Há um limite para tudo, até mesmo pra mim.

Já Basta!.....

Semanas haviam se passado desde o que aconteceu com Pandora, o dia mais triste em toda a vida imortal de Hefesto.

Desde esse dia, o Deus Ferreiro entrou em estado de profunda tristeza dentro de seu Templo, não aceitando trabalhos de nenhum Deus Olimpíano nesse meio tempo.

Zeus foi até o templo de Hefesto para falar com ele e Justificar suas ações, além de incentivá-lo a voltar ao trabalho. A resposta do Ferreiro às palavras de Zeus foi lançar diversas espadas e lanças na direção de Zeus, armas essas que eram capazes de matar um Deus.

Afrodite também tentou falar com ele na tentativa de fazê-lo voltar a criar os mais belos presentes para ela, mas nenhum de seus feitiços de sedução funcionou nele e ela foi expulsa de seu templo, sob ameaça de um banho de lava se retornasse.

( Atualmente )

Dentro da Forja do Deus Ferreiro, lugar esse que normalmente estava em altas temperaturas devido ao fogo da Forja e com o constante barulho de bater de martelo, agora se encontrava em completo silêncio e Escuridão.

Tudo que se podia ver é ouvir dentro da Forja, eram vários e vários barris de vinho de Dionísio e os muitos soluços de um Deus, ou melhor, de um pai que perdeu sua filha e que nunca irá conseguir tela devolta. Enquanto ele tentava afogar sua tristeza com toda aquela bebida.

Hefesto estava sentado em sua mesa de jantar, bebendo mais um copo de vinho enquanto chorava pela perda de Pandora a semanas atrás, Sendo visto pela Deusa da Magia que permaneceu em silêncio em um canto da sala, estando lá apenas para garantir que Hefesto não faria uma loucura, era seu dever como sua amiga não abandoná-lo nessas horas.

Mas, logo foi visto como uma mulher entrou no templo do Ferreiro, uma familiar Deusa do Lar entrou na forja de Hefesto com um rosto triste ao invés de sua expressão alegre de sempre. Hecate logo a viu, antes de ficar de frente para ela com um olhar de raiva em seu rosto.

Hecate: O que a Deusa do Lar e da "Família" quer aqui? - ela perguntou com clara hostilidade para a Deusa que se encolheu diante da Deusa.

Hestia abriu a boca para falar, mas não foi capaz de pronunciar nenhuma palavra de resposta para a Deusa da Magia em sua frente, as palavras pareciam que estavam Presas em sua garganta.

Hefesto: Hecate......Por que você ainda se incomoda em fazer uma pergunta, cuja a resposta já está mais que óbvia? - perguntou o Deus ao se levantar cambaleando de seu acento e olhar para a Deusa do Lar com um sorriso de deboche e um olhar morto.

Tal expressão fez o coração da Deusa do Lar afundar, vendo a expressão de seu sobrinho e vendo como em seu coração não havia nada além de tristeza, lamento, dor........
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E acima de tudo, ÓDIO.

Hefesto: Ela está aqui pela única coisa que os Deuses Olímpianos sabem fazer! Pedir e Tomar coisas de mim! - ele disse com raiva e jogou o copo cheio de vinho para o lado.

A Deusa do Lar assistiu tudo isso com surpresa, tristeza e preocupação, vendo como em seu coração havia muito ódio contra sua "família".

Hefesto: O que eles querem agora?! Mais armas?! Armaduras?! Mais Joias?! Mais Vestes bonitas?! - ele disse com muita raiva no começo, mas então começou a derramar lágrimas - Já lhes dei tudo que eu tinha.....meus trabalhos.....meu tempo.....minha privacidade.....meus sentimentos.....meus segredos.....e recentemente minha felicidade - Ele disse enquanto as lágrimas que caiam por seu rosto aumentavam.

Ver isso afundou o coração de Hestia ainda mais, o peso da culpa a estava corroendo a cada minuto que passava.

Hefesto: O que mais vocês querem de mim? Talvez minha vida? - ele perguntou já em um tom quebrado enquanto olhava para hestia que não respondeu - Se fizessem isso, pelo menos meu sofrimento seria encerrado - Ele disse para o alarde de Hestia.