Suddenly

6

     O alívio de Jimin e Jungkook, pairou na madrugada do domingo, quando Jaewon abriu os olhos e procurou pelo pai, e sorriu largo ao ver o titio Jimin ali também.

     - Que susto você nos deu em meu bebê. - Jimin acariciava os cabelos pretos da criança como sempre.
     - Nunca mais faça algo assim, me ouviu? Jeon Jaewon.

     O garoto confirmou com a cabeça, fazendo um biquinho fofo nos lábios.

     Na segunda-feira, Jaewon já estava em casa, correndo e brincando para todo lado, na verdade ele não precisou de cirurgia, e sim de uma broncoscopia.

     Jimin precisava ir pra clínica, iria conversar com a família do pequeno bebê Kwan hoje, mas não queria deixar Jaewon com uma babá. Jungkook tinha uma reunião importante mas pretendia levar seu filhote junto.

     - Jungkook, posso levar Jae comigo?
     - Melhor não Jimin, ele não para, vai acabar te atrapalhando.
     - Não vai não, ele vai ficar bonzinho, não é, bebê?

     O pequeno pestinha afirmou, queria muito ficar com o titio Jimin.

     - Tem certeza disso, Jimin? Eu não acho uma boa idéia.
     - Tenho certeza, vai, deixa, por favor, prometo te manter avisado o dia todo.
     - Como essas carinhas de pidões não consigo dizer não.
     - Isso, bate aqui bebê.
     - O bebê do papai vai se comportar?

     Jaewon fez cara de bravo, e cruzou os braços, não queria ser chamado assim por seu pai.

     - Não é justo, você deve ser meu bebê também, Jaewon. - Jeon não sentia mais ciúmes do ômega, mas achava engraçado aquela situação.
     - Você perdeu Jungkook. - brincou o ômega, fazendo carinho na bochecha do pai alfa.
     - Acho que não, bom vou indo, qualquer coisa me avisa, e eu mando mensagem assim que puder.
    
     Jungkook se abaixou para beijar os cabelos do filho, e logo se levantou, beijando os cabelos de Jimin também.

     - Até logo, Jungkook.
     - Até logo, Jimin.

     Dentro de seu consultório, Jimin tinha Jaewon em seu colo, vendo um desenho no celular.

     - Jaewon, logo vai chegar um titio e uma titia, eu preciso conversar sério com ele, por isso preciso que você fique quietinho, combinado? - Viu o pequeno confirmar.

     - Bom dia Senhor e Senhora Kang. - o loiro cumprimentou assim que o casal entrou em sua sala.
     - Bom dia Doutor Park. - foi o homem a responder.
     - Podem se sentar, desculpe por meu filho, tive que trazê-lo hoje.
     - Tudo bem. - era sempre o homem que falava.
     - Analisei o caso de vocês, e constatei que Kwan sente muito a falta de afeto dos pais, posso fazer algumas perguntas?
     - Sim.
     - Quanto tempo, vocês passam com ele?
     - Eu só vejo ele a noite, pois de dia estou no trabalho, e minha esposa sempre está fazendo alguma coisa na rua.
     - E brincadeiras, quais vocês usam com ele?
     - Geralmente não brincarmos com ele, tem dias que eu chego e ele já está dormindo, e quando está acordado, está sempre chorando.
     - E na hora de dormir? Quem fica com ele?
     - Está sempre com a babá.
     - E como é o relacionamento da Senhora Kang com ele?
     - Ela não chega perto dele, e quando ele chega perto dela ela sai, ou chama a babá para pegá-lo.
     - Certo.
     - O que vamos fazer agora Doutor?
     - Vocês tem duas opções, vou ser direto Senhor Kang. - o ômega só tinha a atenção do Senhor.
     - Pode dizer.
     - A primeira é escrever Kwan pra adoção, um bebê precisa do tempo dos pais, ele não se sente protegido, por seu um ômega, ele precisa de muito carinho e amor, duas coisas que vocês não estão dando para ele.
     - E a segunda.
     - A segunda alternativa é começar dar a atenção que ele precisa.
     - Como podemos fazer isso?
     - Eu não vou fazer nada com aquele bebê nojento. - foi a primeira frase da mãe do bebê.
     - Você não precisa fazer nada com ele, Senhora Kang, só peço que acompanhe as sessão junto ao seu marido, vamos começar com cinco sessões de uma hora, nelas eu vou ensinar vocês a como tratar o Kwan, e o que fazer com ele, assim vocês podem tirar as duas que ainda possam ter.
     - Obrigado Doutor, vamos fazer sim.