Capítulo 17 • Perguntas

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John Doe POV

" Claro, mas posso saber quem faleceu?" achei que tinha sido rápido o sufiente para não ser visto.

" não conseguimos identificar mas suspeitamos que seja uma funcionária do posto norte que desapareceu no meio do serviço" um dos policiais fala sem muito interesse, nessa cidade é até comum desaparecer pessoas pois há vários demônios que se alimentam dos humanos.

" então onde estava entre as 5 AM e as 10 AM?" O segundo policial pergunta.

" eu estava aqui quase a manhã inteira, as 10 fui até um restaurante para comprar um almoço" Falo com confiança, ontem a noite liguei para uma agência de limpeza e pedi para que viessem cedo limpar tudo por aqui e olha fizeram um ótimo trabalho.

" certo, tem alguma prova para confirmar isso?" O policial moreno pergunta, ele parece entediado, a polícia desse lugar é realmente incompetente.

" sim, ele me mandou uma mensagem avisando que viria pra cá limpar tudo" a s/n se pronúncia logo pegando seu celular e mostrando a mensagem.

" eu até tirei uma foto do antes e do depois" mostro a foto que pedi para o pessoal da limpeza tirar e me enviar.

" nossa...estava bem..." o policial faz um careta leve mas tenta disfarçar.

" se quiserem eu mostro a nota do almoço que comprei também" Falo já pondo a mão no bolso.

"Não tudo bem, até mais e nos desculpem o incomodo" o policial responde já se distanciando da porta.

Assinto e eles se vão pela viela, olho para a s/n e ela parece bastante envolvida em pensamentos.

" você ta bem meu amor?"

" sim só estou chocada, eu realmente achava que aqui era uma cidade simples de poucas pessoas mas existem demônios e homicídios" ela parece um pouco devastada então a levo para se sentar.

" eu sei é muito pra processar mas eu estou aqui e vou protegê-la do que for" tento reconforta-la deitando sua cabeça em meu peito enquanto estamos sentados no sofá.

Aliso o cabelo dela e escuto seu celular tocar, ela vai até a bolsa e atende.

" ah...sim claro...amanhã mesmo estarei de volta, até mais" ela desliga e me olha confusa.

" quem era?" Faço cara de paisagem.

" meu chefe, ele me pediu para voltar a trabalhar amanhã pois ele não tem tempo de arranjar uma nova pessoa" ela senta do meu lado e encosta a cabeça em meu ombro.

" isso é uma boa notícia né?" Meu plano deu certo, tudo que eu precisava hoje era tirar a pessoa que estava no cargo da s/n, não planejava matar mas a substituta facilitou, a mensagem que mandei pro chefe dela de manhã dizendo que ela havia ido cuidar com urgência de um parente deve tê-lo lembrado dela para a recontratar.

" sim mas, uma garota acabou de morrer e ainda mais onde eu trabalho! não sei eu não tô acostumada, sei que morre pessoas sempre mas eu realmente acreditava viver uma vida tranquila por aqui" ela levanta do meu ombro e me encara sentada do meu lado.

" tudo bem eu entendo, mas acredite isso é mais comum do que parece" não sei se devo falar isso agora mas preciso alerta-lá do perigo que corre sendo uma humana nessa cidade.

" como assim?" Seu olhar emite curiosidade e confusão.

" há muitos demônios nesse vale justamente pelo fato de ser uma cidade esquecida, porém alguns deles não se alimentam como eu e sim de...pessoas" Falo com um pouco de medo da sua reação.

" meu Deus" seus ombros caem e ela encosta suas costas no sofá.

" só quero que saiba s/n, eu sempre estarei aqui para cuidar de você, sempre" tento acalmá-la, espero que ela acredite em mim.

" obrigada John, mas olha tem uma coisa que eu não te perguntei" olho para ela curioso.

" quantos anos você tem?" Ela pergunta.

" porque a pergunta repentina?" Sorrio.

" é que você falou que sempre estará aqui então pensei que a idade de um demônio seria diferente talvez"

" hum...entre 20 a 40, pode escolher" sorrio me divertindo com o olhar de confusão dela.

" como assim? Vc não aparenta nem ter mais que 26" ela me olha incrédula.

" só dei uma estimativa, pode escolher"

" uns 22?" Sua cara é de pura dúvida.

" acertou em cheio" na verdade minha idade é relativa já que posso mudar de aparência então já que ela acha que é essa será essa.

" porque tinha que deu um número tão alto pra escolher?" ela franze o cenho e me dá um empurrão de leve no ombro.

" só queria ver sua reação mesmo" sorrio e coloco uma mão no rosto dela acariciando sua bochecha.

" mas sério mesmo? Achei que seria diferente" ela abraça os joelhos.

" de alguns demônios sim e de outros não, é um mundo bem complexo e relativo"

" entendi, bem acho que já deu minha hora" ela se levanta indo pegar sua bolsa.

" porque? Fica mais um pouco" tento fazer uma cara para que ela sinta pena.

" você é impossível" ela sorri pegando sua bolsa e vindo até mim.

Levanto e lhe dou um abraço. Ela se vai, eu fico em minha forma pequena e a sigo para ter certeza que ela chegará bem em casa. Ela está perto de chegar porém é parada por um homem estranho...

✁𝓙𝓸𝓱𝓷 𝓓𝓸𝓮 𝓾𝓶 𝓵𝓸𝓾𝓬𝓸 𝓭𝓮 𝓪𝓶𝓸𝓻 𓁹Where stories live. Discover now