Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a garota se vê criando um cara fake para poder causar ciúmes ao rapaz. Entretanto, não fazia ideia de...
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Durante a aula tivemos que fazer um trabalho em dupla e infelizmente acabei ficando com Apolo. Eu estava me irritando porque Apolo era mais inteligente do que eu pensava, era para ser um trabalho em dupla mas acabou se tornando individual, ele estava fazendo todas as questões. Geralmente eu me tornava líder nessas situações e dividia o que cada um poderia fazer, entretanto, ele parecia ter tomado as rédeas e ignorado a minha existência.
De vez em quando meus olhos se prestavam atenção em Theo e Jade que agora faziam trabalho em dupla. Theo parecia concentrado enquanto falava de algo e Jade parecia muito mais triste e entediada.
Voltei meu olhar para Apolo, ao meu lado. Acabei o encarando mais tempo do que o normal enquanto ele franzia a testa e escrevia de maneira rápida em seu caderno. A mandíbula do loiro estava travada, o seu perfil era tão perfeito que irritava as vezes. Alguns fios de cabelo rebelde caíram sobre seus olhos e testa, mas ele não pareceu se importar.
Durante as aulas ele era diferente, sempre focado, fazendo todas as atividades e tarefas corretamente, geralmente tirando nota máxima e se tornando o melhor da turma.
— O trabalho é feito em dupla — sussurrei perto de seu ouvido, ainda olhando para ele.
— Não me diga — ele disse sem olhar para mim.
Eu bufei.
Se o professor me olhasse sem fazer nada, eu estaria ferrada com as minhas notas.
— Apolo, será que dá pra parar com isso?
— Com o que? — a concentração dele não havia sido abatida pelo o tom da voz.
— Com esse seu egoísmo, eu tenho que participar de alguma coisa — coloquei a mão por cima da folha que ele estava escrevendo o tirando dele um pequeno risco do caderno e ele finalmente me encarou, quase me fuzilando.
— Você já escreveu seu nome, é suficiente — seus olhos azuis me encararam com seriedade e eu franzi o cenho.
Vi o professor nos encarar e eu sorri para ele na tentativa de disfarçar a situação.
— Você é um idiota, sabia? Não posso ficar sem fazer nada, se o professor me pega olhando para a paisagem minhas notas vão piorar — reclamei sussurrando devolvendo o olhar sério.
Eu vi o mesmo semicerrar os olhos e ele apenas ficou em silêncio, voltou seu olhar para a minha mão que ainda se mantinha na folha e sorriu de lado parecendo imerso em seus pensamentos, que provavelmente são os piores.
— Tudo bem — sussurrou e eu desfiz a carranca em meu rosto, finalmente relaxando e me sentindo surpresa por ele ter dado o braço a torcer.
Suspirei e antes que eu pudesse pegar minha caneta para por minhas idéias em prática, senti uma mão quente e macia tocar a minha coxa exposta. Eu arregalei os olhos e notei que Apolo estava fazendo isso de propósito, ignorando de novo as minhas falas e escrevendo tudo com a outra mão. Uma corrente elétrica me engoliu instantaneamente, a sensação de ter o toque novo de Apolo era sensível mas estranhamente muito boa.
