha para o garoto que me salvou de alguma coisa a alguns minutos atrás- Você por aqui, Valdez?

-Está chateada porque coloquei fogo na sua última lança?- ele deu um sorriso debochado- posso colocar nessa de novo.

Antes que o tal "Valdez" pudesse fazer qualquer coisa dois campistas filhos de Ares o empurram e o prenderam contra o chão.

Clarisse caminhou lentamente até ele, eu sentia a eletricidade da sua lança, ela era carregada com relâmpagos.

Eu não sabia o que fazer, não podia ficar parada onde eu estava. Se eu não podia ferir gravemente alguém, ela também não podia. Aquele garoto me salvou e eu nem sequer sabia seu nome todo:

-Por que você não briga com alguém do seu tamanho?- eu resmunguei- ah é mesmo, não temos mais porcos selvagens no acampamento.

Clarisse se voltou para mim, estava com fogo nos olhos e parecia feliz com a hipótese de acabar comigo:

-Ganhei de você uma vez, posso ganhar de novo vai ser bem fácil- queria provocá-la, usaria sua própria arma contra ela.

-Ah vamos lá cenourinha, vou acabar com vocês dois- ela tirou os olhos de mim e se voltou para o garoto- mas vou começar por ele.

Clarisse estava andando na direção dele, eu tinha que fazer alguma coisa, peguei uma flecha, nem consegui mirar certo pela emoção.

A flecha passou de raspão no pescoço de Clarisse e acertou o ombro de um dos capangas dela.

Foi aí que eu vi que ela não era muito diferente do meu antigo "inimigo", Chris.

Seu outro capanga saiu correndo arrastando o outro para ala médica.

O garoto começou a levantar, eu mantinha meus olhos fixos em Clarisse que fazia o mesmo. Peguei uma flecha e rapidamente acertei no garoto que a atacaria por trás e o prendi na parade:

-Essa luta é minha.. ergh.- não sabia o nome dele- garoto.

Antes que pudesse pensar muito Clarisse investiu em minha direção,
como um touro em uma tourada.

Desferi um golpe do arco em seu estômago, ela retribuiu com um soco em meu rosto.

Transformei meu arco e flecha em uma lança como a dela, só que a energia fluía do meu corpo.

Investimos juntas uma contra a outra, a lanças se chocaram e produziram faíscas inúmeras vezes.

Comecei a notar que apareciam campistas que clamavam o nome de Clarisse, com certeza seus irmãos:

-Ah vamos lá Clarisse- eu disse baixo apenas para ela escutar- sabe que não tem chance, eu te vejo treinar sempre, tentando ser melhor que eu, vejo pedir dicas a seu pai que a menospreza.

-Não fale assim do meu pai!

Ela me empurrou para trás, bati a cabeça em uma pedra o pior foi o impacto ao chão, ela veio com a lança e começou a me golpear, em um dos golpes ela finalmente me atingiu com sucesso.

Meu braço estava sangrando, os campistas que faziam o "Valdez" de saco de pancadas começaram a prestar atenção na briga.

Ouvi comentários sobre meu sangue ser dourado, parece que nem todos sabiam disso.

A raiva tomou conta de mim, todas aquelas vozes, entretanto uma se destacou entre elas.

Ele se denominava como meu pai, Hades. Ele repassou um plano inteiro na minha cabeça para ter vantagem contra Clarisse.

Coloquei o plano em prática, deixei parecendo que ela estava vencendo e esperei até ela baixar a guarda, assim que estava de costas para mim, golpeei seu joelho a derrubando do chão, senti uma leve descarga de energia saindo do meu corpo quando encostei a mão nela.

Eu tinha energia o suficiente para frita-lá de dentro para fora, entretanto Percy havia me dito sem mortes.

Infelizmente, acho que uma Clarisse a menos não faria falta a ninguém

Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora