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Aaron Miller

Eu, Jacob e Annelise na biblioteca, hoje era quarta-feira, e é a vigésima vez que estamos aqui. Eu não estou aguentando mais ouvir sobre o baile, tô sentindo que a qualquer momento vou me jogar daquela janela.

Quem foi o idiota que inventou isso?

— Precisamos acelerar as coisas, temos pouco tempo. — Ela disse sem tirar os olhos do papel, estava com o cabelo preso e usando óculos. Muito linda.

— Pois é, falta pouco tempo e eu nem tenho par. — Jacob dramatizou. Que se dane ele, o problema não é meu.

Alguém perguntou? Por que eu não perguntei.

— Você não estava com a Angélica esses dias? — Ela olha para ele, arqueando as sobrancelhas.

Como isso aconteceu? Tenho certeza de que o Nicolas não vai gostar muito dessa ideia.

Eu ajudaria ele a bater no Jacobosta.

— É, até estava... sabe como é, né? — ironiza.

— Não sei, e não quero saber. Foca no trabalho, Jacob.

Sorri com isso, finalmente ela parou de dar atenção para ele.

— Desse jeito você me magoa.

— Por que você não para de falar? — Reclamei, a voz desse cara me enjoava.

— Relaxa, cara, não precisa ficar tão na defensiva assim. — Ele respondeu com um sorriso sarcástico.

Revirei os olhos. Esse sujeito realmente sabia como me irritar.

— Só estou tentando evitar que você faça alguma besteira, sabe? Bruto desse jeito, ela vai preferir ficar comigo.— Ele continuou, parecendo se divertir com a minha irritação.

— Parem de falar como se eu não estivesse aqui. — Ela disse, mas foi tão baixo que eu quase não ouvi.

— Eu sei me cuidar sozinho, não preciso da sua proteção. — Respondi, tentando manter a calma.

Ele deu de ombros, como se não se importasse com o que eu estava dizendo.

— Tudo bem, faça do seu jeito. Mas não diga que eu não avisei.

Ignorei suas palavras e me concentrei novamente no trabalho. Não precisava da interferência dele, eu sabia o que estava fazendo.

— Annelise, eu quero falar com você depois. — Que droga? Vai falar merda nenhuma.

— Sobre o quê?

— Não é da sua conta, é entre eu e Annelise.

Percebendo minha irritação, ela coloca sua mão sobre a minha como se pedisse para eu me acalmar.

— Pode falar aqui mesmo, Jacob.

— É um assunto particular. — Ele olha para mim, como se estivesse debochando. — Não posso falar para qualquer um.

Revirei os olhos, cansado das provocações dele.

— Jacob, pare com isso. Se você tem algo a dizer para mim, pode falar na frente dele. Não precisa agir assim. — A voz dela mais firme do que eu esperava.

Ele pareceu surpreso, mas finalmente cedeu.

— Tudo bem, se é assim que vocês querem. Vou falar agora mesmo. Eu vou assumir o filho da Angélica.

Que?!

Que droga? Angélica estava grávida?

— O quê? Angélica está grávida? — Minha voz saiu em um misto de choque e incredulidade.

Coração de Quarterback Onde histórias criam vida. Descubra agora