Sessão Cinco

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Fico olhando a nova foto que ele me mandou encantado, será que se eu pedir para ele montar um arquivo com imagens desses momentos nossos ele faz? Não sei responder, ele é imprevisível.
- Tarl, você conseguiu descobrir alguma coisa sobre ele?
- Nada Ohm, nem fofocas, o cara é um mistério, nunca conversou com ninguém do meio, ninguém mesmo. Acho que espalhassem  por aí que você anda transando com ele ninguém ia acreditar.
Ele olha por cima do meu ombro.
- Sério que vocês transaram na piscina? Cara eu preciso arrumar um crush assim.
Eu dou risada disso e olho para a foto.
- As vezes ele parece estar tão apaixonado, isso me confunde.
- Você já conversou com ele sobre isso? Porque você com certeza está apaixonado.
- Ele não é do tipo que conversa.
- Bom, se você quer a minha opinião, vocês dois abraçados assim não é coisa de sexo casual.
É verdade, nessa foto nós estamos abraçados, o rosto dele está virado para o lado oposto da camera apoiado no meu ombro, o meu está apoiado na lateral da sua cabeça, eu estou de olhos fechados e com um sorriso sereno.
Viro a foto e lá está o mesmo horário marcado

19h

Chego na casa dele,  entro e não sei o que fazer, subo até o seu quarto e ele não está, desço e vou até onde eu acredito que seja a cozinha que é onde ele entra e sai com os pratos.
Abro a porta e ele está virado para o fogão cantando, está apenas com um roupão e pantufas. Está usando fones de ouvido, por isso não me escutou entrando. Entro, fecho a porta, me encosto nela e fico ouvindo ele cantar, é uma música francesa, parece tão triste, ele tem uma voz linda. Quando ele para de cantar fica olhando para a parede em silêncio e por algum motivo isso me fez sentir mais triste do que a música que ele estava cantando. Vou até ele e o abraço por trás, ele tira os fones, se vira e me abraça, coloca o rosto entre o meu ombro e o meu pescoço e fica chorando em silêncio, eu passo a mão pelos seus cabelos e falo.
- Está tudo bem meu amor, apenas chore.
Fico escutando o seu lamento que vai despedaçando o meu coração aos poucos. Quando ele consegue parar de chorar, ele me beija e sorri.
- Estou fazendo Pad Thai para você hoje, experimenta.
Ele pega um pedaço de camarão e coloca na frente da minha boca.
- Seja gentil, eu nunca fiz nada tailandês antes.
Eu como e está delicioso, não digo nada, mas mesmo assim ele sorri e novamente eu perco o fôlego.
- Pega um vinho na adega para mim?  Aquela porta que eu entrei no outro dia. Pode ser um Chateau rosé da segunda coluna, garrafa transparente líquido rosa.
Eu olho para ele e quero perguntar sobre o que aconteceu, mas mais uma vez ele sorri e eu desisto, saio e vou buscar o vinho para ele.
Desço as escadas e vou para um porão, é um pouco mais frio do que o resto da casa, as luzes acenderam quando eu entrei e tudo ficou bem iluminado. Olho em volta e o porão tem móveis modernos todos em mogno, prateleiras que vão do chão ao teto em todas mas paredes. Ando até a segunda prateleira, acho que deve ser a segunda coluna. Puxo uma garrafa e o líquido é rosa, tento ler o rótulo, mas não consigo, deve ser isso.
Volto para a cozinha e ele já serviu os pratos, faz um sinal e eu sigo ele até a sala de jantar.
Mais uma vez jantamos em silêncio apenas ouvindo uma música que ele colocou, está baixo, mas parece aquelas músicas que cantam em igrejas ou algo assim, são várias vozes masculinas e nao consigo entender o que estão cantando, é como se fosse uma oração.
Quando terminamos ele pega os pratos e sai, eu fico sentado esperando,  achei que ia pegar sobremesa, mas ele voltou sem nada.
Ele para na ponta da mesa e fica me olhando, então abre o roupão e deixa deslizar pelos seus braços e cair suavemente no chão, anda até o meu lado da mesa, se apoia e senta nela e então se deita. Vira o rosto para mim e fica me olhando.
Eu toco no seu rosto, ele fecha os olhos, coloca a mão por cima da minha, depois vira o rosto e beija a palma da minha mão.
Quando me olha de novo vejo tristeza e algo mais no seu olhar, eu poderia jurar que é um olhar carinhoso, mas eu posso apenas estar me enganando.
- Você está bem?
- Faz amor comigo Mon Cher?
Como sempre ele não respondeu a minha pergunta, puxo as nossas mãos que ainda estão juntas e beijo a sua mão, me levanto e tiro a minha roupa e pego uma camisinha. Subo na mesa e beijo ele, desço beijando o seu pescoço e ele geme, beijo o seu ombro e peito, chupo o seu mamilo e ele geme suavemente de novo. Desço beijando a sua barriga, levanto a sua perna e beijo as coxas, ele tem coxas grossas e firmes, me pergunto se ele faz alguma atividade física. Volto beijando a sua barriga peito e pescoço, me afasto coloco a camisinha, me deito sobre ele e levanto as suas pernas.
Ele segura o meu rosto, fecha os olhos e me beija. Fazemos amor assim, em cima da mesa, apenas iluminados por velas, os seus gemidos suaves, aquela oração e uma conexão que eu não tinha sentido antes, mas eu sinto ele está finalmente se entregando.
Gozamos e eu fico deitado em cima dele, ele faz carinho no meu cabelo enquanto espera. Quando estou respirando normalmente levanto a cabeça, apoio o meu queixo o seu peito e fico olhando o seu sorriso.
- Me conta o que aconteceu.
Ele me olha por um longo tempo, então fala.
- Dorme aqui comigo hoje?
Eu suspiro, concordo, vou um pouco mais para cima e o beijo.
- Quando você estiver pronto para falar eu estou aqui.
Ele dá um sorriso triste e me beija novamente.

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