Ângelo Vitello
Minha ansiedade parecia crescer cada vez mais. O tempo parecia uma eternidade e minha garganta secou tanto.
Mesmo querendo controlar minha língua, acabei perguntando algo que martelava em minha mente para Jasmine.
— Jasmine...
— Sim? — virou seu rosto em minha direção.
— Olha, vão ter infinitos jornalistas, fotógrafos... Pessoas de todos os tipos nos entrevistando. E como você vai estar ao meu lado, e também para a sua segurança... Não tem problema se eles perguntarem ao seu respeito, se temos algo e eu responda que é apenas amizade. Não é?
Olhou-me firme.
— Não há problema algum, Ângelo. Não somos nada mais que amigos, bons amigos.
Deu-me um sorriso amarelo. Mesmo que escondesse, eu podia vê no fundo dos seus olhos algo que a deixou diferente. Com receio de que ela ficasse com raiva, a olhei com cuidado, a mulher sorriu e apertou nossas mãos mais ainda que estavam juntas, pôs sua cabeça em meu ombro tranquilizando-me.
Não foi necessário que fôssemos anunciados que havíamos chegado, já que a quantidade de pessoas, fotógrafos e tapete vermelho na entrada foi a responsável por dizer...
O suor lento, deslizando por um dos cantos da minha testa, os batimentos frenéticos do meu coração, a respiração pesada. Me sentia deitado em uma maca de hospital sendo preso por lençóis, e em busca de ar. Eu berrava, gritava...
— Ângelo... — a voz de Jasmine ecoou e fui arrancado dos meus pensamentos, aquele em meu pensamento não era eu e sim o meu antigo eu. A olhei — Está tudo bem? — voltou a tocar a minha mão — Eu estou aqui...
Ela estava lá, comigo, era o suficiente.
— Tudo bem se quiser voltar para casa.
— Eu quero ficar — sorriu.
Sorriu, orgulhosa.
— Como faremos para que você não seja notado? — questionou meu pai, nessa altura eu já tinha trocado de carro.
— Ficaremos no carro. Certamente vão tirar diversas fotos de vocês. Depois o carro irá seguir para uma vaga e como somos da família conseguiremos ir diretamente para o estacionamento, lá eu me apresso e consigo entrar pelos fundos. Vou ficar no último andar... Quando chegar a hora, avisem-nos.
— Ótimo.
Logo meu plano foi efetuado com sucesso, pelo contagem de fleches seriam uns setenta por aí. Não sei como aguentaram!.
— Aqui é bem espaçoso... — elogiou, Jasmine. Já estávamos no último andar e era de fato nostálgico estar lá.
— Tenho planos de ficar aqui, é bem melhor e silencioso...
— Você já estava aqui antes?
— Sim.
— Onde ficava seu escritório?
Sua pergunta foi como um soco no meu cérebro, pisquei algumas vezes e a olhei...
Olhei para às quatro portas às encarando por um bom tempo.
— Eu não sei... — murmurei.
— Eae! — a voz de Eduardo me surpreendeu.
— Oi!
— Tudo bem!? — perguntou olhando em minha direção.
— Sim, só um pouco nervoso.
— Também, como não ficar bem na companhia de uma moça tão linda como essa? — diz se referindo à Jasmine, se aproximou e pegou em sua mão — É um prazer em conhecê-la — beijou sua mão, franzi meu senho enquanto ele se distanciava — Me chamo Eduardo, e você?
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A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO II
RomanceSEGUNDO LIVRO DA TRIOLOGIA "A VERDADEIRA FELICIDADE". Uma nova jornada se inicia na vida dos personagens... Quem era antes, tornou a ser. Quem tinha medo, tornou a ser valente. Mas em tudo, o amor mais puro brotou no coração de duas almas... mas...