Moontide theory

Capítulo 2

Harry acordou lentamente, o sono deixando seus olhos pegajosos e sua mente nebulosa. Ele esfregou os olhos com uma das mãos distraidamente, sentando-se e jogando o edredom para o lado, pegando os óculos. Depois de colocá-los, ele olhou ao redor da sala, os olhos piscando como uma coruja. A cama em que ele estava sentado era feita de carvalho escuro com lençóis de seda preta e os móveis ao redor do quarto eram feitos do mesmo conjunto, claramente. Em um canto havia uma mesa de carvalho escuro e uma cadeira com um guarda-roupa alto no outro canto. No meio, bem em frente à cama, havia uma porta, embora claramente não fosse a entrada do quarto, pois ficava à direita de Harry, com uma pequena cômoda e uma janela à esquerda. As paredes eram de mogno escuro ou marrom, um palpite educado para um adolescente com pouco conhecimento de decoração de mansões, e tem um exuberante carpete preto. Ficou muito bonito, mas modesto, no entanto. Harry absorveu tudo isso devagar, dando tempo para sua pobre mente acordar. A falta de comida e água provavelmente não ajudou. Ele se lembrava dos eventos de ontem distintamente, até acordar para ver Voldemort na cadeira em frente a ele e ser aparatado para Riddle Manor.

-x-

Assim que eles chegaram ao campo fora da mansão, Voldemort saiu furioso, deixando Harry se ajoelhar para segui-lo como um cachorrinho perdido , ele pensou na época. As altas portas negras se abriram para ele sem sequer um aceno de sua varinha e Harry olhou em volta, perplexo. Havia outras pessoas aqui? Antes que tivesse tempo de contemplar, uma mão envolveu seu antebraço e o arrastou para frente, por um labirinto de longos corredores decorados com retratos e pinturas de pessoas que ele nem conhecia. Voldemort parou em uma porta aparentemente aleatória e tirou a mão do braço de Harry, deixando Harry puxar o braço de volta para o corpo e esfregá-lo, olhando para Voldemort confuso.

"O que você está fazendo?"

Voldemort revirou os olhos e abriu a porta, empurrando Harry para dentro. Ele entrou também, fechando a porta atrás deles, observando enquanto Harry olhava ao redor da sala, as sobrancelhas franzidas.

"Fique aqui até eu vir buscá-la. Essa porta leva a um banheiro. Não tente sair porque eu vou saber. Se você ouvir alguma coisa, apenas ignore."

Harry inclinou a cabeça, mas assentiu, então Voldemort saiu, fechando a porta firmemente atrás dele. Harry ouviu um clique depois e soube que ele havia trancado a porta. Ele se sentou na cama no meio do quarto e contemplou o que diabos tinha acabado de acontecer. Ele não apenas ainda estava vivo, mas também não estava trancado em alguma cela suja no porão da mansão com as unhas arrancadas e a pele arrancada. Que porra? Ele suspirou e caiu para trás, notando a seda macia debaixo dele. Ele olharia em volta um pouco mais de perto, mas e se houvesse alguma criatura escondida no guarda-roupa ou atrás da porta que fosse matá-lo?

Não, ele pensou, racionalmente, e ficou longe de tudo na sala. Ele foi até a janela e observou a paisagem - eles estavam no precipício de um penhasco, com nada além do mar ao redor da pequena rocha em que estavam situados. As ondas quebravam contra a rocha abaixo deles a cada poucos minutos, enviando espuma do mar e água para a janela. Parecia congelante. Não havia nenhuma ilha para ser vista na distância imediata, então mesmo que ele conseguisse escapar da mansão, ele provavelmente se encontraria em alguma ilha desconhecida no meio do oceano de qualquer maneira.

Sabendo que escapar seria inútil, ele suspirou novamente e voltou para a cama. Eram apenas por volta das 17 horas, mas sem sua varinha, ele não teria como verificar. Isso ainda estava na casa dos Dursley, em seu antigo quarto, o temido armário, junto com seu baú e o resto de suas roupas. Ele puxou as cobertas e se aninhou na cama, sabendo que mesmo que algo viesse para matá-lo agora, ele teria sido capaz de apreciar esta luxuosa cama primeiro. Não muito tempo depois, ele caiu em um sono profundo que nem sabia que precisava...