Já imaginou um dia você encontrar na academia para malhar, em prol da saúde e do shape perfeito. E sair de lá agarrada, aos beijos com o instrutor Bonitão? Bom, se sua reposta foi sim, lamento em dizer que nem todo mundo pessoa assim.
Para Giovanna...
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Se todas as caminhadas fossem como aquela, a mulher estaria disposta a correr quantos quilômetros fossem precisos.
Para falar a verdade, ela está disposta a tudo. Embarcou nessa jornada porque acredita no amor e em todas as facetas dele. Mas mesmo assim fica um pé atrás, ela sabe o quanto Alexandre é bonito, não conhece muito bem o histórico do grisalho, também não quer descobrir. Mas tem certeza de que passou o rodo nas mulheres de dentro e fora da academia.
Para ela, ele não tem cara de ser um homem fiel. Entretanto, acredita na mudança das pessoas. Tem confiado nele desde o primeiro dia, sem ao menos o conhecer direito, está investido todas as suas fichas.
Mal sabe ela que se depender dele, os dois já estariam casados e com filhos. Não irá revelar isso a ela no momento porque é cedo demais, tem medo de assustá-la. Porém, é verdade, ele está começando a ter algo verdadeiro com Giovanna. A morena chegou arrastando sua academia como um furacão.
Acha ela uma verdadeira potência, na cama então... A cara de santa fica apenas na aparência. E é dessas que ele gosta.
Pegar ela de jeito virou sua atividade preferida. Ele sempre foi selvagem, não é do time dos soco fofo e algo fora do normal o fez ficar ainda mais forte. Não é culpa dos treinos. A mulher é como se fosse sua proteína, não é atoa que a considera seu pré treino.
O que fizeram na casa dela dias atrás não foi programado, nada do que fazem é. Se jogam no momento, gostam de brincar. Ele nunca foi muito fã de sexo engessado, gosta de aprimorar sempre que pode e foi o que fez, a brincadeira do mestre foi gostosa, excitante.
Se tivesse como, faria com eles ficassem no quarto o dia inteiro. Não necessariamente se amando, o chamego faz parte do combo, a companhia um do outro é o que importa.
Mas essa brincadeira toda tem suas consequências, três dias após o incêndio que causaram, Nero travou o joelho. Sendo preciso usar uma joelheira e ficar de repouso. Claro que a culpa não é da maratona corrida, talvez tivesse uma porcentagem nisso, mas era o acúmulo de treinos e desgaste — ele não é tão novo assim, mas desgosta quem o chama de velho. Ainda é um quarentão bem inteiro.
— Por que tive que ficar sabendo pelo Rodrigo que você estava em casa com o joelho todo ferrado? — Antonelli perguntou chateada.
— Não queria te preocupar, já tive isso antes, não é nada demais.
— Independente. Pô, sou sua namorada, não sou?! — queria ter certeza. E ele confirmou com um aceno de cabeça. — Seus problemas são meus agora, sou do tipo de mulher que quando gosta de alguém, é de corpo e alma.
Aos poucos ela começava a se abrir, queria mostrar que estaria ao lado dele para o que precisasse.
— De corpo eu tô vendo — a malícia faz parte dele. — Suas sentadas me quebraram.
