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2 de Outubro de 2018.

AUTHOR'S POINT OF VIEW '

DESDE O dia do jogo,Veiga pensou em tentar conversar com Flávia. Mas também,pensou na hipótese em que ela não responderia ele. Por mais que fosse mentira essa hipótese. Ele tinha toda a certeza,que precisava dela. Porém,não tinha como ele simplesmente sair correndo e largar tudo. Ele tinha que esperar pela ida ao Allianz Parque,ou pelo dia em que fosse visitar Piá,ou então,ele não sabia.

Para ele,era só mais um dia de folga completamente sem sentido. Não havia nada para fazer,tudo que precisava resolver,já tinha resolvido. Ou nem tudo.

Veiga criou a mera coragem, e pegou o celular,procurando pelo contato de Flávia.

" oi,tudo bem? assim que vc ver essa mensagem,por
favor,me responda. Eu preciso conversar com você,
nós dois precisamos realmente conversar. "

Ele havia entendido que havia coisas para esclarecer entre eles. Ele teria que escutar ela. E assim que a mensagem foi enviada,logo apareceu que não tinha sido recebida.

Flávia estava ocupada desde quando foi para São Paulo,conseguiu um novo emprego. Estava trabalhando em uma clínica. Ela havia mudado um pouco. Além do seu jeito de ser,mudou a aparência novamente. Voltando a ser morena. Ela estava feliz com seu trabalho,feliz como ela estava. Porém,ela sabia que para aquela felicidade ser completa,faltava algo. Faltava alguém. Faltava quem ela esperava chegar dos treinos,e logo passava o resto da tarde até a boca da noite conversando. Faltava aquele em que ela fazia chamadas de vídeos todos os dias e a deixava feliz com suas palhaçadas. Faltava o cara em que tão pouco tempo,havia se tornado importante para ela. Para ela estar completamente feliz,faltava ele. Faltava Raphael Veiga.

Ela sabia que lutar contra esse sentimento,seria inválido. Ela finalmente tinha se permitido gostar dele. A falta que ele fazia para ela,era o que Flávia mais pensava durante todo seus dias. Ela sim,conseguiria ir atrás de Raphael,se não fosse pelo seu novo emprego.

Cada vez que a pequena Piá citava o nome do tio Veiguinha,ou então,andava pela casa com a boneca que ele havia lhe dado,Flávia lembrava das férias. Onde tudo começou. Lembrava do carinho e do cuidado enorme que ele tinha com a sobrinha. Lembrava do jeito que também tinha um carinho por ela mesma. E,para ela,aquele carinho havia deixado de existir. Pelo menos para ela. Ou na cabeça dela,isso fazia sentido.

A mensagem que Veiga mandou, não chegou no celular de Flávia. Ela tinha trocado de número,e desde então,nem se quer mandou para ele o cara deu número novo.

Para ela,ele não se importava com nada mais. Para ela,Veiga era um cara que tinha deixado de se importar com as coisa e com sentimentos quando viu ele ir embora daquela festa.

Conforme as horas do dia foram passando,Veiga mandou mensagem para Gomez,e perguntou sobre a irmã dele. Que respondeu que ela havia trocado de número,e que se Veiga quisesse,ele mandava o número novo. Porém,Veiga não quis. Para ele,se ela tinha trocado de número e nem se quer pensou em mandar para ele mesmo eles estar sem se falar, significava que ele não era mais importante para ela. E que ela não queria o ver nem pintado de ouro. Pelo menos,era isso que ele achava. Mas ele então pensou, que se caso ela quisesse falar com ele,o número dele nunca mudou. E que ele sempre estaria ali para quando ela estivesse deixado a insegurança de lado. Ele naquele instante,decidiu que iria esperar por ela. Não no sentido dela vim atrás dele,mas esperaria ela deixar toda a confusão de lado. Mesmo ele não sabendo que naquele dia do jogo em que se encontraram no corredor,era tudo que ela queria falar para ele. Que tinha entendido o que sentia,e que sua confusão e insegurança havia passado. Enquanto nada disso acontecia para ele,Veiga focava no futebol. Focava na sua saúde física,e também psicológica. Afinal,era o que ele precisava já que tinha decidido esperar por Flávia. Ele sentia falta dela,isso era completamente nítido. Sentia falta da sua companheira de risadas altas e sinceras. Sentia falta de quem ligava para ele todos os dias,no mesmo horário. Sentia falta de tudo que aconteceu durante três meses. Ele precisava dela novamente. Precisava de quem a fizesse feliz,igual foram os meses passados desde as férias. Porém,esperar era o que ele fazia.

𝐓𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐐𝐔𝐄 𝐒𝐄𝐑 𝐄𝐔 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora