𝘁𝗵𝗲 𝗻𝗲𝗶𝗴𝗵𝗯𝗼𝘂𝗿𝗵𝗼𝗼𝗱ㅤ:ㅤ𝗆𝗂𝗀𝗎𝖾𝗅 𝗈'𝗁𝖺𝗋𝖺

ㅤ𝟎𝟏𝟔︲ INTERVIEW

ㅤㅤㅤㅤ MIGUEL NÃO TINHA PALAVRAS, a entrevista ainda não havia começado, mas ele a via na frente do câmera-man, fazendo uma dancinha com as mãos e movendo o corpo – nos típicos passos de uma líder de torcida.

O seu vizinho - no momento como bom herói da vizinhança -  encarava os passos que você dava, segurando o smartphone com a lanterna ligada. Por trás da máscara ele tinha um sorriso, enquanto estava cercado pela equipe de produção que insistia em organizar alguma coisa no traje dele.

Mas o traje dele já estava mais que organizado. O tanto de pessoas ao redor dele o irritaria, se ele não estivesse concentrado apenas em você.

“Eu estou bem assim, obrigado.”

O homem-aranha diz para a maquiadora que insistia em passar maquiagem por cima da máscara de super herói, rejeitando o pedido dela.

Você o viu e sorriu, gostaria de o cumprimentar naquela hora, mas em meio dos colegas de trabalho não era a melhor opção. Não quando eles já estavam curiosos para saber como você conseguiu uma entrevista com o herói de Nueva-York.

“Faltam 5 minutos para começar! Em seus lugares!”

O diretor de redação, Mark Davella, avisa.

O moreno vestido de camisa de xadrez uma vez iria até você, tocando seus ombros, Davella a  encarava.

O herói da vizinhança estava longe ouvir o que se tratava as palavras que você trocava com o seu veterano, mas por algum motivo, ele não teria gostado de a ver sorrindo. Talvez tivesse começado ali a implicância de Miguel O’Hara com Mark Davella.

Mark era mais alto que você, cabelos escuros e um rosto não muito raro mas também não muito comum. Para Miguel, a postura de Mark exalava a essência de Harry Osborn.

Claro, a essência de presença e postura. Já que em caráter, o herdeiro Osborn não era bem falado por você.

Você estava impecável dentro daquele conjunto de calça alfaiataria e camisa social branca. Não usava muitos acessórios, apenas o necessário.  Você sabia passar uma postura séria e formal quando necessário.

Miguel havia gostado de a ver daquele jeito. Mas só foi mais tarde na entrevista, que o herói da vizinhança deixou um elogio sobre suas vestes.

“Com todo o respeito, a Senhorita está radiante.”

E mascarado disse em certo momento da entrevista, ele estava sentado de maneira desleixada na poltrona, de frente para você – que também estava em uma outra poltrona.

Seu rosto levemente corou, dando um sorriso gentil, agradeceu sendo o mais formal possível.

“Obrigada... Bem, a próxima pergunta: Qual é o vilão que o Senhor mais vê dificuldade em lutar?”