𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 40

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• Zaya Kock – 09:30

Valentim – Hora de acordar, dorminhoca... Não vamos conseguir aproveitar o dia se continuar na cama – senti um carinho em meu cabelo e respirei fundo, abrindo os olhos confusa.

Um par de olhos verdes me fitavam, sorri sem coragem de levantar, fechando os olhos outra vez, abraçando seu corpo o fazendo cair sobre mim.

Escutei sua risada, mas estava tão confortável, que levantar não era meu objetivo atual.

Valentim – Pensei que tinha alguém feliz para conhecer o terreno – esfregou a barba no meu rosto, me fazendo abrir os olhos relutante – Já está tarde.

Eu – Demorei a pegar no sono – bocejei vendo melhor o quarto, as cortinas abertas deixaram todo exterior à mostra, conseguia até ouvir os pássaros cantando – Bom dia, amor.

Valentim – Bom dia – sorri preguiçosa – Deixei a mesa pronta, pedi que trouxessem café – se ergueu saindo de cima de mim.

Eu – Vou fazer minhas higienes rapidinho – ele assentiu beijando minha testa, sentei fazendo um coque com o próprio cabelo – Pode tomar café se quiser, meu amor, não precisa esperar.

Valentim – Vou esperar, amor – assenti saindo da cama com muito custo, pegando na mala o vestido que Dora separou para mim, vindo me arrumar.

Fiz minhas higienes sem demorar, vestindo o vestido, nunca havia usado, mas gostei dele e da maneira que desenhou meu corpo.

Apenas desembaracei meu cabelo, o deixando solto, preferi não fazer maquiagem e passar os dias no interior mais simples possível.

É preciso desacelerar as vezes, viver sem toda rotina de ficar apresentável o tempo inteiro só pela forma que vão nos ver.

Voltei para o quarto observando melhor como Valentim estava, uma blusa de linho com uma bermuda preta. Toda vez que o vejo sem estar de terno fico minutos admirando.

Como se sentisse minha presença, Valentim virou o rosto fazendo nossos olhares se encontrarem, sorrindo enquanto me analisava por inteira.

Valentim – Está linda, meu amor – levantou se aproximando, sorri abraçando sua cintura.

Eu – Obrigada, também está lindo – Valentim empinou o nariz convencido, neguei fingindo indignação – Seu ego me comove, D'Amico – falei implicante.

Valentim – Ele comove muitas coisas, apenas reconheci minha beleza – gargalhei fazendo o mesmo prender um riso na tentativa de ficar sério – Estou pensando em deixá-la sem café da manhã – provocou.

Eu – Você ainda não enlouqueceu – toquei seu nariz, pegando meu celular na mesinha, faltam seis minutos para às 10h, pensei ter sido mais rápido – Vamos? Temos um terreno para explorar.

Valentim – Seu desejo é uma ordem – pulei animada saindo do quarto, ouvindo a risada de Valentim. Não me importei, quero aproveitar cada segundo que puder.

Cheguei na sala vendo a mesa arrumada com alguns pães, bolo e ovos mexidos, somos apenas nós dois, não há necessidade de mais.

Valentim apareceu ainda rindo, puxando a cadeira para que eu sentasse, agradeci assim fazendo, com ele ao meu lado. Nos servi com café enquanto Valentim preparava o pão, não quis então comi um pedaço do bolo de laranja, estava delicioso.

Durante o café, nossos pais ligaram para saber como estávamos, mostramos um pouco da casa, mas combinamos dos mesmos virem algum dia, conhecer pessoalmente nossa casinha.

Quando estávamos satisfeitos, lavei toda louça para não acumular, enquanto Valentim guardava as comidas que sobraram, arrumando a mesa.

Terminei secando minhas mãos, e procurei por Valentim, encontrando o mesmo deitado com as mãos no rosto, aproveitando o balanço que o vento causava na rede.

Meu Amado Chefe Where stories live. Discover now