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Annelise Sullivan

Acordo do mesmo jeito que fui dormir, com um braço forte e tatuado em volta da minha cintura, com algumas respirações em meu pescoço.

Ele ainda estava dormindo, seu rosto sereno e tranquilo.

Começo a acariciar meu dedo pelas suas tatuagens no braço, são tantas...

São coisas como "A.S", uma coroa, "A+A", uma bola de futebol... Mas há tantas outras que seria impossível mencioná-las todas. Cada uma delas conta uma história, um capítulo da sua vida, e eu me sinto privilegiada por poder explorar esse mapa de memórias em sua pele.

Enquanto meus dedos deslizam suavemente sobre as linhas e formas, sinto uma conexão profunda com ele. Cada tatuagem é como um portal para sua alma, revelando um pouco mais sobre quem ele é e o que o torna único.

É fascinante como a arte na pele pode contar histórias tão diversas e complexas. Cada desenho é uma expressão de sua personalidade, de suas paixões e experiências. E aqui estou eu, admirando cada traço, cada detalhe, como se estivesse lendo um livro aberto em sua pele.

E tem um boato perambulando pelos corredores desde sempre que ele tem uma tatuagem no pênis dele. Mas eu nunca me importei, afinal, porque diabos eu iria querer saber que meu melhor amigo tem uma tatuagem no pau?

Mas agora isso me interessa muito. A curiosidade desperta em mim, e começo a questionar se há algum fundo de verdade nesse rumor. Será que ele realmente tem uma tatuagem tão ousada e íntima?

A ideia começa a mexer com minha mente, despertando uma mistura de excitação e nervosismo. Eu gostaria de tocar, talvez.

Afasto esses pensamentos e tiro o braço dele da minha cintura delicadamente, ouvindo o seu resmungo.

— 'Tá indo 'pra onde? — diz rouco, ainda com os olhos fechados, me deixando mais presa em seus braços.

Isso é... tão bom...

— Banheiro...

— De 0 a 10, quanto você precisa ir ao banheiro agora?

— Hmm... 6?

— Na média, não precisa sair. — ele deixa um beijo suave em meus ombros, fazendo meu coração se aquecer.

A sensação de estar envolvida em seus braços é reconfortante, e a voz rouca dele ecoa em meus ouvidos, trazendo uma sensação de segurança e intimidade.

Mas a necessidade de ir ao banheiro ainda está presente, mesmo que em um nível moderado. Decido que é melhor não arriscar e me levanto com cuidado, desvencilhando-me dos seus braços.

— Vou ser rápida, prometo. — digo, sorrindo para ele antes de me dirigir ao banheiro.

Enquanto eu escovo os dentes, me olhando no espelho eu levo um susto. Eu fui atropelada durante o sono? Meu rosto está cheio de olheiras e todo amassado. Percebo que meus cabelos estão emaranhados e desalinhados, como se tivesse passado por uma tempestade durante a noite. Minha expressão cansada reflete a falta de sono e descanso adequados. As olheiras profundas sob meus olhos revelam as marcas de uma noite agitada e perturbada. Sinto-me como se tivesse sido atropelada por um caminhão de cansaço.

Enquanto tranco a porta do banheiro, meu olhar se volta para Aaron, que está dormindo como um anjo na cama. Seu rosto sereno e tranquilo traz um sorriso ao meu rosto. Com cuidado para não acordá-lo, entro no banheiro e fecho a porta suavemente.

O ambiente do banheiro está iluminado por uma luz suave, criando uma atmosfera relaxante. Observo-me no espelho, vendo meu reflexo cansado, mas determinada a me cuidar. Ligo a torneira da pia e deixo a água correr até que esteja na temperatura perfeita.

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