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— Ei! — o Alfa acordou, vendo que ambos os pulsos estavam presos novamente com as grossas correntes.

Ele viu que o pequeno ômega não estava mais ao seu lado, então se sentou na cama tentando abrir os olhos, sem ter a menor noção de que horas eram.

Ele olhou ao redor e o quarto estava vazio, mas ouviu ruídos ao seu redor, vozes vindas do lado de fora.

Ele aguçou seus sentidos, buscando ouvir o que as pessoas do lado de fora da porta conversavam, usando sua audição lupina.

"Eu posso fazer isso por você, Pete, posso te dar um bebê e até ser seu Alfa..."

Vegas franziu a sobrancelha para a voz que ele não reconhecia.

"Eu já disse, Kai, o Alfa aqui dentro é o único que me dará um filho, não insista."

"Espera!"

O Alfa no quarto sentiu que o braço do ômega foi segurado, ele ouvia cada ruído, até dos pequenos pés tropeçando com o puxão repentino.

"Vou ter que te mandar embora da minha equipe só porquê você desconhece o que é uma transa sem compromisso?"

O ômega ditou sério, usando sua voz de comando fazendo o Alfa recuar, afinal, Pete era um lúpus.

Vegas cerrou os punhos, ouvindo o Alfa do outro lado da porta dar três passos para trás.

"Eu..."

"Saia!"

Ele ouviu passos pesados se afastarem e, segundos depois, o ômega entrar pela porta segurando uma bandeja, mordendo os lábios ao lhe ver acordado.

— A maçã caiu no chão... — falou nervoso, colocando a bandeja na cama, enquanto tirava a maçã de dentro dela e colocava no móvel ao lado da cama.

Vegas olhou a bandeja com frutas, torradas, queijos, suco e um copo de americano, que costumava tomar todos os dias. Ele também observou que o suco estava pela metade, pois havia derramado, provavelmente quando o Alfa atrás da porta o puxou de repente.

Ele olhou para o rosto do ômega e ele tinha o olhar baixo, vestia um short preto folgado e uma blusa transparente comprida que ia até os pulsos mas que deixava seus ombros a mostra, assim como as suas aréolas rosadas. Naquela colina fazia frio e o único lugar aquecido era o quarto onde eles estavam.

— Quem era o Alfa? — Pete se assustou com o seu tom, olhando as orbes, agora, negras a sua frente.

— Ninguém importante, Alfa. — mordeu os lábios e pigarreou — Agora come, você prometeu que hoje me daria um bebê. — ele fez um biquinho e observou o Alfa que não tirou os olhos de si e rosnou baixo.

— Quando vocês transaram? — sua voz era firme e autoritária, fazendo o ômega arregalar os olhos, ele certamente não esperava aquela reação do Alfa.

— Ah... Há uns meses atrás... — ele se deitou na cama, colocando a cabeça no travesseiro enquanto olhava para o teto — Eu tinha que descontar um pouco do tesão que você me causava... — fez um biquinho e olhou para o Alfa que tinha as orbes vermelhas em sua direção.

— Kai, certo? — Pete o olhou confuso — Eu não vou esquecer. — ele sorriu ladino e o ômega engoliu em seco — Ah! E obrigado pelo americano. — ele pegou a bebida e deu um gole, vendo o menor morder os lábios.

— Alfa, você está muito esquisito. — ele deitou de bruços na cama, colocando as mãos no queixo enquanto encarava o homem a sua frente.

— Por que estou acorrentado mesmo? — perguntou simples, ainda tomando o seu americano.

𝗢 𝘀𝗲𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼Where stories live. Discover now