A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO II

3

Otto Vitello

Com um grande sorriso no rosto, olhei para a movimentação da cidade.

O sentimento de paz em meu coração, era tão grande que eu não sabia se suportaria por tanto tempo — ri com esse pensamento.

Ângelo voltou para casa, Ângelo estava conosco novamente... Meu menino estava sob nossa proteção. Bom, quando penso nisso fico bobo e é algo que não evito, eu estava necessitando desse sentimento.

Jasmine. Eu serei eternamente grato por existir e ser quem é, pela nossa convivência já a tinha como filha! O seu sorriso alegrava o dia de qualquer um!

Me acostumei tanto com sua presença que seria estranho não a vê-la mais.

Ela foi um apoio para Ângelo antes e até no tempo da terapia. Não foram poucas às noites que a vi sentada na poltrona em um sono, mas esse não era muito pesado já que a qualquer som ou coisa que acontecesse ela já estava atenta.

Eu desejava do fundo do meu coração, que se Ângelo fosse fazer a escolha de quem amaria por toda a vida, e construiria uma família, que fosse com ela.

Ângelo e Jasmine tinham algo tão intenso, que qualquer um que estivesse perto dos dois podia sentir...

Saio dos meus pensamentos assim que a porta do escritório foi aberta, me virando em seguida.

— Hum, já retornaram... Resolveram o que era necessário? — indaguei.

— Sim, e para fechar com chave de ouro, ele foi preso — diz Patrick, tranquilo.

— Como assim? Preso? Não falamos nada sobre isso!

— Não reclame disso comigo... — olhou para meu filho.

— Ângelo...

— Fiz apenas o necessário, papai — rebateu.

— O mandando para a cadeia?

— E tinha alguma outra forma melhor?

— Tinha!

— Conversar não é tudo, pai! Mediante as circunstâncias, a prisão era o destino que ele iria de todas as formas!

Engoli em seco, o comportamento de Ângelo me era estranho.

— Vocês não nos disseram nada.

— Não dissemos pois sabíamos o que iriam falar!

— E quando o fizeram? — dei de ombros.

— Quando estávamos próximos de chegar. Como já tinha o contato com os policiais e governo, foi bem mais fácil e rápido.

— Sei que são adultos e sabem o que fazem, porém, precisa de comunicação, Ângelo!

Meu filho suspirou, e olhou em minha direção.

— Mas, em certos momentos, esta não serve para nada. E além do mais, Aaron estava agindo contra a lei. E não foi somente com isso.

— O que quer dizer?

— Eu descobri muitas outras coisas — deu um sorriso de canto — Eu sabia que ele não iria chegar aonde estava tão fácil sem agir de maneira contrária.

— Você descobriu mais o que? — questionou Edgar, saindo da cozinha.

— Muitas coisas, mas as piores foram as que deram um empurrão para que os policiais agissem — respirou fundo — Ele tinha ligação não só com o tráfico de drogas, mas também com os de órgãos... com o mundo do crime, e lavagem de dinheiro. Ele também favorecia e em troca crescia, como um hacker nato. Achou que, roubando um pouco das empresas que é envolvido, ganharia mais... De fato ganhou, mas, de forma suja.