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Aaron Miller

Hoje, no acampamento, uma atmosfera de excitação e antecipação pairava no ar, pois estava marcada uma festa de despedida para celebrar o último dia da nossa estadia. O monitor, com um sorriso no rosto, anunciou a festividade, despertando a curiosidade de todos os acampantes.

Confesso que, a princípio, não estava particularmente empolgado com a ideia de comparecer à festa. Talvez fosse o cansaço acumulado das atividades intensas ao longo do acampamento ou simplesmente a preferência por momentos de tranquilidade na cabana. No entanto, a persuasão de Annelise, insistiu veementemente para que eu participasse, acabou por me convencer a mudar de ideia. Sua empolgação contagiante e a promessa de momentos divertidos foram argumentos difíceis de resistir. Caso contrário, eu provavelmente teria optado por uma noite tranquila, aproveitando o tempo para descansar e recarregar as energias.

Ao chegar ao local da festa, fui surpreendido pela transformação da piscina. Coberta por uma lona, ela aguardava pacientemente o cair da noite para revelar sua verdadeira função: ser o epicentro das atividades aquáticas durante a celebração. A expectativa de mergulhos refrescantes e brincadeiras animadas na água era palpável.

Enquanto isso, uma movimentação intensa tomava conta do acampamento. Vários caminhões, carregados até o topo com bebidas geladas e uma variedade de comidas deliciosas, chegavam ao local da festa. O aroma tentador de churrasco, hambúrgueres suculentos e petiscos irresistíveis pairava no ar, aguçando os sentidos e despertando o apetite de todos os presentes.

Nicolas, com sua energia contagiante, não conseguia conter a empolgação e falava sem parar ao meu ouvido, compartilhando suas expectativas para a festa iminente. Seus olhos brilhavam de entusiasmo enquanto observava atentamente os homens habilidosos pendurando os LEDs em suportes estrategicamente posicionados, criando uma atmosfera mágica e envolvente.

Enquanto isso, Calleb, por outro lado, parecia carregar consigo uma sombra de apreensão. Sua expressão facial denotava um misto de receio e cautela, como se algo em seu íntimo o alertasse para possíveis desafios ou contratempos que poderiam surgir durante a festa.

Nicolas, percebendo a hesitação de Calleb, decidiu provocá-lo de forma brincalhona:

— Ah, Calleb, você está com medo de se afogar na piscina, é isso? — disse ele, com um sorriso travesso no rosto.

Calleb, não se deixando abalar, respondeu com um tom irônico, revirando os olhos em um gesto teatral:

— Claro, Nicolas, estou morrendo de medo de me afogar em uma piscina coberta por uma lona. É exatamente isso que me preocupa. Você me conhece tão bem!

Sua resposta sarcástica arrancou risadas estrondosas de todos ao redor, ecoando pelo ambiente e aliviando consideravelmente a tensão que pairava no ar.

— Você é tão grosso.

— E grande. — Ele piscou um olho, dizendo em tom malicioso, provocando ainda mais gargalhadas contagiantes.

Estou cercado por duas crianças, ah céus.

— Vocês não param não? — Reclamei, exasperado com a persistência das brincadeiras.

— Só paro quando implorar. — Calleb tocou em meu ombro, mantendo o tom malicioso que tanto o caracterizava.

— Tá no cio, cara? — Provoquei, soltando uma risada divertida.

— Só por você, meu tchuquinho! — Tentou dar um beijo na minha bochecha, mas eu me esquivei rapidamente, evitando o contato.

— Sai. — Falei, tentando parecer sério, mas não conseguindo conter um sorriso que escapou involuntariamente, era impossível não se divertir com as brincadeiras.

Coração de Quarterback Where stories live. Discover now