4°CAPÍTULO

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Marina narrando...

Ficamos alguns segundos olhando os olhos de um de outro, até que ele quebrou o silêncio.

- Desculpa, você está bem?- pergunta preocupado.

- Sim, estou bem. Eu que peço desculpas, não tinha visto. - digo me afastando um pouco.

Ele me olha novamente nos olhos e percebo o quanto ele é gato. Não sei explicar direito a sensação, só sei que é boa. Mas, meu coração não para de bater desde que eu vi aqueles olhos verdes intensos.

- Você está aí! - diz Clara estragando o clima - Já vi que conheceu o nosso novo professor da facul.

Professor? Sério isso?

- Professor? - perguntei confusa.

- Sim, o nosso professor e vizinho do Fernando. - diz ela olhando para mim e bebendo a sua bebida.

- Prazer, sou o Adrian. Prefiro que não me chamam de professor, fora do campus. - diz ele esticando a mão e estiquei, onde ele deposita um beijo e sinto um leve arrepio.

- Prazer, Adrian. Sou a Marina. Fico feliz que seja o nosso professor, irá gostar da faculdade. - digo educadamente a ele.

- Eu sei que irei gostar! - diz ele sorrindo, mas era um sorriso safado. Será que era safado ou estou imaginando algo?

- Bom, Adri...Adrian, irei roubar a minha amiga. Mas, aproveita a festa. - diz Clara me arrastando até o banheiro mais próximo e fechando a porta - Gato, ele né?

- Gato é pouco, ele é um gostoso. - digo saindo risadas - Mas, ele é professor.

- E daí? Somos adultos e uma pegação não é proibido. - diz ela e a mesma tinha razão - Eu pegava.

- Novidade! - digo rindo - Mas, tô bem assim, sem pegar ninguém.

- Se tem que trocar o disco, amiga. Faz meses que não fica com ninguém. Mas, vou respeitar o seu tempo. - diz ela arrumando o cabelo e saímos em seguida.

Realmente, fazia meses que eu não pegava ninguém. Mas, não irei pegar professor. Por mais que ele seja um gato.

Fernando puxa Clara para dançar na pista e eu vou até o balcão de bebidas e pedir mais uma espanhola. Preciso beber mais para relaxar.

- Aceita companhia? - pergunta o homem que senta do meu lado e ao me virar era o Adrian.

- Aceito. - digo e vejo mais da bebida.

Adrian aproveita e pede uma espanhola também e começamos a conversar:

- É novo no bairro? - pergunto a ele.

- Não, eu morava mais pro centro da cidade. Mas, fiquei um tempo fora. - explica ele.

- Sério? - perguntei querendo saber mais.

- Sim, fiquei um tempo na Itália e resolvi voltar para São Paulo e dar aulas. - explicou - Confesso que é a primeira vez que darei aula.

- Acho que irá gostar. - digo e damos risadas.

Sinto Vinicius me observar de longe e isso me incomoda demais.

- Aconteceu algo? - pergunta ele me olhando preocupado.

- Não, só podemos sair daqui e conversar em outro lugar? - pergunto a ele.

- Claro, mas antes vamos dançar. - diz ele e eu topo dançar.

A música que começou a tocar era Talking Body - Tove Lo (Minha favorita) e começo a dançar.

Observo Adrian me olhando e não consigo parar de olhar aqueles olhos verdes. Começo a rebolar e Clara se junta comigo e fala algo:

- Ele não para de olhar para você. - diz ela sorrindo.

- Eu sei. - digo rindo e vejo ele vindo até mim e começar a dançar.

Não conseguimos parar de nós olhar. Era uma dança sensual, confesso que tô amando isso.

Faz tempo que não sito uma leveza no meu corpo, parecia que todo aquela dor sumiu.

Sinto uma mão me tocar e me puxar violentamente, quando me deparo era o Vinicius:

- O que você tá fazendo? Me provocando? - diz tentando me beijar.

- Sai fora, Vinicius! - digo tentando me livrar dele, até que Adrian aparece e da um soco nele.

- Ela falou pra você sair! - diz ele me colocando para trás - Você está bem? - pergunta ele tocando no meu rosto.

- Sim. - digo a ele - Cuidado! - falo ao ver o Vinicius indo em cima dele.

Adrian é mais rápido e da um soco nele, que deixa o mesmo no chão. Escuto a Marcela chegar e gritar:

- O QUE ACONTECEU AQUI? FALEI PRA VOCE FICAR LONGE DO MEU NAMORADO. - diz ela tentando me bater, mas seguro na sua mão e a empurro.

- Pede pro seu namorado, ficar longe de mim. - digo com raiva e saindo do local.

Clara, Fernando e Adrian vem atrás de mim:

- Amiga, espera. - diz Clara, eu paro e me viro para ela - Você tá bem?

- Depois disso, não amiga. Só quero ir embora. - digo a ela - Você não se incomoda se eu for né? - pergunto pra ela.

-Não, amiga. Você quer que eu vá com você? A gente vai para a minha casa. - diz ela pegando o celular da bolsa para chamar o uber.

- Não amiga. Prefiro ir para a minha casa, outro dia eu durmo no seu apartamento. - digo a ela.

- Tá bom, me avisa quando chegar. - diz ela me abraçando- Te amo.

-Também te amo! - digo a ela.

A mesma retorna paraa festa com Fernando.

- Você quer uma carona? - pergunta Adrian.

- Eu vou chamar um uber, obrigada. - digo a ela.

- Nada disso, eu te levo em casa. - diz ele.

- Ok! - respondo e sigo ele até a garagem da casa dele, que por sinal, a casa é linda por fora.

Entramos no carro e passo o endereço, não é tão longe, fica uns 25 minutos da casa do Fernando.

O silêncio se estabelece dentro do carro e observo as ruas pela janela do carro.

- Aquele cara era o seu namorado? - pergunta ele quebrando o silêncio.

- Ex-namorado e um filho da puta. - digo a ele - Obrigada por ter me ajudado a me livrar dele.

- Não precisa me agradecer. Ninguém merece ter um ex no pé. - disse ele num tom de dor - Chegamos!

- Obrigada pela carona, profe...Adrian. - digo rindo.

- De nada. Bom, eu te vejo na segunda na faculdade, Marina. - diz ele dando um sorriso e que maldito sorriso.

- Ok, boa noite. - digo dando um beijo quase no canto da sua boca e saio do carro.

Continua...

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