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~ New York ~ Sexta - feira ~ 09 : 00 - AM ~

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~ New York ~ Sexta - feira ~ 09 : 00 - AM ~

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Há tantas coisas para se fazer enquanto se esta na cidade "que nunca dorme", que apenas turistar nela por alguns dias não é suficiente. E eu afirmo isso, por que simplesmente morando nesse lugar a poucos meses, já tenho em mãos o roteiro completo de passeios até minha velhice!.

As várias comemorações, feriados, parques temáticos, shoppings, cafeterias que são muito bem chamativos e organizados, além de completamente ornamentados para nos deixarem alienados por esse lugar... Tudo nesse "planeta" deixa Nova Iorque completamente desejável ao ser humano, tornando-se um objetivo de vida para poucos corajosos e uma utopia de felicidade para muitos inseguros.

E assim, tratando-se de mim, poderia pois , estar nesse exato momento aproveitando a bela manhã de clima fresco que se estabeleceu hoje por aqui. Já conjecturo a linda imagem que se az desta que vos escreve alegremente, sentada em um dos bancos que estão dispostos no parque próximo a minha casa e as demais cenas que se seguiriam seriam a cereja do bolo para todos nós que somos amantes das fantasias da mente. Tente estão sentir como seria quando então viesse uma brisa do vento passando a principio pelo chão daquele lugar levantando as inúmeras folhas amareladas que caiam costumeiramente as árvores todos os dias, e de repente o vento baixo se elevaria ao ponto de passar pelo meu rosto, colocando em desordem o meu cabelo que possivelmente estaria bem penteado.

- Emilly, está tudo bem?, se você não estiver se sentindo onfortável podemos parar a sessão por aqui. - Uma voz cautelosa, porém objetiva reverbera em meus ouvidos e acabo vltando a realidade.

- Eu estou bem doutora Luana, não se preocupe. - Respondo a pergunta da psicóloga tentando passar uma segurança inconsistente na voz, uma falha deplorável, já que nem sequer consegui olha-la nos olhos. Na verdade preciso vos confessar que eu estava assustada, me sentia presa e indefesa dentro daquela sala que, para mim parecia grande demais e branca emais também, como se não bastasse a sensação de não estar mais na terra causada pela única cor predominante no ambiente, eu ainda estava sozinha com uma mulher desconhecida.

Para piorar a situação, meu cérebro começou a agir por conta própria trazendo a tona as lembranças das conversas que tive com a doutora laine, enquanto ainda estava em Brasília. Sem eixar deixa para o auto controle meus olhos se encheram de lágrimas e minha garganta se empenhou em tentar desfazer o nó que se formou dentro dela, roubando minha esperança de manter uma conversa mista dali a frente e acreditem ou não, mas eu tentei conter a ultima fase do meu lamento, contudo tdo que eu vivi nos últimos meses se tornou um complô de memorias quentes e alegres que evidentemente não seriam mais vividas e então, ele veio, com soluços e desgosto desmedidos.... um choro.

- Chore pelo tempo que quiser Emilly, não precisa tentar segurar o choro, pode deixar sair pra fora a dor que você esta guardando ai dentro. - Doutora Luana fala calmamente nuanto estende um lenço branco em minha direção o qual eu mesma não tinha notado que havia por ali. Sem sinal de pressa ou estresse ela me observa como se, já esperasse aquela minha reação.

- Me desculp... desculpa... é que, na verda... na verdade eu,... não qeria estar aqui!. - Confesso gaguejando.

-Nesta cidade ou nessa sala?.- Pergunta me analisando, porém apenas balanço a cabeça como resposta.

- Certo, entendo... bem, seu pai me contou o que aconteceu dias atrás enquanto vocês estavam no shopping. - O objetivo da minha ida obrigatória até aquele lugar finalmente é trazido a tona e minha cabeça começa a latejar em protesto.

- Consegue descrever para mim o que viu?.- Sua pergunta parecia simples demais, todavia a resposta nem sequer conseguia ser elaborada pelos meus neurônios para que minha boc a reproduzisse, então apenas balancei mais uma vez a cabeça negando.

- Muito bem, escute-me com atenção Emilly, possivelmente foi a primeira vez que você testemunhou aquele tipo de cena, o que não quer dizer que não acontecia também onde você morava antes, na verdade hoje em dia isso é bastante comum. Ainda que não seja muito aceito, o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo já se tornou constante no mundo e os padrões morais já estão sendo diligentemente abertos para isso, claro que cada um de nós, podemos ter uma opinião particular a respeito, não somos obrigados a viver esse tipo de comportamento, ainda assim, precisamos respeitar todas as pessoas, independente do que são e como vivem, para que a convivência em sociedade não seja marcada por conflitos desnecessários. Compreender esse tipo de assunto na sua idade é mais difícil, por que o seus ideais ainda estão em processo de formação, então procure não se prender ao que você viu, pois somente mais tarde você poderá dizer se aquela cena realmente se trata de algo vergonhoso e assustador ou uma oisa simples e fácil de se lidar. ok?

- Ok... - Respondo mais calma.

- Você ainda não aceitou completamente o fato de que agora esta cidade é a sua casa e a cena que você presenciou pela primeira vez longe do lugar que te deixava mais confortável e feliz, te deixou insegura em relação a Nova Iorque. - Doutora Luana prossegui com a sua fala e a forma como ela pereceu me compreender tão rápido me deixou estática.

- Podemos trabalhar mais nessas questões durante as próxima sessões se você quiser, acredito que o tempo que passamos aqui dentro já foi o suficiente por hoje não é mesmo?. Ela fala objetivamente e eu apenas concordo com o fatídico balançar de abeça.

- Vamos, eu te acompanho até a porta.- Ouço sua fala enquanto a vejo se por de pé já dando a volta na mesa até ficar ao meu lado e apressadamente faço o mesmo, assim juntas caminhamos a porta, o mais engraçado é que a sala que antes parecia enorme, agora estava no seu tamanho habitual.

- Foi um prazer ter a sua companhia hoje Emilly, estarei te guardando sempre, ok?. - Doutora Luana fala depois que já estamos fora da sala.

- Tudo bem, obrigado. - Respondo timidamente por quanto finalmente a olho nos olhos com confiança. E é ai que ambas ouvimos um assobio bem próximo de onde estávamos.

- Pai!.- Quase grito de animação ao ver um rosto que me passava segurança.

- Olha só Mymy, achei uma sorveteria aqui por perto enquanto seu pai e eu caminhávamos até aqui e por acaso, consegui comprar seu sabor preferido. - Escuto Theo falar enquanto se afasta um pouco da silhueta do meu pai e sorrio largamente po vê-lo.

- Sam, você veio!!!. - Falo descaradamente alegre enquanto corro ao seu encontro, já me jogando em seus braços e o abraçando apertadamente, o que o deixa sufocado e corado, ainda assim muito fofo...

- Sempre com você Emy. - Ele declara carinhosamente. - Sempre com você.

 - Sempre com você

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Always with you!Where stories live. Discover now