Primeiro capítulo.

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Aeroporto de Berna, Suíça.

Camila nunca gostou muito de viagens aéreas, ficava apavorada imaginando todas as formas possíveis do avião cair, por isso, tomava sempre um calmante antes de entrar a bordo. Passou metade da viagem dormindo, enquanto Cristian apreciava um bom e velho bourbon. E a primeira coisa que ela fez quando desembarcou, foi correr diretamente pro banheiro. A comida da primeira classe parecia boa, mas a deixou enjoada.

Quando voltou, Cris estava a esperando com um copo de chá quente na mão. Ele murmurou algo, insinuando que faria bem para o estômago e a entregou.

A capital da suíça era barulhenta e mesmo estando no verão, ainda fazia um frio dos infernos. Camila achava que nunca poderia se acostumar, Baltimore não era tão frio e mudanças climáticas deixava seu nariz irritado.

— Faz muito tempo desde a última vez que estivemos aqui. — disse ela, observando o carro que se aproximava.

O homem assentiu. Ficava nostálgico toda vez que via as luzes da cidade.

— Estava pensando, Cris, deveríamos fazer aqueles passeios românticos que sua mãe comentou da última vez. — indagou ela. Cristian riu, como se ela tivesse contando uma piada. — Estou falando sério, faria bem. — continuou.

— Não entendo como fazer um monte de coisas que já fizemos várias vezes faria bem. — disse ele, ainda rindo. — É só uma desculpa capitalista para fazer gastar dinheiro. Já vamos gastar horrores com a cerimônia, sem falar na lua de mel.

— Gastar dinheiro com essas coisas, deve ser o motivo do casamento deles está durando a anos — retrucou ela.

— Deve ser o motivo de mio padre fazer tantas contas. Não entende nada de economia. — Chegava ser asqueroso para Camila, ver o homem ser tão negligente com pequenas coisas.

E antes que camila pudesse retrucar de novo, o homem se virou para atender uma ligação de seu pai. Era sempre assim, tudo muito monótono e resumido a coisas que era conveniente para Cris, nunca sobre o que ela gostava, era frustrante demais ter essa conversa, Cristian sempre dava um jeito de entrar em sua mente com argumentos refutáveis.

Esperaram uma hora até que o motorista da família apareceu para buscá-los. Amon trabalhava com os Jauregui a muito tempo, era um homem de meia idade de cabelos loiros e um bigode gigante no rosto. Sempre dizia que era sua riqueza maior, tanto que o homem acreditava que se tirasse, sua amada esposa o deixava. Era um de seus charmes.

— Amon, é um prazer revê-lo. — cumprimentou, Camila, indo em direção ao homem e dando um beijo de cada lado em sua bochecha.

Era tradição cumprimentar dessa forma, já estava familiarizada. Cristian também cumprimentou o homem com abraço e beijos no rosto

— É um prazer revê-los também, espero que tenham feito boa viagem, peço desculpas pela demora, a estrada não está muito boa. — disse, Amon, enquanto colocava as malas no carro.

Cristian assentiu e pegou o celular para enviar uma mensagem para seu pai, avisando que já estavam de saída.

— Passione? — chamou atenção de camila. — Terei que ficar aqui em Berna por algumas horas, preciso verificar uns documentos da empresa, vá para casa com Amon. Mia madre tem planos culinários com você.

Camila não concordou muito, estava preocupada por Cristian não ter se alimentado direito e queria que ele fosse descansar, mas ele a convenceu de que realmente precisava resolver esse problema.

— Amon, leve minha noiva em segurança para casa, capisce?

— Capisco, bambino. — respondeu. Amon o encarou preocupado, estava hesitante sobre contar ou não que sua irmã estava de volta.

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