(Vol. IX) Ano XII p.e. ⎥ Funcional.

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A MOCHILA SURRADA EM MINHAS costas ainda carregava as flechas que precisavam ser guardadas como uma aljava, apesar de eu saber que não poderia usá-las durante os próximos dias, já que o meu pulso danificado pelo Beta ainda estava em recuperação

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A MOCHILA SURRADA EM MINHAS costas ainda carregava as flechas que precisavam ser guardadas como uma aljava, apesar de eu saber que não poderia usá-las durante os próximos dias, já que o meu pulso danificado pelo Beta ainda estava em recuperação.

A tipoia que antes sustentava o peso do meu braço como uma ajuda hospitalar já havia sido retirada do meu antebraço por motivos de agilidade. E mesmo sentindo o peso mais acentuado o fazendo latejar, eu não queria carregar qualquer empecilho que me deixasse menos habilidosa diante da longa estrada que precisaríamos tomar até o Reino.

O sol já havia se retirado do céu há algumas horas quando combinamos que todos nos reuniríamos próximo aos portões de Alexandria.

A falta de iluminação solar fez com que a comunidade tão desenvolvida mergulhasse em uma escuridão quase funesta. Postes e luzes não eram tão comuns ali, como eram em Hilltop, e avistávamos apenas as lâmpadas alaranjadas que iluminavam as casas através de suas janelas, formando pequenos quadrados dourados como chamas, iguaizinhas a abóboras de Halloween.

Prendi o meu arco atrás das minhas costas com certa dificuldade por culpa do peso extra dos mantimentos que havíamos conseguido. Apesar de Michonne não nos deixar ficar, por não aceitar a presença da filha da Alfa, a mulher havia nos disponibilizado alguns suprimentos úteis que nos ajudariam em nossa missão, além de permitir que todos nós comêssemos bem, descansássemos o bastante e nos limpássemos durante a estadia em Alexandria. Até mesmo Lydia.

Os olhos emulsificados entre um castanho amarelado e castanho escuro da adolescente pareciam mais atentos e desconfiados ao seu redor, quase como se procurasse, ou temesse, por algo. Detalhe esse que me deixou mais alerta, quando a percebi encarando um ponto invisível totalmente paralisada durante um longo tempo, parecendo ser afogada em pensamentos.

Isso acabou me deixando um tanto preocupada.

— Algum problema? — Perguntei para a garota com o olhar vago e parado em direção a grama baixa do jardim de uma casa do outro lado da rua.

Lydia estava de braços cruzados com suas mangas longas, como se não quisesse deixar algo escapar de dentro de si, ou como se protegesse o próprio corpo do frio soturno da noite outonal.

Os olhos voltaram para a nossa realidade quando viraram em minha direção e sacudiram a sua cabeça em negativa, mostrando-se bastante enérgica por ter sido pega de surpresa.

— Se precisar de algo... — Comecei a dizer me mostrando mais solidária, mas ainda incomodada com a sua postura receosa. — Qualquer coisa... Fale comigo... — Pedi. E a menina apertou os seus lábios antes de assentir fortemente.

No mesmo momento, vimos quando Henry começou a se aproximar com passos ainda falhos, usando o seu cajado como uma muleta e sendo acompanhado por Connie e o cachorro.

— Hey! Aqui, lindinho! — Chamei Dog, estalando meu polegar contra o indicador já que me faltava a outra mão para bater palmas, e esperei que o cachorro animado viesse correndo em minha direção com toda a sua indelicadeza divertida que me fez sorrir em questão de segundos.

STING ● [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] ● daryl dixon⼁The Walking Dead ●Onde histórias criam vida. Descubra agora