Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo

Capítulo V

Quando me dei conta estavam todos os campistas em volta de nossa briga. Annabeth havia capturado a bandeira já que todos estavam ocupados fazendo apostas em Clarisse.

Eu lembrei do garoto que eu havia prendido na árvore, fui tirá-lo de lá:

-Perdão por isso. Salvou minha vida, precisava poupar a sua também.

-Eu devia dizer obrigado, mas eu acho que preferia ter morrido nos braços de Clarisse do que você ter me prendido aqui daquele jeito, fiquei igual um boneco de posto.

Confesso que caí na gargalhada, não havia perguntado o nome dele:

-Qual seu nome?- falamos ao mesmo tempo.

-Eu sou Leo Valdez- ele estendeu a mão para um comprimento.

-Prazer, Max Winchester- eu apertei sua mão- obrigada por salvar a minha vida mais cedo.

-Ah, aquilo? Eu faço isso diariamente, há muitas garotas que precisam ser salvas.

-É mentira dele, vejo que meu grandes amigos se conheceram- Percy apareceu atrás de mim o que me fez assustar.

-Um dia você ainda me mata do coração, e por acaso alguém sabe quantas horas?

-São 08:37 da noite, embora pareça estar claro, é lua cheia.

-Aí meus Deuses, tenho que ir- eu disse apressada- tchau maninho, tchau Léo.

Eu saí correndo mas escutei uma parte da conversa dos dois:

-Você tem uma quedinha pela "minha irmã"?

-Desde o dia que ela pisou aqui, mas o Mattheo não deixa nenhum menino chegar perto dela além de você e ele.

Com isso fui correndo para o chalé 1, que sempre estava vazio, ah não ser pelas visitas que eu e Mattheo fazíamos lá.

Eu estava um pouco atrasada, torci para que ele não estivesse lá tive que parar no meio do caminho porque meu braço começou a latejar. Mal passei pelas portas:

-Está atrasada- ele se virou para mim- Agora entendi o porque atrasou.

-Nem começa Theo.- já entrei resmungando.

-Não tem uma única briga que você não se mete né? Vem aqui- ele me abraçou e pegou um caixinha de primeiros socorros que ficava escondida- olha da próxima vez, eu não vou limpar seus machucados.

-Achei que tinha dito isso na última vez.

-Mimimimimi, sabe que por você eu faço tudo.

Tem algo entre mim e o Mattheo que ninguém sabe, ou devia saber. Quando tínhamos 14, ele se declarou pra mim e me beijou, eu não estava preparada para nada e ele fez no impulso.

Eu fiquei em choque e não falei nada, ele só ficou me olhando por longos segundos até que falou que mesmo se não quisesse namorar com ele, ele ainda queria ser meu amigo e assim foi.

Pouco tempo depois ele começou a namorar a Katie, confesso que senti ciúmes, mas não vem ao caso:

-Max? Tudo bem?

Eu acho que havia cochilado um pouco, Mattheo estava muito perto. Quando notou que eu acordei se afastou um pouco:

-O que acha de dormirmos aqui?- eu sugeri.

-Se pegarem a gente?

- e daí? Não faremos nada demais e nem somos parentes de verdade.

-Tá certa disso, mas vamos dormir no chão?

-Ah não você está certo- comecei a dizer no deboche- como dormiremos aqui? Ah não ser que eu já teria pensado nisso várias vezes...

-Pensou em dormirmos aqui várias vezes, ruivinha?

-Sim, mas não vem ao caso- comecei a falar tirando travesseiros e colchões infláveis das paredes e vãos de esculturas- ...e tivesse escondido muitas coisas pelo chalé.

- Você realmente sempre me impressiona.
Começamos a rir de repente, estávamos muito perto de novo, senti seu braço envolver minha cintura.

Não se controle Max, não deixe acontecer de novo. Pensava

Ele estava chegando muito perto quando eu me soltei de seu braço e comecei a arrumar os colchões e travesseiros:

-Ergh... eu durmo nesse e você nesse aqui- eu disse deitando no colchão que começou a esvaziar.

Mattheo soltou uma risadinha:

-Pode usar o meu eu durmo no chão.

-Então tá, você vai passar a noite toda no chão então.

Ele não passou nem 10 minutos dormindo no chão, confesso que tenho um pouco de medo de ficar sozinha naquele chalé. O puxei para perto do colchão e o acordei:

-Deite aqui, sabe que eu tenho medo isso não são modos de tratar uma garota.

Ele reclamou mas subiu para o colchão, foi aí que eu relarei que ele estava sem camisa.
Eu não sabia que ele era tão forte daquele jeito, balancei a cabeça para esquecer aqueles pensamentos.

Depois de um tempo me mexendo tentando achar uma posição confortável para dormir, senti o braço dele me envolver e me puxar a ele ficamos tipo de conchinha:

-Você se mexe demais, só relaxe- a voz dele foi um sussurro que me fez arrepiar.

Finalmente dormi.

Acordei com um pouco de luz entrando pela porta.

Havíamos fechado a porta durante a noite quem estava ali?