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      Uma semana havia se passado depois da briga de Alex, ele e Cecília estavam bem mais próximos, andavam juntos, conversavam sobre várias coisas

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      Uma semana havia se passado depois da briga de Alex, ele e Cecília estavam bem mais próximos, andavam juntos, conversavam sobre várias coisas. Cecília gosta muito dele e Alex gosta muito dela. Em pouco tempo ela já não sente a escola nova tão estranha como antes, já tem dois melhores amigos e quase não sente falta da antiga cidade.

     — Bom dia. — Diz Cecília a Sofia. — Cadê o Kenny?

     — Bom dia cunhadinha. O Kenny está na oficina, seu amigo está lá com ele. — Cecília revirou os olhos fazendo  Sofia rir — Não faz isso, sabe que eu shippo vocês. A maneira que ele te trata é tão fofa e engraçada.

     — Para com isso, eu não gosto dele. — Sofia a olhou com os olhos entreabertos, não que Cecília tivesse mentindo, mas no fundo ela meio que já se acostumou com Aidan e digamos que esse se acostumou é um jeito carinhoso de dizer sobre o que começou a sentir, até algumas coisas que ele diz já tiraram risadas da garota. — Ele me irrita.

     — Sei! Sabe que seu irmão fazia a mesma coisa. Olha onde estou agora: fazendo café para a irmã dele. — Diz servindo uma caneca com café para a mais nova, as duas foram até a mesa e se sentaram. Sofia é uma pessoa que Cecília se sente confortável para conversar sobre qualquer coisa, com Kenny também é assim, mas Sofia a entende muito melhor e tem os melhores concelhos. Cecília olhou para o celular verificando se havia alguma mensagem dos pais; nada. Dês do dia que se mudou não recebeu nenhuma mensagem. — Eles não mandaram nada? Nem uma pergunta se quer?

     — Não, tô começando a achar que estudar numa escola de qualidade não passou de uma desculpa para me ver longe. — Levou a caneca a boca tomando um gole de seu café quente, Sofia saiu de seu lugar em frente a de Cecília, deu a volta na mesa e se sentou ao lado dela a abraçando em seguida. — Eu gosto de morar com vocês, você é a melhor cunhada que eu poderia ter, mas eu queria estar com meu pai e minha mãe. Só que parece que eles não me querem perto.

     — Sei que Kenny disse que eles devem estar ocupados ou que devem ter esquecido de ligar. — Cecília a olhou, a falta dos pais a fez derrubar algumas lágrimas — Meus sogros são uns idiotas por não terem se preocupados em mandar uma mensagem para você. Deve ser difícil ficar sem eles e mais difícil ainda sem a sua mãe por perto, mas eu tô aqui para tudo o que precisar, tá?!

Antes que ela conseguisse responder, Kenny entrou em casa junto com Aidan. A garota se separou do abraço de Sofia e limpou as lágrimas, sentiu o olhar dos dois, mas não os olhou.

     — Tá tudo bem? — Perguntou Kenny se aproximando da irmã, olhou para Sofia que fez um sinal para o celular, assim que pegou o aparelho e viu o aplicativo de mensagem entendeu o porquê do estado da irmã. A abraçou e deixou um beijo na bochecha. — Não liga pra isso, nossos pais eles estão....

     — Para com isso, cansei de ouvir a mesma coisa. — Se solta no irmão e se levanta. — Por que você não diz logo o que está acontecendo?

Aidan ainda estava ali, costuma tomar café com o chefe, estava em silêncio. Cecília triste nem se importou com ele ali e também não deveria já que a casa também era dela. Kenny respirou fundo e trocou olhar com Sofia, mas ambos não querem contar a real para ela, ainda não.

     — Ceci, senta pra tomar seu café, depois a gente conversa.

     — Escuta a Sofia, eu prometo que depois eu tento conversar com nosso pai e aí ele conversa com você.

Cecilia não disse nada, apenas pegou celular de cima da mesa e saiu da casa. Kenny deu o primeiro passo para ir atrás dela, mas teve o braço segurado por Sofia.

     — Não é bom você ir falar com ela agora, vocês conversam quando ela voltar. — Kenny concordou e a abraçou — Aidan, será que você pode ir....

     — Claro. — Diz saindo de casa em seguida.

     Cecília talvez precisasse de um tempo sozinha, colocar os pensamentos em ordem e enteder direito essa distância dos pais. Caminhou pela rua sem saber para onde realmente iria, chegou na ponte da cidade e ali ficou olhando para a água. Tentou ligar outra vez para a mãe, o celular apenas tocava e nada. Sentiu uma presença do seu lado, virou o rosto para o lado contrário para que Aidan não a visse chorando.

      — Kenny queria ter vindo atrás de você, mas Sofia não deixou.

      — Sai daqui, isso não tem nada haver com você.

      — Estou tentando ser seu amigo.— Cecília baixa a guarda e Aidan aproveita para a abraçar de lado —  Kenny e Sofia estão fazendo o de tudo para que você fique bem aqui, sei como é ter pais idiotas e queria eu ter um irmão pra estar comigo como Kenny está com você....

     — O que foi? Seus pais também fingem que você não existe?

     — Quase isso, a diferença é que eles estão sempre em casa, nunca me faltou nada — Cecília olha para Aidan, pelo o olhar do rapaz, ela sabe que ele a entende nesse momento — Mas nem tudo é sobre bem-material.

Silêncio, os dois ficaram ali sem dizer nada, apenas olhavam a correnteza da água a baixo da ponte. Foi melhor Aidan ter ido falar com Cecília do que Kenny ou Sofia. Ele não a irritou e nem usou suas frases que sabe que ela odeia. Talvez, ele esteja seguindo o concelho do senhor Murray: Não seja um idiota!

      — Posso fazer algo para se sentir melhor, quer?!

      — O que? Vai pedir desculpas para o Alex por ter pagado o Timmy para bater nele ou vai me deixar em paz na escola?

      — Não vamos tão longe. — Ela riu — Tava pensando em um beijo, Mary! Aposto que vai se sentir muito melhor.

Idiota, foi o que ela pensou. O empurrou e aumentando o tom de voz disse:

     — Pela última vez, o meu nome é Cecília. — Saiu dali bufando.

     — Ainda está triste? — Pergunta seguindo a garota — Mary!

      — Cala a boca, você é um idiota.

     — Foi só uma brincadeira, onde vai?

      — Vou para a casa ficar bem longe de você.

Bom, ela não está mais triste, agora está com raiva de Aidan.

Bom, ela não está mais triste, agora está com raiva de Aidan

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See you tomorrow, Mary! Where stories live. Discover now