48.

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Mabi.

Amanheceu o tempo nublado. Parecia um dia triste. Acordei com uma sensação estranha pra caralho. Eu hein.

Respirei fundo e tentei na dar bola para aquilo. Orei um terço, e me levantei.

Fui ao banheiro, fiz xixi, escovei os dentes e lavei o rosto.

Voltei ao quarto, troquei de roupa e desci até a cozinha.

Pessoal ainda dormia, mas eu nem sei o porquê eu acordei tão cedo assim.

Meu celular começou a tocar.

Fp, ah mano, me deixa hein. Plena 08:30 da matina, tentando tirar minha paz.

Coloquei no silencioso e fui fazer algo pra comer.

Fiz um misto, e um leite com Toddy. Lanchei tudo na paz de Deus.

Mas ainda sim, sentindo aquela sensação estranhona.

Que maluquice.

Hoje era dia de não sair de casa, ainda mais com essa sensação horrível.

13:30PM

Luísa: falou com seu pai hoje? - me encarou e eu neguei. - estranho, ele não me ligou até agora. E eu nem vi a hora que ele saiu. - disse prendendo o cabelo.

Eu: oxe. - encarei ela. - e ele saiu é? - minha mãe concordou. - anão, é possível não. - suspirei, colocando minha cabeça contra minhas mãos.

Luísa: o que foi, Mabi? - me olhou assustada.

Eu: aí mãe, hoje eu acordei com uma sensação estranha, sabe? O tempo nublado, e eu com um trem ruim no corpo. - suspirei. - aí desci aqui pra cozinha, e FP me ligando igual doido. - minha mãe colocou a mão no peito, respirando fundo. - o que meu pai ia resolver hoje, pelo amor de Deus? - falei já nervosa.

Luísa: ele não me falou. - respondeu baixo. - disse que ia ele, Rato, VT e FP. Aí meu Deus do céu. - disse subindo as escadas.

Entendi nada.

Será que aconteceu algo? Jesus amado.

Peguei meu celular e disquei o número de FP, nada de atender, Rato tbm não, nem VT. Que porra era aquela em?

Comecei a me tremer de nervoso. E eu nem sabia no que pensar.

Porque tu num atendeu, sua burra?

Era o que mais me deixava bolada.

[..]

Gabi: o celular nem chama. - apareceu com o celular na mão.

Disquei o número do FP de novo, e dessa vez chamou. Porra.

No segundo toque ele atender.

Fp: na moral vei, em um bagulho importante, tu não atende por causa de orgulho. - disse com a voz cansada.

Eu: o que aconteceu, Felipe? - falei apavorada com a resposta.

Fp: vem no hospital xxx-xx. - suspirou. - os cana seguiu a gente, e teu pai levou um tiro.

Arregalei os olhos, e fiquei calada. Senti meu corpo tremendo todo.

Luísa: o que foi, Mabi? O que aconteceu? - apareceu preocupada.

Eu: daqui a pouco estou aí. - falei com FP.

Desliguei o celular e em sentei no sofá, tentando assimilar tudo aquilo.

Minha mãe tava quase me batendo pra eu poder responder.

Eu: meu pai levou um tiro. - só isso que consegui falar.

Minha mãe paralisou.

E tudo ficou mudo.

Respirei fundo, e olhei minha mãe. Ela parecia ter tomado um choque.

Toquei na mesma, que me olhou. A mesma perdeu a força das pernas.

Gabi: aí meu Deus. - arregalou os olhos, tentando segurar minha mãe.

Eu: caraca. - murmurei. - não desmaia, mãe. A gente tem que ir ver como ele tá.

Luísa: o... oque aconteceu, cara? - falou fraco.

Eu: a polícia seguiu eles. - falei lembrando de FP falando. - e ele levou um tiro.

Luísa: vamos lá, a gente tem que ir. - levantou igual um tiro.

Sempre foi você.Where stories live. Discover now