ㅤ𝟎𝟎𝟏︲WEDNESDAY

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ㅤ“ VOCÊ NÃO PODE simplesmente me demitir Senhor James! ”  A garota diz quase numa súplica, batendo com os embalados do starbucks contra a mesa do diretor-chefe da redação

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“ VOCÊ NÃO PODE simplesmente me demitir Senhor James! ”  A garota diz quase numa súplica, batendo com os embalados do starbucks contra a mesa do diretor-chefe da redação.

O homem pareceu não se importar tanto com o seu quase transparente desespero

“Eu posso muito bem Srtª (sobrenome). E não há ninguém que possa me impedir─ Aliás, há sim. Mas você nunca captura boas imagens, nunca consegue desvendar a identidade daquele maldito homem-aranha!”  O homem vocifera, e por instinto você encolhe os ombros, como se estivesse acuada.

Sua atenção é tomada as fotografias jogadas na mesa, o envelope que deveria conter todas elas estava amassado, como resultado da brutalidade ao jogá-lo em qualquer canto.

“Veja isso, essas imagens, todas estão desfocadas! Nem mesmo quando eu trabalhava com uma câmera que pegava KB da mais péssima resolução, entregava um trabalho assim!”  Ele quase esfrega sua face em uma das fotografias que foi arrancada da mão do mesmo, você a segura com delicadeza, vendo a imagem borrada do homem-aranha.

“Eu sinto muito por minha incompetência Senhor James, eu vou buscar melh-”

Interrompida, teve de escutar a voz de seu chefe.

“Eu não estou disposto a pagar por um trabalho que não é feito, Srtª (sobrenome). Você dá um jeito nisso até a próxima quarta-feira, caso contrário será demitida!”

Você o encarou. Juntando os polaroids dentro do envelope, fez questão de o por debaixo do braço. Estava dando as costas, o deixando sozinho ali no escritório, quando se lembrou o café que teria levado para o mais velho.

“Isso custou o meu dinheiro.”

É tudo o que diz, antes de arrancar a embalagem das mãos do velhote, bebericando um gole. E desta vez sim, deixando o escritório para trás.

ㅤ SENTANDO-SE em sua mesa, era impossível não perceber o mau-humor empreguinado em si

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SENTANDO-SE em sua mesa, era impossível não perceber o mau-humor empreguinado em si.
Curioso e bom leitor como sempre, seu vizinho de mesa, Eddie, te encara rapidamente antes de falar.

“Foi o que (nome)? Parece tão chateada...”

Eddie era um cara alto, loiro, com o rosto coberto por acnes e um óculos que deixava seus olhos gigantes. Ele cursava jornalismo, assim como você, turmas diferentes mas sempre estava o encontrando pelos corredores. Convivendo com ele quase todos os dias, criou um bom relacionamento facilmente, se era uma ótima amizade.

“Eu serei demitida caso não consiga uma fotografia do homem-aranha... Ah, ninguém merece isso!”  Indignada, se encolhe ainda mais na cadeira giratória, enterrando o próprio corpo debaixo da mesa do computador.

“Ele não pode fazer isso com você!”
O loiro esbraveja
“Ele pode. E se você se intrometer nessa, poderá sobrar para você também Eddie”
Você diz para o jovem, que solta um suspiro pesado, pegando no próprio smartphone parece se interessado em algo

“Homem-aranha é avistado na rua 204, resolvendo o caso de um assalto.”

O loiro informa, mostrando a noticia

“Isso foi postado agora?”

“Sim. Foi só falar no diabo que ele surge.”

Você ri da frase de Eddie, em seguida pegando sua mochila estilo carteiro e a câmera.

“Está indo para onde?”

Seu amigo questiona, curioso

“Vou conseguir a droga dessa foto agora! Cuida dessa coluna aí, fico te devendo uma!!!”

Exclama animada. Correndo no meio do escritório, quase esbarra em uma secretária que carregava algumas planilhas, a pede desculpas e segue caminho na pressa.

Seus passos eram firmes e acelerados, a localização não era tão longe do seu emprego, em questão de 8 minutos você já via o mascarado bonzinho atirando sua teia em outros mascarados malvados. Dois carros que iriam bater um contra o outro foram parados graças ao homem-aranha e sua teia.

Você assistia tudo tão admirada, que esqueceu da câmera no seu pescoço, só a pegou para fotografar o mascarado quando ele já estava no ar, pulando de prédio em prédio.

O clique pareceu ter sido na hora exata.
Sua desgraça aconteceu na hora em que apliou o zoom, não havia pego nada além das pernas e nádegas do super-herói. Um suspiro de cansaço saiu de si.

Naquele dia, mesmo ainda lhe restando forças, você só queria cair na sua cama e dormir. Foi por isso que pegou um trem. Sentou-se na em uma única cadeira vaga disponível. Encostou a cabeça na janela, e assistiu tudo passar rápido.

As únicas preocupações em sua mente era o que comer de janta e como se manter no mesmo emprego.
Com as mãos na câmera, via e revia as mesmas fotografias da bunda do homem-aranha marcada no uniforme. Visto o ângulo de baixo para cima, parecia ter um volume e tanto.

Agora seus pensamentos era o que comer na janta, como se manter no mesmo emprego e a curiosidade em saber se a bunda do homem-aranha era silicone ou músculo.

Se fosse músculo, estaria de parabéns, um físico preparado é sempre positivo.
Se fosse silicone, o doutor que preparou a cirurgia estaria de parabéns. Se o encontrasse qualquer dia, pediria o número da clínica para fazer o mesmo procedimento.

A ingenuidade era tanta, que te faria dar risadas de si mesma. Em meio do vagão, tudo em silêncio e você rindo por um pensamento idiota.

ㅤㅤUMA VEZ QUE sua janta teria sido pizza, e seu apoio emocional era as plumas de sua cama

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ㅤㅤUMA VEZ QUE sua janta teria sido pizza, e seu apoio emocional era as plumas de sua cama. Tudo estava em seus eixos.

O pijama era do tipo babydoll, cinza, confortável o suficiente. Deitada de bruços na cama, em meio do escuro, sentia a paz em seu espírito.
Encarou o calendário na cômoda ao lado da cama, percebendo a marcação do dia 19 Terça-feira.

Foi então, que (nome) entrou em pânico.

𝘁𝗵𝗲 𝗻𝗲𝗶𝗴𝗵𝗯𝗼𝘂𝗿𝗵𝗼𝗼𝗱ㅤ:ㅤ𝗆𝗂𝗀𝗎𝖾𝗅 𝗈'𝗁𝖺𝗋𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora