ɪᴅʀɪs

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Depois de alguns beijos entre nós, nos afastamos.

— Acho melhor eu voltar, estão me esperando...

Eu estava com vergonhada, e ela também. Nos olhamos e rimos.

— Você tem razão, melhor ir — ela diz — é melhor você se sair bem.

Dou um sorrisinho e um selinho pra ela. Avanço em direção a Magnus olhando pra Isabelle que tinha um sorriso bobo no rosto. Olho e escuto  que Magnus e Claire conversavam entre si algo sobre a missão de hoje.

— finalmente você voltou, achei que tinha morrido. — ele diz impaciente. — de qualquer forma, vou fazer o portal e vocês duas entram.

Olho pra Claire que estava do meu lado confiante. Escondo minha katana fazendo-a ficar invisível. Magnus já abre o portal e nós duas entramos. O portal faz um embrulho no meu estômago, mas em menos de segundos estamos em uma floresta muito gelada e seca. Muitas árvores estavam com neve em suas folhas. Um rio próximo estava com a água congelada e o céu estava nublado. Que clima ruim.  Vejo fumaça um pouco longe, é ali.

— Vamos, por aqui.

Apontei para um vilarejo próximo que avistei á alguns quilômetros de distância de onde estávamos. Claire e eu caminhamos ao local desejado, com dificuldade pela respiração pesada por oxigênio baixo. Realmente estava ruim o ar. Minutos depois nos aproximamos na vila que estava próxima da barreira. Muitas casas de madeira e algumas de tijolos, praticamente todas tinham chaminés soltando fumaça. Algumas mulheres estavam nas ruas vendendo artesanatos ou pães com sopas. Me aproximo em uma vendedora de artesanato, ela vendia muitos vasos de argila e cerâmica, instrui Claire para falar com a moça dos pães.

— Boa tarde, poderia me ajudar? — pergunto pra mulher calmamente e educada com um mini sorriso. Ela sorri e responde

— Claro, você prefere cerâmica ou argila? temos também...

— Perdão, não vim comprar algo — Eu a interrompo — A senhora sabe sobre um demônio que estava atacando o vilarejo? poderia me ajudar com informações?

Ela congela e se encolhe, apreensiva, talvez com medo. Seus olhos estavam surpresos.

— Por favor — eu insisto. 

Por fim ela suspira apreensiva. E me ajuda.

— Olha, eu sei onde ele pode estar... Dias atrás ele atacou o nosso fazendeiro, matando o mesmo. Depois disso nunca mais fomos lá, com medo do demônio estar no celeiro que ele tinha. Talvez ele possa estar lá, ou dentro da casa. Bom, pelo menos é oque nós acreditamos. O celeiro se localiza ao norte, atrás do rio.

Realmente, poderia estar no celeiro. É quente e escuro, era perfeito para a procrastinação. Era um ambiente que demônios como esse procuravam através da caça.

— Obrigada pela ajuda! A clave agradece.

Tento me despedir mas a vendedora me para.

— Já que veio nos ajudar, pegue isso como um presente de gratidão.

A senhora me entrega um vaso de cerâmica rosa e vermelho, tinha detalhes dourados como flores e plantas. Era lindo. Sua espessura era grossa, e ele era de porte médio. Perfeito.

Agradeço novamente e vou a procura de Claire, que conversava com a padeira. Avanço em sua direção, depois toco em seu ombro.

— Vamos, já sei aonde é.

— Eu também, é o celeiro do fazendeiro.

Claire se despede da padeira e caminhamos até o norte. Vejo um pequeno rio estreito á frente, que infelizmente não tinha uma ponte.

— Droga — ela exclama — como vamos passar?

Era fácil, temos uma runa que dava uma solução para isso. Pego minha estela e pego o antebraço de claire.

— o que você está fazendo? Para que serve essa runa?

Começo a desenhar a runa que nos dava o poder de saltar alto, uns dez metros. 

— está pronta, agora salta até o outro lado.

Ela pensa em questionar, mas desiste no mesmo instante. Ela se afasta e pega impulso correndo, assim, saltando até o outro lado muito alto. Claire solta um gritinho animada, não posso julgar, na minha primeira vez também fiz isso.

Ativo minha runa e faço o mesmo, salto e chego ao chão tranquilamente. Damos umas risadinhas felizes e continuamos a caminhada até o celeiro que estava próximo. Finalmente chegamos até ele, que estava trancado. Pego minha estala novamente e faço um símbolo fazendo assim a porta se destrancar .

Todo o celeiro estava muito escuro, tento abrir a porta que se movia com muita dificuldade, devia estar emperrada. Me afasto e chuto abrindo-a sem paciência. Claire tira de seu casaco uma pedra luminosa, ela foi a primeira a entrar, com um punhal na outra mão. Logo em seguida entro e pego minha katana, encosto minhas costas na sua.

Olho pra direita, que tinha um cheiro horrível. Vejo melhor e um porco estava morto de uma forma estranha, continha mordidas muito grandes e profundas, e com muitos cortes. Em sua pele saia larvas e moscas o rodeavam. Senti o gosto do vômito subir minha garganta, olho pra esquerda que continha apenas palha seca.

— Claire, achou alguma coisa? Só vi um porco morto.

— Até agora tudo limpo...

Nesse momento olho pro teto, aonde vi o que estávamos procurando.

— Claire! — O demônio pula do teto ao chão onde Claire estava, e empurro ela pra frente. Fazendo-a cair e derrubar a pedra e o punhal. — Foi mal!

Ele avança em minha direção, com as asas abertas. Eu corto sua cabeça e me jogo no chão pro lado, tentando me esquivar. Mas ele não recua. Vejo Claire pular e enfiar dois punhais em suas costas, fazendo então o demônio cair. 

— Desculpa te jogar.

Ela pega minha mão e e ajuda a levantar.

— Desculpas aceitas. Você me salvou, valeu.

Vejo o demônio se decompor soltando faíscas douradas. Agora teremos que ir até Idris.

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Próximo capítulo amanhã!<3





𝖆 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖈̧𝖆̃𝖔 - Isabelle Lightwood ( História Sáfica)Onde histórias criam vida. Descubra agora