Capítulo 5 - Dá fúria ao arrependimento

3.6K 295 12
                                    

Zen: São so umas coisinhas minhas * riu revelando o seu verdadeiro estado que era sobre o domínio daquela substância *

Vitor: Isto é droga.... * olhou-o * tu tas drogado * ja se notava pequenas lagrimas nos olhos de Vitor *

Zen: Hey não dramatizes... Sim eu tomei um pouquinho disso, mas so pk é a única forma de ficar menos bruto e frio...

Vitor: Não... Isto so é a forma mais fácil de ficares assim, pois sobrio tu ainda deves ter esse teu eu dentro de ti.

Zen: * bufou * como queiras

Caminhou ate a beira de Vitor e este apanhou o saco e entro na mente de Zen para ver aonde havia mais sacos e viu que era na casa de banho, mal ambos perceveram a estratégia de Vitor correram para a casa de banho, mas Vitor tinha a vantagem de correr mais rápido e chegou la primeiro fechando a porta. Ignorando os socos a porta de Zen, ele pegou todos os sacos e despejou o seu conteúdo na sanita, mal descarregou o autoclismo foi quando Zen arrombou a porta.

Zen: Que merda é que tu fizeste * correu agarrando os saquinhos vazios *

Vitor: É o melhor para ti... Isso so te tava a fazer mal. Tu...

Vitor não conseguiu terminar a frase pois Zen mandou-lhe um soco forte na cara fazendo Vitor cair no chão a sangrar do nariz, ele não conseguia controlar toda a raiva que sentia e começou a socar o outro que chorava pelas dores, mas não se arrependia do que tinha feito. No fim Zen atirou-o para fora do seu quarto e fazendo ele embater contra a parede  e ficar inconsciente.

No dia seguinte Zen acordou com muitas dores de cabeça e quando se sentou na cama passou a mão pela cara sentindo a mão molhada, quando a olhou tinha a mão com sangue e então lembrou-se do que tinha acontecido na noite passada e levantou-se indo até ao corredor e vendo Vitor ali caído, ele sangrava muito e tinha o lábio rasgado em 3 sítios, a cabeça também tava rachada e pela posição parecia  que também tinha partido algumas costelas, tinha os olhos molhados e não respirava. Zen pegou nele rápido e com cuidado e foi a correr ate ao hospital mais próximo, ele foi mandado para as urgências e Zen sentou-se na sala de espera. Passado algumas horas o médico foi ter com ele e este levantou-se.

Medico: O senhor é parente do Vitor?

Zen: Sou amigo.

Medico: Bom... Digo-lhe já que o estado é grave. Ele tem 3 costelas tartidas, uma fratura no craneo e pior que isso tudo, tem muita hemorragias internas... E como não foi trazido a tempo entrou em estado de coma... Ainda esta pior que das outras vezes.

Zen: * este estava chocado * como assim outras vezes? Ele vai ficar bem?

Medico: Como deve saber, o Vitor é vítima de muito bulling e já veio ca parar muitas vezes, mas ele nunca chegou num estado tão grave * nesse momento Zen sentiu um aperto no peito * estes dois dias vão ser cruciais... Se ele não acordar neles provavelmente não acorda mais.

Zen assenou e sentou-se na cadeira, Vitor so estava a ajudá-lo, ele so queria que o outro largasse aquele vício, ele era tão frágil e o Zen sabia disso e mesmo assim poz-lo naquele estado, ele pousou os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos pensando na merda que tinha feito e sentiu algo correr pela sua cara, algo líquido, esfregou a mão nessa parte e viu uma pequena lagrima. Ele ficou um tempo a olhar a lagrima e depois levantou-se indo até ao quarto aonde tava Vitor e entrou, o menor tava ligado a 2 máquinas, uma para respirar e a outra para ver a pulsação , tinha a parte do peito engessada por causa das costelas e a cabeça ligada, ligas nos braços e alguns pensos na cara e pomada branca para os hematomas, Zen foi até ele e olhou-o suspirando, ele levou Vitor para sua casa para o proteger e acabou fazendo pior que os outros. Agarrou a mão de Vitor dando um pequeno beijo nela sentando-se na cadeira ao lado.

#passados 2 dias#

Zen levantou-se cheio de olheiras, mais uma vez não havia dormido, ele não conseguia descansar, pois hoje era o último dia, se Vitor não acordasse hoje ele tinha matado a única pessoa que realmente se importou com ele. Apartir do outro dia Zen não tinha mais comprado droga, também não tinha ido ao colégio nem nada, so ia ao hospital e depois para casa, foi ate a casa de banho e olhou o espelho vendo a barba por fazer, as olheiras, o cabelo despenteado... Estava num estado mau, decidiu ir tomar um banho e mal acabou ouviu a campainha, vestiu um robe comprido e foi até a porta abrindo e entrando de rajada um rapaz... O Jorge.

Jorge: Então bro nunca mais te vi no... * nesse momento olhou Zen vendo o seu estado * que se passou?

Zen: Problemas meus Jorge.

Jorge: Podes me contar... Alias sou o teu bro né?

Zen suspirou e decidiu contar tudo ao Jorge que o olhava supreso.

Jorge: Bom... Tu tiveste motivos para lhe fazeres aquilo... Alias ele mexeu na preciosa ( referia-se a droga ).

Zen: Ele não fez por mal... Tava a tentar me ajudar com o vicio.

Jorge: Tu queres largar o vicio? É que essa decisão não é ele que a faz, mas sim tu... E se ele não te aceita como es manda-o dar uma curva.

Zen: E se eu quiser largar? * olhou o outro com um ar de desprezo *

Jorge: Então eu não te conheço bro...

Zen ergueu a sobrancelha e logo outro percebei o porque da reação levantou-se sem dizer nada e pousou na mesinha um desses saquinhos.


Jorge: Ve se te lembras de quem es * disse antes de sair *Zen olhou o saquinho e suspirou pegando no mesmo e levando-o para o quarto e escondeu-o numa gaveta, depois foi até a cozinha comer. Mastigava a sande silenciosamente, pensando nos últimos dias, até que os seus pensamentos foram interrompidos pelo telemóvel a tocar, olhou o ecra e viu que era do hospital.

Zen: Sim? * disse atendendo *

Medico: Senhor... Achamos que o Vitor vai acordar, ele ja esta a responder aos sinais.

Zen: Vou ja para ai.

Mal desligou vestiu-se e dirigiu até ao hospital, mas antes passou numa pastelaria comprando brigadeiros, que era os doces favoritos de Vitor, quando lá chegou estava um homem no quarto, o homem era alto e forte, era também vampiro e agarrava a mão de Vitor, ele apercebeu-se da presença de Zen.

David: Quem es?

Zen: Eu sou o Zen... Sou amigo do Vitor.

David: Zen? Ele ja me falou de ti... Foste tu que o ajudas-te da outra vez no beco não foi?

Zen: Sim... Fui eu que o ajude...

David: E também o trouxeste hoje até ao hospital depois de o espancarem... * Zen simplesmente assenou sentindo-se mal * Obrigado... Por cuidares do meu maninho... Ele sempre foi frágil e demasiado doce... É bom saber que alguem o protege.

Foi ai que Zen sentiu o que quer dizer remorsos e tristesa, frustração pelo que fez e também arrependimento. O irmão de Vitor percebeu que ele tava desanimado e olhou-o.

David: Mas la no fundo o Vitor é forte e consegue surpreender nos momentos mais trágicos. Ele vai ficar bem * David sorriu *

O sorriso de David era muito parecido com o do Vitor, mas não tinha aquela docura especial e a fragilidade de Vitor. Eles eram muito diferentes, mas tinham traços de rosto e feições que eram iguais.

Eu vou estar sempre aqui ♠ Romance gayWhere stories live. Discover now