Mabi.
O pagodinho tava gostoso.
Cheio de gente bonita. De onde saiu tanta gente bonita nessa favela?
Hahahaha.
Eu tava dançando, tomando uma cervejinha e comendo umas carnes. Adoro. Uma delícia curtir assim. Vibe da hora.
Gabi: vai me dando corda, que rapidinho eu tô batendo na sua portaaaaa. - cantou gritando.
Eu: a gente brinca de se apega e não se solta, depois não tem volta, pensa na proposta. - cantarolei, sentindo a música na alma.
Eu amava menos é mais, as músicas eram ótimas.
Fp: caraca, a morena representa. - senti um calafrio, travei, mas mantive a pose.
Gabi por um lado, parecia ter visto o Satanás, eu ri por dentro, mas por fora, eu tava quase gritando.
Gabi: sai fora, fp. - falou seria.
Fp: não vai me apresentar? - sua voz rouca, seu cheiro maravilhoso, pelo o amor de Deus.
Eu: já nos conhecemos. - virei, olhando para aqueles olhos. Malditos olhos. O coração parecia que ia soltar.
Ô caralho.
Fp parecia ter visto 10 carro de polícia na sua frente. O homem ficou mudo, respirou fundo e negou.
Gabi: climao em, vamo lá na minha mãe, Mabi. - me puxou.
Fp: como tu tem a cara de pau de aparecer aqui? - falou sério. Parecia ter raciocinado agora.
Ergui minha sobrancelha, sem entender nada.
Foi isso mesmo que ele me perguntou? Anão.
Eu: cara de pau? Me poupe. - fiz cara de desdém.
Eu sabia que ele não era mais um aviãozinho, e nenhum menorzin do corre. Fp tinha virado dono da favela. Perigoso. Procurado. Mas eu tava pouco me importando, quem ele pensa que era pra falar daquele jeito comigo?
Fp: te poupar de que, garota? Tu sai sentando pra todos e ainda aparece aqui? Perdeu o medo de morrer? - segurou meu braço com força. Gente? O que aconteceu?
Nessa hora, todos. Eu digo todos, sem nenhuma exceção, olhava para nós.
Que vergonha.
Eu não vim aqui pra passar isso.
Puxei meu braço com força, sentindo o mesmo arder. E dei um tapa servido no braço dele.
Eu: eu nunca, repito, nunca te dei ousadia pra falar um absurdo desse pra mim. - falei séria, ríspida. Que ódio desse ridículo. - seja lá qual foi a história que inventaram, estão de parabéns, foi com sucesso. - debochei. - não chega mais perto de mim, você se tornou um ridículo.
Fp: tu pensa que é quem, caralho? - alterou.
Luisa: abaixa o tom de voz pra falar com minha filha. - minha mãe apareceu invocada. - vem de showzinho na frente dos outros não, mantém postura, caralho.
Fp abaixou a cabeça. Tendi nada em?
O local que o viado apertou, estava bem vermelho e doendo.
Que nojo desse babaca. Como um dia eu pude amar um boboca desse?
Sai dali pisando fundo.
Eu sabia que não devia ter vindo nessa buçanga.
[..]
Gabi.
Eu: a postura tu enfiou no boga e saiu voando né, carniça? - dei um empurraozinho no meu irmao. Vacila muito.
Fp: qual foi, porra? - falou todo cheio de marra, revirei os olhos.
Eu: brinca mais que a brincadeira. Tá maluco, Fp? - encarei ele. - se tu tem assunto mal resolvido, chama no canto e conversa, fica dando esses mole não. Feiao.
Fp: extrapolei, tô ligado po. - passou a mão no rosto. - lembrei das parada.
Eu: que parada o que fp, tu pintava e bordava e acha que tá no direito de alguma coisa. - ele me encarou.
Fp: pintei e bordei o que, carai? Tá viajando nas ideia? - falou sério.
Eu: ué, foi as ideia que deram pra Mabi. - dei de ombros.
Fp: então saiu dois papo. - olhei pra ele curiosa.
Eu: tá doido? - falei obvia.
Fp: tô dando ideia, espiga de milho. - dei dedo. - me passaram uma visão. Por isso eu perdi a linha.
Eu: to tendendo mais nada. - ele me contou tudo. - ué, e falaram pra ela que tu pegava era todo mundo.
Fp: bando de Zé povim. - falou doido da cabeça.
Gabi, 21.
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Sempre foi você.
Fanfiction' As vezes, só as vezes mesmo, o amor tá do teu lado e você fica dando mole. Em menos de segundos, você pode se sentir amado, mas não damos estia. Que loucura, somos loucos? carentes? desapegados? cismados? A vida nos ensina a nunca confiar no próxi...