Capítulo 13

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Viver é melhor que sonhar.

Sim, pela primeira vez viver é melhor que sonhar para mim. E tudo isso graças ao covarde do alfa com o qual divido o quarto.

Sentando na banqueta da varanda, tomando um chá de camomila, sigo olhando para o interior do quarto, a cena faz com que eu me sinta cheio de satisfação, Jeon Jungkook limpando meu lado do quarto e arrumando minha cama. Com a cara emburrada, um coque mal feito, apenas de calça moletom, andando de um lado para o outro limpando e organizando.

Uma cena clichê de pornô barato. Posso imaginar o restante do roteiro na minha cabeça, a parte em que os estranhos, o contratado, Jungkook, e o contratante, Jimin, se esbarram e um acaba caindo de boca na piroca do outro. Acidentalmente... claro.

Ao mesmo tempo que esses pensamentos nada castos invadem minha mente me trazendo uma espécie de tesão cômico, me lembram como ele deveria ser o último a passar na minha cabeça nesse tipo de cenário. Droga!

Desde que nos conhecemos ele simplesmente alugou um triplex na minha cabeça, o que não é anormal já que dividimos o quarto e ele fez questão de marcar sua insuportabilidade na minha vida a cada segundo que convivemos ao mesmo tempo que tem um físico que consegue causar esse tipo estranho de amnésia que por longos períodos nos faz esquecer que ele é um babaca. É como uma barra de chocolate numa embalagem muito linda, com um formato bonito mas que quando provamos percebemos que é pura parafina. Essa dualidade ajudou ele a alugar um triplex na minha cabeça.

Quer dizer, ele não é mais tão parafina quanto no começo, não é mais um chocolate tão ruim. Tudo aquilo está no passado agora, o lado babaca dele a cada dia que passa fica mais um pouquinho no passado, até porque ele não está na posição de ser babaca comigo.

Jeon Jungkook e Park Jimin de agora tem uma outra relação, uma relação de mordomo-barra-mestre muito mais agradável que a anterior de rivais-barra-inimigos tentando se matar. Essa nova relação está mais para uma relação dom-barra-sub que abrange apenas ordens referentes a trabalhos físicos e um pouco de satisfação psicológica que se estende apenas a mim.

Mais cedo tive a bela visão dele arrumando meu guarda roupa por cor e categoria de roupa, separando minhas roupas para levar para a lavanderia, organizando meus tênis no sapateiro e lavando o banheiro. Isso não poderia ficar melhor. A idealização perfeita de uma relação de dom-barra-sub moderna.

Passaram-se apenas três dias desde que nosso acordo foi selado e desde então o nosso relacionamento deu um salto surpreendente. Não existem mais implicâncias ou grosserias, nada de feromônios pelo quarto ou situações estranhas que consistem nele se masturbando para mim no meio da madrugada, o que sejamos francos, é o único ponto negativo dessa relação. Apesar de ter sido estranho, não posso dizer que foi ruim.

Também estou fazendo minha parte, estou sendo gentil e não estou provocando ele como antes, nada de mãozinhas no pescoço, por mais que eu ache que ele na verdade quer muito isso e que todo este mal humor que ele expressa, apenas por meio da sua feição, toda vez que recebe uma nova ordem é porque nunca nenhuma delas é ser minha cobaia de treinamento de esganadura. Não estou enchendo ele de coisa para fazer, até porque eu não tenho tanto trabalho além das minhas obrigações da faculdade. Então no fim das contas não está sendo tão sofrido para ele tudo isso.

Tudo que ele faz é limpar, organizar, carregar minha mochila, me comprar uns doces as vezes e só. E não é como se ele não estivesse ganhando nada com isso, vejo muito bem como ele agi quando estamos com nossos amigos, sempre sorrindo e colando em mim como se fossemos bestfriends. Ele está fazendo a cama dele antes de deitar e não está se esforçando nem um pouco para esconder de mim. Bom, já esperava por isso, então acabo dando um pouco de corda para os gracejos públicos dele.

EVEREST  | ABO jjk+pjmWhere stories live. Discover now