28| The Attic. ⚠️

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Pra melhor apreciação, leia com o fundo negro.

1842
Inicio do século XIX


Bill

Elizabeth ainda dormia, com uma expressão pacífica em seu rosto. Eu a observei quase toda a noite, aproveitando-me da paz que ela irradiava e o quão aquilo me trazia conforto e acalmava minha mente.
Nós não dissemos nada um ao outro, por um longo tempo depois do sexo, eu apenas a contive nos braços, como se ela jamais pudesse deixa-los, como se eu a soltasse, ela me deixaria e eu não poderia mais tê-la por perto. Aquela sensação me assombrou até que me deparei com ela dormindo, aconchegada em mim e em meu calor, sentindo-se bem o bastante ao meu lado para adormecer e acreditar que eu jamais faria qualquer mal a ela. Só então eu pude solta-la e cobri-la, para que sua noite de sono fosse mais tranquila.
Eu me sentei na poltrona em frente a cama e apenas apreciei a vista perfeita dela, nua em minha cama, em harmonia com o ambiente caótico e sua companhia caótica.

O amanhecer já estava próximo quando lembrei-me de um compromisso. Eu havia esquecido completamente que eu tinha alguém esperando por minha presença no andar de cima da casa. O meu sótão.

[...]

- Foi, simplesmente, avassalador. - Eu o contava. - Eu gostaria que você pudesse ver, assistir o quão gostoso foi finalmente poder transar com ela, sentir como é dentro dela.

Eu caminhava pela sala, enquanto lhe contava os detalhes da noite que tive com minha Elizabeth. O brilho suave das velas amareladas relusiam na lâmina de corte de carne que eu segurava entre os dedos.

Eu estava tão fascinado, obcecado, que senti que precisava falar sobre o que houve. Na realizada, não precisava, mas queria contar ao convidado do meu sótão enquanto colocava para fora aquela euforia que ainda sentia.
Dei uma risada, lembrando-me do olhar no rosto dela. Mordi o lábio e fechei os olhos, deleitando-me daquela fascinante lembrança.

- Eu venho observando você a muito tempo!... - Peguei uma cadeira que estava do lado da porta da entrada da sala e arrastei até onde ele estava, acorrentado pelos braços e pernas contra a parede, com os pulsos e tornozelos já hedemasiados e pútridos. Coloquei ela em sua frente ao contrario, e sentei-me, apoiando os cotovelos em seu encosto e o rosto entre as mãos. - Você... - Sorrio. - Você tem aquele olhar penetrante e intimidador que por fora da uma característica marcante de um ser sem alma, que não se importa com nada no mundo, mas, para quem realmente é observador, é possível ver claramente que existe sim algo aí dentro, porém, já a muito tempo tomado pela escuridão. E você consegue entender o motivo de eu saber disso?

Levantei-me caminhando até ele, parando bem em sua frente, segurando em seu queixo e forçando-o a olhar em meus olhos.

- Nós somos parecidos. Nós matamos. Por motivos diferentes, mas somos matadores. E onde eu quero chegar com essa conclusão? É simples, na verdade. Eu acredito tão friamente que você teria gostado de assistir. - Dei risada e me afastei, apostando para ele freneticamente enquanto sorria. - Você teria adorado me ver fodendo minha Elizabeth. Ela mordendo os lábios e suando no meu colo enquanto eu entrava bem fundo nela. Pessoas como nós são insanas assim. Perversas, nojentas e imundas.

Andei de um lado para o outro na sala, perdido nas alucinações de ter ela nos braços de novo o mais rápido o possível.

- É a mulher mais majestosa que já vi, que já senti. A pele dela, tão suave, macia. Sinto como se eu a tivesse contaminado. - Sorrio. - Alguém como eu jamais conseguiria uma mulher como ela, ela jamais teria me notado se eu não tivesse sido minucioso.

E tirado certos abutres do meu caminho...

Aproximei-me dele devagar, soltei uma de suas mãos e ela despencou das algemas enferrujadas, o pobre homem já não possuía mais forças, não duraria mais muito tempo como eu realmente gostaria.

- Por que não admite para mim? - Segurei sua mão e distraidamente fui limpando o sangue coagulação de debaixo de suas unhas com a ponta da faca de carne que eu carregava comigo. - O que você ficaria fazendo? - Sorrio. - Tenho certeza que se acabaria se masturbando enquanto me via fodendo ela.

Suspiro.

Meu olhar se perdeu por um instante e uma sensação de vazio subiu por meu peito, chegando a minha garganta. Minha boca se encheu com a saliva da ânsia de vômito que acompanhou a sensação. Cuspi, limpando a boca com o dorso da mão que segurava a faca, pois agora, a outra apertava severamente seu pulso em decomposição. O vazio dos meus olhos estava focado na miase que escapava de sua ferida quando finalmente resolvi voltar a encara-lo e ver sua clara expressão de desespero pela dor alarmante que o causei tão de repente.

- Você é da pior espécie. Eu jamais vou perdoar você, quero ver você sofrendo até os últimos suspiros que lhe restarem. E eu lhe prometo, que não existirá um dia se quer em que eu não virei lhe ver, para tornar o resto da sua vida ainda mais miserável.

Adentrei a ponta da faca em sua ferida, devagar, afundando-a cada vez mais até que seu sangue purulento chegasse ao cabo de madeira e escorresse por ele, gotejando sobre o piso.

- Você tocou nela, Tommy. E eu farei você apodrecer por isso.

~"~

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Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 27, 2023 ⏰

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+16 | CASO N° 44 | Bill Skarsgård - Dark RomanceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora