Emilly e Theo são crianças de mundos totalmente diferentes,mas ainda assim se encontram ao acaso,ambos aos poucos vão se conhecer e se tornar amigos. Os dois passarão por muita coisa durante a adolescência,enfrentarão problemas que testarão sua ami...
- Atchim ! - O som estrondoso do meu espirro toma conta do ambiente.
- Emilly!!! - escuto minha mãe berrar meu nome bem ao lado do menino, que treme de susto.
- Theo querido... - Dona Liliane fala se virando ao agachar-se de frente para o garoto. - Ela não fez por querer, por favor, vamos lá para dentro limpar o seu rosto. - Ela pede em tom de súplica. Meu Deus,eu apenas espirrei gente... tá certo que,foi bem na cara dele,mas um pedido de desculpa bastaria não é mesmo? Dava até para apalpar o sentimento que minha mãe estava sentindo, imagina só,uma densa camada de aflição por entre nós naquele momento. Misericórdia Senhor, acho que ela encontrou o herdeiro que acabara de se perder de alguma família real...
- Não é preciso senhora Holkins, não foi nada. - Theo se manifesta. Ele lentamente passa a mão no rosto e sorri após o feito. O prodígio a minha frente não parecia ser má pessoa,por isso,com muita relutância...
- Hum... é... Theo não é mesmo?, Perdão! . Falo me encurvando a sua frente. Vai que ele é neto da rainha Elizabeth. Logo meu pensamento desconexo se esvai da minha mente ao sentir um toque extremamente consistente em meu ombro, e o mesmo é seguido por um aperto sem pressão. Ergo a cabeça depressa e noto que a mão a qual me tocava era a do indivíduo " estranho" . Pronta para me afastar e voltar logo ao que eu fazia antes, noto minha mãe com um olhar amedrontador em minha direção.
- Resolva isso Emilly, agora! - Ela fala entre dentes e eu capito a mensagem ameaçadora. Imediatamente me coloco de pé - reta - ,puxo com as mãos as mangas inexistentes do vestido que estava sobre meu corpo e tusso um pouco, para fazer um efeito dramático.
- Theo,por favor,deixe me reparar isso,vamos lá para dentro,assim eu e você nos limpamos. - Falo educadamente o olhando nos olhos. A essa altura minha mãe já tinha evaporado daquele espaço e estávamos apenas nós dois ali.
- Não acho que seja nescessário... - Ele fala enquanto suas bochechas são tomadas por um rubor repentino. Que estranho, será que ele tinha alergia a espirros?
- Na verdade é sim! - Falo autoritária. Me direciono para mais perto dele e o garoto se torna tão branco quanto a cor da parede que havia atrás dele. Decidida a não mais prolongar o momento,pego ousadamente na mão do menino e o arrasto para dentro de casa.
- Vamos . - Ordeno e o coitado sem poder se retrair apenas me segue...
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