11| Minha noiva me chama de Jack

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Observo Giulia na minha frente, seu peito subindo e descendo de acordo com a sua respiração

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Observo Giulia na minha frente, seu peito subindo e descendo de acordo com a sua respiração.

Meus dedos ainda estavam entrelaçados com os dela, ainda que eu pudesse ver que agora que seus pais não estavam mais aqui, ela estava mais calma, alguma coisa ainda estava incomodando ela, mas imagino que tenha a ver com a sua empresa.

Construir algo do zero, algo que você lutou por isso e ainda ter que ver que a qualquer momento você pode perder tudo isso por causa das vontades do seu pai, é realmente algo que deve doer.

— Tudo vai dar certo — Digo fazendo carinho com o meu dedão em sua mão.

Giulia parece finalmente perceber que estava perdida em pensamentos, então ela se vira para olhar para mim, os olhos azuis dela parecem confusos.

Afundo meus dedos em seus fios e puxo ela para que me abraçasse, diferente de lá fora, ela não relutou por nenhum segundo, só aceitou o meu abraço e me abraçou de volta, como se eu pudesse ser o seu bote salva vidas.

Não era algo lógico, porque eu não sabia explicar, mas eu gostei muito do sentimento de ser um porto seguro para ela, eu sempre fui um de muita gente, sou dos meus irmãos, mas então a pergunta ficou na minha mente.

Se eu sou o Porto seguro de todos, quem é o meu?

A pessoa que veio na minha cabeça foi a que mais sofreu quando eu cheguei, era a minha mãe essa pessoa, sempre foi ela.

— Vai para casa? — Perguntei sentindo o cheiro floral do shampoo de Giulia.

— Não — Respondeu ela se afastando — Tenho que voltar ao trabalho, deixei Mona sozinha resolvendo coisas do lançamento — Giulia parou de repente, me encarando — Eu... não posso falar sobre isso agora, mas tenho que ir — Como se estivesse correndo de mim, e de todos, ela se afastou.

Giu deu uma última olhada para os meus pais, manejando um sinal de tchau e saiu quase correndo pela porta. Juntei meu cenho ainda encarando a porta que ela saiu.

— Ela está bem? — Meu pai perguntou e eu só ergui meus ombros.

Era uma pergunta difícil, acho que nunca conheci uma pessoa tão difícil de lidar quanto ela, é difícil saber o que se passa com ela, o que se passa na cabeça dela principalmente.

Acho que pagaria muito caro para saber o que se passa em sua mente, o que ela pensa quando me abraça, quando me toca ou quando me olha como se...

Não sei explicar como eu me sentia, imagina o que estava passando na cabeça dela.

— No dia que eu descobrir o que passa pela cabeça dela, eu começo a ser legal com pessoas que não tenham mais de 14 anos — Meu pai riu, revirando os olhos.

Ganhando - Irmãos De'Lucca 2Onde histórias criam vida. Descubra agora