chapter seven 🛵

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when we're done making love and you look up and give me those eyes

...

Louis entrou na cozinha com Darcy em seu colo, observando o alfa pegar os ingredientes nos armários. Harry sorriu para ele e continuou o trabalho, levando o ômega a suspirar e se aproximar com a filhote nos braços.

Era agora ou nunca. Eles precisavam conversar, e a ansiedade que tomava conta do ômega implorava que isso acontecesse imediatamente. Se ele não tocasse no assunto naquela noite, provavelmente perdia a coragem e ignoraria a situação até que tudo desse errado.

— Precisamos conversar — murmurou, sorrindo para a filhote, que brincava com seu cabelo. — É importante, alfa.

— Signore... — o alfa suspirou, olhando para o menor. — Diga antes que eu pense demais, ômega.

[Senhor...]

— Bem, é que... Nós nos beijamos, muitas vezes — Louis se forçou a falar, sua voz saindo trêmula. — E eu não posso mentir, cada momento com você parece um sonho doce, Harry. Mas, pensando na nossa filhote, eu preciso de algo certo e permanente.

O alfa assentiu, sua feição mostrando preocupação e confusão. Louis não sabia como interpretar isso.

Darcy pediu para descer, então o ômega a colocou no chão, deixando que ela corresse de volta para seus brinquedos, sob a supervisão dos mais velhos.

Talvez ela sentisse que aquela era uma conversa importante para seus pais.

Harry continuou seus movimentos, dando início a receita. O ômega suspirou, desviando o olhar, milhares de pensamentos em sua cabeça.

Mas então, o alfa começou a falar.

— Eu não sei se mereço isso, ômega — ele disse, evitando olhar para Louis. — Essa família que você me deu, e toda a sua coragem. Eu não mereço um ômega tão bom, que se mudou para longe só para ver sua filhote bem. Não sinto que te mereço.

Antes que Louis pudesse protestar e ir contra aquelas palavras, Harry continuou, parecendo aflito com seus sentimentos.

— Mas, então, eu olho nos seus olhos e vejo minha vida inteira, o nosso futuro, e é tudo o que eu quero — Harry suspirou, atento no que fazia. — Eu quero poder te beijar, dormir e acordar do seu lado, sentir o seu cheiro e te marcar. Quero dizer para todos que você é o meu ômega e a mãe da minha filhote. E eu quero tudo isso há muito tempo.

— Você... Você quer? — Louis abriu um pequeno sorriso, as bochechas vermelhas mesmo sem o olhar do alfa nele.

— Quero tanto — o alfa suspirou, rindo. — Eu quero desde antes da Darcy. Nós vivemos um tempo incrível e eu queria ter alguma coisa que te fizesse ficar aqui comigo. Mas você foi embora e eu achei que nunca mais te veria, e que talvez eu nunca encontrasse alguém como você.

Ah, se ele soubesse... Se Louis soubesse daquelas coisas naquele tempo, teria ficado?

— Você tinha uma vida em Londres, uma família, uma faculdade, e eu não queria te prender aqui comigo — Harry parecia divagar, muito perdido em seus próprios pensamentos. — Volevo averti, ma non potevo chiederlo... Il mio dolce amore italiano... Scappava dalle mie mani.

[Eu queria te ter, mas não podia te pedir isso... Meu doce amor italiano... Escapando de minhas mãos.]

— Harry... Por que você nunca me disse nada disso? — Louis se inquietou, pensando nas possibilidades.

— Porque eu não queria que você tivesse que escolher, nós mal nos conhecíamos e eu não podia te dizer isso — o alfa balançou a cabeça. — E então, Darcy. Eu estava tão feliz, como nunca achei que seria... Mia bambina, così bella... Così dolce... Achei que teríamos alguma coisa, mas você não queria uma relação, e eu aceitei. Estava tudo bem, porque teríamos a nossa filhote e eu sabia que daríamos um jeito.

an italian love || l.s. aboWhere stories live. Discover now