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ÂNGELO VITELLO

Um pouco impaciente, uni minhas mãos sobre meu colo. Mesmo que tentasse meu pensamento de alguma forma ligava-se totalmente a Jasmine. Depois de ter conhecido e visto o quão ficou feliz ao encontrar com seu amigo, senti algo...

—  Voltei — anunciou Patrick, assim que passou pela porta —  Peguei para você — pôs um dos copos bucks sobre a mesa.

— Obrigado — o agradeci e em pouco tempo comecei a consumir o conteúdo do copo.

— Você está estranho, ou é só impressão minha?

— Estranho, como?

— Não sei ao certo —  riu se sentando na cadeira — Só ficava assim quando...

— Quando? — pigarreou.

— É. Especificando... —  deu de ombros, parecia tenso e procurando as palavras certas — Ficou estranho desde que saímos de casa — suspendi uma das minhas sobrancelhas grossas.

— É impressão sua, acredite.

— Não tenho tanta certeza — inclinou seu corpo — Está com ciúmes de Jasmine?

Trinquei meu maxilar olhando fixamente em seus olhos, meu coração ficou incerto assim como minha mente.

— Não sei do que está falando.

— Ah, não se finja de bobo, priminho.

— Bobo? — rolou os olhos.

— Está com medo que, a tirem de você?

— Patrick, eu realmente não estou entendendo aonde quer chegar.

— É tão simples.

— Não parece.

— Você gostou do Frederico? — frazi o cenho por impulso —  Prece que minhas dúvidas foram respondidas...

— E as minhas só cresceram.

Gargalhou.

—  Eu também ficaria se, sentisse o mesmo por Jasmine. Ela é difícil de achar.

Pensei por um instante, eu precisava urgentemente entender o que estava acontecendo dentro de mim.

— E acho um pouco surreal por vocês ainda não estarem juntos.

— Por quê?

— Cara, vocês são perfeitos juntos... E o tempo que ficaram unidos, acho que criou algo, ou não? Por que se eu tivesse nessa situação, eu já teria me casado.

— Acontece, Patrick, que amor, escolhas e principalmente sentimentos. São coisas sérias. E, não dá para criar de um dia para o outro. Pelo menos para às pessoas não tão imaturas.

— É, eu sei...

— Não parece.

— Sinceramente, Ângelo — olhou-me nos olhos — Me responda.

— Diga.

— Você sente algo, pela Jasmine?

Calei-me por um instante, a pergunta repentina foi como um soco em meu cérebro fazendo todas as minhas células se agitarem.

— Por quê está perguntando isso?

— Eu só quero saber. Você é como um irmão para mim, e...

— Eu não sei, Patrick — olhei para baixo.

Um silêncio rondou o ambiente, só os seus passos ecoaram assim que se pôs ao meu lado. Ele pôs a mão em meu ombro e me seguirei para não desabar, minha mente estava um turbilhão.

A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO IIWhere stories live. Discover now