🌌•VII•🌌

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RHYSAND

Acordo sentindo um peso familiar em cima de mim.

Abro os olhos e faço um carinho na cabeleira meio loira meio castanha do meu caçula.

– Filho? Teve pesadelos de novo?

Ele acena com a cabeça ainda sem olhar para mim.

Vejo Feyre do meu lado ainda dormindo profundamente.

Levanto com meu pequeno em meu colo e vou até a varanda vendo ainda as estrelas no céu. Porém o sol já estava dando suas caras de leve no horizonte.

Começo a andar de um lado pro outro como quando fazia quando ele ainda era um bebezinho, nunca vou me cansar dessa sensação.

Minha família é a minha maior riqueza, nenhuma propriedade e nenhuma coroa ou título no mundo me faria trocá-los.

Mas então um sentimento de que algo está faltando se instala em meu peito e trato de retirá-lo quando vejo olhos tão azuis quanto os da minha parceira me encarando.

Minha atenção total vai pra ele.

– Papai?

– O que foi, minha constelação?

Eu sempre me derretia quando meus filhos me chamavam assim, desde que Pólux nasceu, me surpreendi, minha genética era muito forte, meus dois filhos mais velhos são cópias minhas, mas Pólux foi diferente, ele nasceu uma cópia da mãe. Ele não tinha nada meu, mas em seus olhos, quem olhasse com atenção, poderia perceber estrelas dançando ali, tão claras que poderiam passar despercebidas a qualquer um, mas não a mim.

Eu sou um pai coruja e memorizei cada detalhe dos meus filhos, quando Pólux nasceu fiquei grudado nele, vigiando seu sono e absorvendo cada nova descoberta dele, assim como foi com seus irmãos.

E me dói toda vez que vejo o quanto eles estão crescidos.

Minha constelação está me encarando atento e vejo seu semblante meio triste e suspiro querendo saber o que o aflige.

Pólux vem tendo sonhos estranhos que sempre o faz acordar e vir até nós.

– Sonhei com aquela mulher de novo, papai. – ele me diz e imediatamente franzo o cenho.

– A moça ruiva?

Ele confirma com a cabeça.

– Mas dessa vez foi difelente.

– Como, bebê?

– O sonho começou como sempre, com ela de costas pra eu, mas então... alguém aparece atlás de mim, e BUM!

Me balanço um pouco pelo susto mas logo minha postura volta e presto mais atenção aos sussurros dele.

– TIO AZ! – o olho com meus olhos arregalados assim como ele me olha – Ele foi até a ruiva e ela vira de lado quando vê ele, então eu consigo vê ela com um BARRIGÃO, PAI! Acredita?! Eu acho que ela é a parceila do tio Az né? Será que eu sou como a tia Elain? E tenho visões?

Corte de Sombras e DescobertasOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz