Conquiste-me | Minsung

Estranhos mais do que namorados

Deixem a estrelinha ★

O sol entrava pelas cortinas e acertava em cheio minhas costas. Provavelmente eu já estava tendo uma insolação de tanto tempo dormindo com as costas no sol.

Desculpa, exagerei.

Depois de me resolver com Minho, conversamos mais um pouco e fomos dormir, se é que me entenderam. Ficamos algum tempo na cama contanto bobagens.

Eu não sou lá uma pessoa muito matutina, mas hoje, acordei incrivelmente cedo. Levantei e passei um tempo olhando o corpo grande e deitado de forma despajada na cama, parecia bem e saudável. Eu estava muito feliz por ele finalmente ter voltado para meus braços e por estar finalmente resolvidos.

O que éramos? Ele me pediria em namoro? Eu o pediria em namoro?

Temos algo a mais? Ou vamos ter medo de progredir? Minho queria algo mais sério?

Eu quero algo mais sério? Quero?

Com muitas perguntas na cabeça, eu me dirigi até seu guarda roupas e procurei algo mais apresentável para sair de casa. Não sei dizer bem o que me deu nesse momento, apenas queria sair e conversar com alguém.

Sem pensar muito, vesti as roupas de Minho e sai de sua casa, usando meus sapatos mesmo, e tomando muito cuidado para não fazer barulho.

Sai andando pelas ruas, um pouco sem rumo. Mesmo que conhece aquele lugar de cor. As pessoas não haviam mudado, eu também não.

Era muito cedo, não havia ninguém acordado está hora da manhã, e eu também não queria atrapalhar ninguém.

Continuei andando de forma lenta pelas ruas e nem reparei estar lá. Eu estava passando na frente da loja de doces que me era tão adorada.

Do outro lado da rua onde eu estava, pude ver o sorriso bonito de Misuk que atendia duas garotas jovens.

"Se você reatar com aquele garoto bonito, traga-o aqui por favor"

Respirei fundo e atravessei a rua. Eu queria conversar e neste momento Sra. Hong era a única pessoa que poderia me ajudar de um jeito ou de outro.

— Jisung! — ela disse animada, se prontificando e dar a volta no balcão para estar na minha frente e me rodear bom os braços curtos.

— Bom dia — eu disse inevitavelmente sem graça.

— Venha, entre e vamos nos sentar, uma hora dessas ninguém além de você vem aqui — ela riu um pouco causando riso em mim. — Pode me dizer, o que te trás aqui?

— Bom... — ele puxou meu corpo para que eu me sentasse junto dela — Você disse que se eu voltasse a falar com Minho poderia traze-lo aqui...

— Então vocês voltaram?

— Bom, conversamos e agora e agora estamos bem — eu disse e ela começou a dar "pulinhos" no bando e sacudir o corpo.

— Eu sabia com conseguiria, Han, você é ótimo nisso — ela levantou os polegares e deu um sorriso.

— Obrigado.

— Se vocês estão conversados, por que é que está aqui, e não com ele? — ela fez cara de dúvida e eu ri soprado.

— Eu queria conversar com alguém, pedir alguns conselhos e pensar um pouco melhor — eu respondi e ela permaneceu com o rosto duvidoso.

Se estivéssemos num quadrinho, na cabeça dela agora teriam vários pontos de interrogação, um de cada cor.

— Bom, acho que posso te ajudar, pode me perguntar.

No fim o que eu iria perguntar, sobre o que eu queria falar? Eu saí de casa despreparado, só com o desejo de conversar com alguém, mas não consegui pensar no que queria conversar.