Percepções distorcidas

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Por fim, acabo vestindo uma blusa de frio de tricô e um all star preto. Deixo meus cabelos molhados mesmo e saímos do meu apartamento. Me arrependo de não ter secado o cabelo pois a noite nova-iorquina está levemente fria e ventando, o que faz com que Depp me dê um pequeno sermão sobre ficar gripada.

Bastou um "okay, daddy" para que ele parasse com o sermão e soltasse um sorriso safado pra mim.

Chegamos na casa de Jon e me vem à cabeça um questionamento importante: Como iríamos agir na frente de todos? Não andamos de mãos dadas nem nada, mas trocamos carícias as vezes, principalmente de minha parte.

Bom, Charlote já sabia do nosso envolvimento e acredito que todos que estarão ali não teriam problema nenhum em saber que tinha um afeto rolando entre nós.

De qualquer forma, como não conversamos sobre isso antes, resolvo ficar um pouco mais contida que o normal, mas sem agir de forma fria com ele.

Relaxa, Eva, relaxa!

- Olha quem chegou! – Jon anuncia quando nos recebe na porta. Ele não estranha o fato de chegarmos juntos, o que me leva a pensar que Charls pode ter falado algo a ele.

- Obrigada por nos receber, Jon. – Cumprimento ele.

- E parabéns para nossa protagonista! – Ele me abraça. – E não fique com ciúmes, Johnny. – Jon diz e eu arregalo os olhos. – Você sempre será o protagonista em nossas vidas.

Ufa. Por um momento achei que ele estava falando da gente.

Entramos na casa e todos já estavam lá, sentados nos sofás e poltronas conversando. Eram basicamente os amigos mais próximos deles. Umas 8 pessoas. Todos tiozões descolados, com tatuagens, músicos, na faixa dos 40 e 50 anos.

Fui apresentado a todos e Johnny já os conhecia. Inclusive um deles quando nos vês começa a cantar a música do Maneskin.

- Tonight is gonna be the loneliest.

Assim que ele canta, eu faço menção de agarrar Johnny e beija-lo de forma sarcástica, e todos dão risada. Olho para Char e ela faz uma cara de cúmplice, que eu resolvo ignorar para não deixar transparecer nada.

Nos sentamos na grande mesa de Jon e eu fico ao lado da minha amiga e a frente de Johnny.

A comida estava servida e era simplesmente divina. Seria muito feio pedir pra levar um pouquinho pra casa? Acho que isso era coisa de brasileiro né?!

Tecemos mil elogios a cozinheira e ela ficou toda sem graça em ouvir tantos elogios de astros de rock que provavelmente era fã durante a juventude. Isso era tão legal. Estar presente com esses caras e ouvir suas histórias.

Ao fim do jantar, fomos até a grande sala (sim, tudo é grande aqui na casa do Jovi) enquanto tomávamos mais do vinho delicioso que o anfitrião havia nos servido.

Não sou de beber muito, mas esse vinho era ótimo. Certamente era muito caro então não vou nem perguntar o nome.

Eu e Char chegamos na sala por último pois fomos até a cozinha cumprimentar a nova cozinheira. Ao chegar na sala, Char anda e senta ao lado de seu pai. Acho tão bonito como os dois são próximos. Ela, mesmo sendo mais velha, é tratado por Jovi como uma princesinha o que explica, de fato, seu comportamento mimado as vezes.

Eu sigo até o sofá e me apoio nas costas do móvel, que tinha essa parte de trás baixa e era onde Johnny estava. Eu estava sentada com uma perna no apoio do sofá e Johnny sentado normalmente a minha frente.

Estava com uma taça de vinho na mão e o outro braço apoiado no sofá, próximo ao ombro do ator.

- Hm, lembrei o que tinha pra falar. – Jovi diz. – Na minha casa não tem paparazzis. O casal pode ficar à vontade.

Suddenly, youWhere stories live. Discover now