Dramione, um novo começo

Residencia Ramade.

pov Manu

na noite em que fui atras de Rachel eu tomei, ou melhor, tomaram a decisão de me levar.

Lembram da noite do meu aniversário, quando briguei com Rodrigo e uma coruja branca e trouxe duas cartas, e Júlia lembrou de seu passado?

Uma carta dizia não perca o profeta de amanhã a outra me chamava para um recrutamento para a Residencia Ramade já que eu tinha acabado de brigar com o Malfoy.

Eu ignorei a carta até aquela noite.

Um grupo de cinco homens de roupas brancas me atirou um dardo tranquilizante (que não me tranquilizou) o que me fez gritar Rachel, gritar por socorro. Bem...um grito não correspondido pois ela continuou correndo.

Quando resolvi me render aos homens que tentavam me arrastar para um carro, meu olharfoi de encontro ao olhos castanhos que tanto amava.

Rodrigo observou tudo.

Eu gritei por ele sentindo uma gota de esperança brotar em mim, ele era minha unica escapatória.

Ele apareceu por inteiro. Antes usava a capa da invisibilidade. Ele olhou no fundo dos meus olhos e eu nos dele. Pude ver a alma dele, juro que pude. Ela estava vazia. Ele se aproximou e fez movimentos com a boca querendo falar me desculpe.

Ainda olhando em seus olhos cheios de lagrimas (ele sabia o que estava fazendo) eu gritei um Por Favor até que um dos homens que ainda tentava me arrastar me acertou com um pedaço de madeira e eu pude ver Rodrigo se virar de costas e ir embora atras da irmã.

Isso tudo deve ter durado no máximo 2 minutos. Mas eu aderi minha vida a esses dois minutos.

Desmaiei incapaz de continuar resistindo.

Ao abrir os olhos eu estava sentada num banco virado para a rua. Meus joelhos estavam ralados, talvez pela tentativa de resistência ao arrastão que tentavam efetuar, usava roupas brancas, totalmente brancas, e me sentia limpa.

Olhei em volta e percebi que eu estava em uma pose. Pernas cruzadas e mãos juntas sob o colo.

Separei minhas mãos e vi que havia um bilhete entre elas.

Residencia Ramade: atravesse a rua.

Olhei para frente onde um monte de carros passava e do outro lado havia uma barraca escrita "Residencia Ramade". Cada prédio estava a cem metros da suposta casa. Parecia mais um terreno abandonado.

-Só pode ser brincadeira.-reclamei.

Uma voz ecoou em minha cabeça.

Olhe novamente.

Apertei os olhos e os abri novamente.