— E aí? Curtindo sua grandiosa cerimônia? – perguntou a raposa, de supetão.
— Ah, oi. Tudo certo por enquanto.
— Estou um pouco confuso te vendo aqui sozinha. Cadê os seus amigos?
Ela ficou em silêncio por um momento observando ao redor.
— Não recebi a opção de convidá-los. E acho que nem viriam também.
Lucien franziu o cenho e deu uma risada baixa.
— Como assim? É claro que viriam, são seus amigos, sua família, não é?
Sim, ele estava certo. São os estranhos e corajosos e incríveis amigos dela, os quais adotou e os tornou parte de sua vida que não consegue imaginar como ainda respiraria sem suas existências. Mas ela não está sua terra, muito menos na sua casa.
— É que... Caramba, olha pra eles! Eles já são uma família, uma família completa, não dá pra inserir mais alguém nesse círculo perfeito deles. Não estão comemorando a nossa parceria, mas sim o fato de Azriel ter uma parceira, é isso o que ele sempre quis, sendo eu ou não.
Ele olhou para ela, seus olhos estavam brilhando, mas não era por estar feliz. Queria abraçá-la e dizer que entendia esse sentimento, mas não podia nem devia.
— Desculpa, estou questionando todas as decisões que tomei até agora e surtando junto, e acabei jogando em você.
— Não tem problema algum, eu te entendo, não é fácil perceber que talvez não façamos diferença pra algumas pessoas. Mas se alegre, deixe que vejam que eles não fazem diferença pra você também. — ele mal havia terminado de falar e já a puxava para a pista de dança.
Ela tentou, muito, tentou mesmo parecer feliz e animada em meio à estranhos, mas como poderia o fazer se sentia usada?
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Quando percebeu que a cerimônia já começava a acabar, foi a primeira a se retirar, alegou que estava com os pés doendo e precisava descansar. Assim que fechou a porta do quarto, começou a arrumar suas coisas em uma bolsa, roupas, jóias, armas, não podia se permitir em ser tratada daquela forma. Ponderou se devia confrontar Azriel mas decidiu que não, diferença não iria fazer.
Foi a conta de tirar o vestido branco horrendo que atravessou, para longe, de todos, dele, faria o que sempre fez ao
precisar organizar sua mente: se isolaria.
