Capítulo 7

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Com a casa limpa e a cozinha cheia e organizada, eu comecei a fazer o almoço. Era cedo, mas seria muito bom já que ela chega às 12 horas. Deve ficar com muita fome.

Já estava na hora de sair para ir a busca da Eri, então fui ter com o Yamamoto-san.

— Oi filho, já está na hora, certo?

— Sim, senhor, é sempre bom ir um pouco cedo.

— Você tem razão— Ele sorriu gentil. — Dificilmente os jovens de hoje são pontuais. Sua geração anda meio perdida.

— Yamamoto-san tem razão, mas muitos ainda são centrados.

— Eh, a vida tem dessas. Você me faz lembrar do meu esposo.

— Isso é bom ou mau?

— Isso é algo bom

— Então fico feliz em saber.

Em poucos minutos já estávamos do lado do colégio que parecia um palácio de tão grande que era. Estava ansioso para conhecer a menina, faz tempo que não tenho um contacto com crianças.

Eu realmente queria filhos, mas com essas mudanças do Kacchan, eu passei a evitar tê-los a todo custo. Saio do meu transe deprimente quando ouço o sino tocar.

Seguindo as orientações do Haru-san, eu achei a sala da menina.

Bati na porta e uma senhorita baixinha e muito fofa por sinal, abriu a porta para mim.

— Izuko?— Ela diz surpresa.

— Ham... Ochaco?

— Meu kami, a quantos anos eu não tenho uma notícia tua.— Diz a minha melhor amiga do médio.

— Éh, aconteceram algumas coisas. Trabalha aqui?

— Sim, eu dou aulas no primário.— Ela sorriu. — Nós ficamos ficamos de cursar pedagógica juntos. — Diz tristonha.

— Eu não consegui. Mas nada por isso, agora estou trabalhando com uma menina da sua turma.

— Ah! Deve ser a Eri! Fico feliz que sejas tu o responsável, a Eri é uma menina bem sensível e isso requer paciência. Sabes como são as crianças sem um ômega.

— Sim, claro! Serei cuidadoso com esse aspecto.

— Está bem.— ela retirou um papel do bolso.— Esse é o meu contacto, caso queira sair ou sei lá, voltar aos velhos tempos.

— Muito obrigado Ochaco, eu vou ligar um dia desses.

— Estarei esperando, promessa é dívida hein! — Ela sorriu — Bom, Eri! Seu novo responsável chegou.

A menina que estava do outro lado da sala olhou para sua professora e agarrou as suas coisas caminhando em passos lentos.

Ela era linda, com os fios platinados e olhos rubis.

— Oi Eri-chan, eu sou o Izuko e vou cuidar de você. Gostaria muito de ser seu amigo.

— Sério?— Ela tentava não abrir um sorriso enorme, mas quando eu concordei com a cabeça, ela deu um sorriso de orelha a orelha.— Então eu serei sua amiguinha.

— Ai que bom Eri-chan! Vamos para casa?— estendo a minha mão para ela, que aceitou rapidamente.

— Tchau Sensei!— ela abanou a mãozinha para Ochaco.

— Até amanhã Ochaco-chan

— Vão em segurança meninos!— Ela sorriu.

— Obrigado Ochaco-chan!

Caminhei de mãos dadas com Eri até o carro. Onde a menina se mostrou muito empolgada para voltar para casa. Talvez se deve ao facto de ser uma véspera de final de semana.

— Boa tarde vovô Yam! — Diz animada.

— Boa tarde, senhorita Eri! — o homem de cabelos grisalhos, deu um sorriso de olhos fechados.

— Eri, pastinha no lugar e lavar as mãos para almoçar!

— Tem almoço?— A menina olhou com pasmo.

— Porquê a surpresa meu amor?

— É que o titio Haru sempre esquece e depois saímos para almoçar.

— ah! Entendi, vamos fazer assim. — Agachei até a sua altura. — Sempre que você chegar, vai ter comidas bem gostosas, pode ser?

— Obaaa! Eu amo comer. Vai ter doces?

— Alguns, para sua saúde não baixar.

— Está bem! Eu vou lavar as mãos, eu vou lavar as mãos...— ela cantarolava indo para o banheiro.

Aqueci tudo no microondas e peguei três tigelas para servir o yakisoba para nós.

Nesse meio tempo Yamamoto-san entrou na cozinha.

— Ah! Yam-san! Seu almoço está pronto.

— Almoço? Você cozinha Izuku-kun?— Ele sorriu.

— Bom, digamos que é um grande passatempo.

— Já vejo! Então muito obrigado pela comida.

— Eri-chan chegou!— Diz chamando a atenção de todos. No fim das contas, ela consegue ser uma menina bem animada.

— Bem-vinda querida. Você molhou as mangas.

— Oh! Você vai ficar chateado?— perguntou triste e com receio.

— Não meu amor, eu irei te ensinar um truque para não molhar mais.— Sobre as mangas — Viu assim não ficam mais molhadas, ou puxa para cima. Assim e taram!— Sorri.

— Obrigada Izuku-kun! — Recebi um abraço da pequena.

— De nada amorzinho, agora vamos comer.

Os olhos da menina brilhavam a cada garfada que ela dava.

— Devagar Eri. — Soltei uma risada.

— Nunca vi ela comer assim. Sua culinária é muito boa. — Yamamoto-san disse após degustar de sua refeição.

— Muito obrigado, eu acho que sou um bom amador.

— Yummy! — Eri pegou em cada lado da sua bochecha depois de se deliciar com a sua tigela de comida. — Eu quero mais yakisoba por favor, Izuku-kun.

Servi um pouco mais e recolhi a louça suja para lavar. Yamamoto-san disse que iria conversar um pouco com alguns colegas da vizinhança e que qualquer coisa eu poderia ligar para ele.

— Terminei, Izuku-kun, você pode me ajudar nos deveres de casa?

— Claro! Vou terminar isso rapidinho e depois vamos estudar.

— Okii! Eu vou a busca dos meus cadernos. — Eri sai em passos apressados. Pulando alguns degraus sem tropeçar neles.

I WANT YOUWhere stories live. Discover now