Capítulo XI

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Agora eu estava servindo a minha inimiga e minha primeira missão era acabar com meus amigos. Não achei que ela fosse tão baixa.
.

Eu passei algumas semanas trancafiada no porão, aprimorando minhas habilidades.
Gaia me transformou em uma máquina de matar.

Eu não a considero mais minha inimiga. E como prova de lealdade eu vou matar aqueles meio-sangues.

Estava tudo ocorrendo bem. Quando eu cheguei no navio eu forcei um desmaio no deck. Leo quem me viu:

-Não é possível. Percy, Annabeth venham aqui!- ele gritou- é a Max.

Em alguns segundos estavam os três lá. Onde estava o Mattheo?

Eu me fingia de grogue e que não entendia nada. Eles me levaram para dentro.

-Max? O que você tá fazendo aqui?- Annabeth argumentou- aquele dia que você desmaiou no acampamento te levamos para a ala médica e você simplesmente sumiu.

-Essa missão era para te salvar.- Percy disse.

-O Mattheo. Onde ele está? - eu tinha que acabar com os 4 juntos.

-Ele ficou no acampamento, Quíron achou melhor que ele não viesse.- Annabeth disse- Bom já que te encontramos, acho que devemos voltar.

Todos concordamos com a cabeça. No dia seguinte estávamos no acampamento.

Quando chegamos era hora do jantar, estavam todos no refeitório. Assim que entramos os olhos daquela multidão se voltou para nós:

-I'm back bitches!- eu gritei.

Todos no refeitório riram e vieram me cumprimentar, eu estava me dispersando da minha missão, precisava achar Mattheo logo e acabar com aqueles 4.

Eu tive que praticamente fugir daquela multidão e deixar eles vangloriarem meu irmão e meus amigos sozinhos , eu fui direto para o chalé 1, onde eu me encontrava com Mattheo as escondidas.

Como eu já imaginava ele estava lá sentado no chão olhando com os olhos marejados uma foto nossa de quando tínhamos 13 anos:

-Ainda é a sua foto favorita né?- eu perguntei.

Ele levantou num pulo.

-Max?!?- ele me abraçou com força, era um bom momento para eu matar ele.

Eu estava com uma adaga pronta para ser enfiada na sua lombar.

Alguma coisa na minha cabeça me impediu de que eu fizesse isso
- Olha pra mim,- ele disse segurando meu rosto na frente do dele- você nunca mais faça isso Max Winchester. Você tá escutando? Eu tô falando sério, não é pra rir. Você me deixou muito preocupado.

- Tudo bem Mattheo Lopez- eu disse rindo, escondi a faca na manga da minha blusa de frio.- Eu não prometo sumir de novo.

-Max.- ele me olhou com cara feia.

-Tudo bem, se eu sumir de novo prometo que será por menos tempo.

Nós sentamos no chão e eu inventei uma história de que eu tinha ido parar na ilha de Circe e eu tinha sido sua aprendiz por um tempo, torci para que ele não lembrasse que a ilha tinha sido "destruída" por Percy.

Mattheo me olhou, furioso, como se ele fosse gritar comigo. E então fez algo que me surpreendeu ainda mais. Ele me beijou.

E dessa vez eu me senti como se tivéssemos 14 anos de novo, mas dessa vez eu queria, e queria muito. Mas não podia. Eu não ia conseguir matá-los se o fizesse.

Eu afastei Mattheo de mim e levantei:

-Eu já disse para não fazer isso.- a adaga caiu da minha manga e fez um estrondo.

-Por que está com isso?- ele pegou ela do chão antes de mim- Você não ia me matar ia?

-Tsch, óbvio que não.- óbvio que ia tentar- mas se me beijar de novo eu vou repensar minhas escolhas.

Mas que merda Max, é sério que agora que você se apaixona por esse garoto? Era a voz de gaia na minha cabeça. Se não me mandar a cabeça dessas semideuses até dia primeiro de agosto, você não vai querer saber o resto.

Era dia  25 de julho tinha que me apressar.

Eu estava no acampamento fazia um ano e mesmo assim ainda me perdia.

Eu simplesmente sai andando em direção a floresta sem responder Mattheo me chamando, eu precisava de uma distração para matá-los.

Vozes ecoaram na minha cabeça e quando eu pensei em convidar cães do inferno e um Minotauro uma figura masculina apareceu na minha frente:

-Max.

-Papai- eu disse em deboche- que felicidade te ver, já pode ir embora.

-Eu sei que aquele dia eu fiquei simplesmente calado...

-E podia ficar assim agora. Não pode me impedir de fazer o que estou prestes a fazer.

-Você está do lado errado da guerra, nós não podemos ajudá-la nisso, não podemos ajudar ninguém.

-Vocês nunca ajudam mesmo, somos os peões nos seus tabuleiros de xadrez.

-Ah Max, me escute.

-"Ain eu sou o Poseidonn o rei dos maresss, ninguém pode comigo e pipipi"

-Porque eu tive que ter uma filha igual eu?

-Se você não sabe, imagina eu, agora da pra dar licença pra eu continuar a fazer o que eu estava fazendo?

-E o que você vai continuar fazendo?

-Não é da sua conta pai.

-Você chama os outros dois de pai também?

-Zeus nunca me visita ou fala comigo desde aquele dia. Você apareceu aqui agora e fala comigo as vezes. E o que todos esperávamos que fosse o menos presente, o querido Hades, é o que mais fala comigo.

-Não pode confiar nele.- Poseidon disse ríspido.

-Então não posso confiar em você. Ele me disse que confiar em você era o certo- respondi no mesmo tom. - agora da pra você sair da minha cabeça e me deixar em paz?

-Eu não estou na sua cabeça. Eu estou literalmente parado na sua frente. E isso não é jeito de tratar uns de seus pais.

-Aí mais que saco, lição de moral agora? Sabe papis, eu estou tããããooo cansada. Fiquei sumida dos radares por uns tempos. Acho que agora o que seria bom era uma soneca. Pode ir embora.

-Não sei porque, mas não confio no que você diz.

-Aí mais que merda. Porque o senhor não volta lá para o Olimpo, e vai ter um dia da beleza sabe?- eu comecei a empurra-ló para longe- peça umas dicas a Afrodite.

Ele simplesmente se dissipou e eu caí no chão, eu estava toda suja de lama:

-Eu sei que você tá rindo disso pai, você vai ver só.

Eu voltei para o chalé 3 toda suja, pelo menos ninguém me fez perguntas. O plano teria que ficar para o dia seguinte, mas que saco, tenho que acabar com isso logo, mas por que eu simplesmente não consigo?

Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo Where stories live. Discover now