12°Capítulo: A mamadeira azul

394 27 22
                                    

NOTAS DA AUTORA:

Amores, então, mais um capítulo dessa história para vocês KKKKKKKKK
Porém, o que eu vim encher o saco de vocês antes de lerem (a maioria nem vai ler, mas mesmo assim vou dizer K), minhas aulas vão voltar, infelizmente, por mim nem voltava essa merdinha, mas fazer o que né? E com isso acho que vocês já entenderam que os próximos capítulos vão acabar atrasando um pouco mais do que normalmente. Mas para o bem de vocês, e principalmente para o meu, não vou deixar de postar atualizações dos capítulos, até porque eu estou simplesmente apaixonada para continuar essa história. Então não se preocupem que terá SIM atualizações!
E já que eu estou aqui queria agradecer de coração a cada um de vocês que leram, votaram e comentaram, eu fico muito feliz em poder compartilhar minhas histórias com alguém, muito obrigado por todo! Amo vocês!❤️

☆☆☆

Thanatos chorava nos braço de Hades, as lágrimas machavam seu rosto infantil. O deus dos mortos sussurrava algumas palavras que Persephone não conseguiu identificar de imediato, mas então percebeu que era uma canção grega antiga, Hades e Persephone sempre cantavam para Thanatos depois de algum pesadelo que o menino acordava chorando.

—Ei, bebê. –Chamou Persephone, umas das mãos foram em direção aos cachos brancos. —Vamos tomar um banho, trocara de roupa...

Thanatos soluçou. Hades o pegou no colo, o corpo do menino estava mole de tanto chorar, o que fez com que Hades tivesse que ter um cuidado menor do que normalmente.

—Amor, vou levar ele para o banho, você prepara um mamadeira para ele, e pegue um pijama quente, por favor. –Pediu Hades enquanto balançava Thanatos lentamente.

Persephone concordou e correu para pegar um pijama peludo e depois prepara a mamadeira.

—Ei, Tye. –Hades tentou distrair o menino choroso. —Vamos colocar bolhas? Você gosta de bolhas.

Thanatos negou, queria acabar logo com aquilo, acabar com aquela porcaria de uma vez por todas. Hades suspirou triste em verr seu menino daquela forma.

A água encheu rapidamente, e Thanatos já estava completamente nú, a água quente entrou em contato com a pele dele, suas nádegas doeram um pouco, Persephone tinha dado poucas palmas mas haviam sido fortes. Hades jogou a água em seus ombros, cuidando para não molhar os cabelos, não precisaria lavar novamente naquele dia.

Thanatos não abriu a boca no banho, nem para reclamar que Hades estava lavando suas partes íntimas, o menino apenas chorava, deixando que fizessem qualquer coisa com ele. 

—Vamos cuidar com essas asas. –Disse Hades tentando fazer Thanatos dar um sorriso, mas falhando. —Coloque elas para dentro e levante os braços filho.

Assim Thanatos fez, ainda chorando. Hades  viu as asas voltando para dentro de seu corpo, ele nunca iria entender como aquilo funcionava. Hades pegou a blusa de manga comprida e vestiu Thanatos, o menino fungou triste, o deus mais velho pegou a calça e pediu para o menino deitar, essse assim fez. Agora estava devidamente aquecido para aquela noite fria.

—Quer colo? –Perguntou Hades.

Thanatos nada respondeu, apenas ergueu seus braços para que Hades o pegasse, ele fez o desejo da criança, que escondeu seu rosto na dobra do pescoço de Hades.

—Amor? –Chamou Hades com Thanatos no colo, aparecendo na cozinha. —A mamadeira está pronta?

Persephone negou esperando de braços cruzados ao lado do micro-ondas.

—Como ele está?

—Magoado.

Thanatos se encolheu mais ainda nos braços de Hades. Cerca de um minuto depois o micro-ondas apitou e Persephone pegou a mamadeira, estava um pouco quente demais para o gosto da deusa da primavera, ela levou até Thanatos.

—Ei, bebê... –Chamou ela, acariciando os cachos rebeldes brancos. —Quer o mama? Do jeitinho que você gosta, tem até canela, amor.

Thanatos virou levemente a cabeça para olhar Persephone, as bochechas coradas, ele queria, obviamente, o menino nunca negava uma mamadeira. Uma das mãos esticaram para Persephone, ela sorriu e entregou uma mamadeira azul com desenhos de urso polar. Thanatos levou o bico de silicone até a boca, apoiando a mamadeira no peito de Hades e tentando segurar com somente um mão, o líquido quente e um tanto doce não demorou muito para sair.

—Eu vou arrumando aqui, você leve ele para cama e fique lá. –Disse Persephone, observando Thanatos tomando calmamente o líquido branco dentro da mamadeira azul. —Tente o fazer dormir.

Hades concordou, dando um beijo rápido em Persephone, ela sorriu, mas logo em seguida sussurrou um "Depressa!"

Hades tinha acabado de fechar a porta do próprio quarto dele e de Persephone, quando Thanatos começou a chorar, novamente, mas agora estranhando o motivo de estar nos aposentos do casal e não em seu próprio. Hades balançou o menino assim que ouviu o choro.

—Vai dormir conosco hoje. –Explicou Hades, na tentativa de fazer Thanatos parar de chorar. —Como nos velhos tempos.

Thanatos negou, as lágrimas começavam a preencher seus olhos claros.

—Vai ser legal. –Tentou Hades antes de deitar Thanatos em sua cama. —Te deixo escolher algo para ver até a hora de dormir, pode ser?

Thanatos fungou, coçou os olhos com uma das mãos livres, não queria ficar sozinho naquela noite, mas também não estava pronto para mais uma humilhação diferente em somente um dia. Mesmo sem dizer nada em resposta Hades não se importou e começou a andar em direção a grande cama de casal. O grande homem colocou o menino sentado nos lençóis de seda vermelha, Thanatos parou de resmungar quase de imediato, assim que sentiu o contado do tecido ao seu corpo, ele relaxou, e lembrou com quem estava, lembrou que não precisa estar agindo daquela forma, que não precisa sentir medo deles. O casal, Hades e Persephone, o criaram.

Thanatos olhou para Hades, ele estava com um controle na mão, olhando para a televisão, pensativo.

—Você quer ver o que? –Perguntou o deus dos mortos. —Ainda gosta daqueles desenhos estranhos? Não acho que são apropriados para você, mas tudo, se gosta quem sou eu para impedir.

—Me desculpe. –Resmungou Thanatos ansioso, segurando as duas mãos, a mamadeira ao seu lado, agora estava na metade.

Hades franziu as sobrancelhas, ofendido.

—Desculpar pelo o que, bebê? –Perguntou Hades, agora em tom dócil e baixo, semelhante ao que Persephone estava usando com ele. Hades raramente usava aquele tom, normalmente usava o indiferente e principalmente, quando Thanatos estava em situações mais delicadas -como aquela-, utilizava uma voz calma e delicada demais para o deus. —Você não fez nada de errado.

Thanatos demostrava óbvia ansiedade, e aquilo deixava Hades chateado, odiava ver sua criança daquele jeito.

—Fiz uma bagunça enorme. –A voz de Thanatos se embolou na garganta, um nó se formou lá, juntando sua ansiedade com a culpa e principalmente, a humilhação que sentiu naquele jantar. —Desculpe papai! ‐Ele soltou a frase tão rápido, misturado com mais um novo choro.

Hades ficou perplexo, mas imediatamente largou o controle e se sentou ao lado de sua criança. Independente da situação complicada que estavam, Hades sentiu uma grande felicidade surgindo dentro de si, como se um sonho tivesse se realizado, um sonho que a anos estivesse parado e empoeirado na estante de uma velha biblioteca.

—Você nunca faz uma bagunça grande o suficiente para que não possamos arrumar... –Hades fez uma pequena pausa, sentindo os músculos de seu rosto formarem um sorriso animado. —Filho.

Thanatos esfregou os olhos, estava cansado, principalmente depois daquela porcaria de jantar. O menino suspirou, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa Hades o abraçou forte, muito forte, nada que não pudesse suportar. Finalmente se sentia seguro novamente, finalmente estava seguro.

Em milênios de anos Where stories live. Discover now