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      Ao acordar na terça-feira, Aidan perceberá que ainda continuava chovendo, um dia cinza e frio

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      Ao acordar na terça-feira, Aidan perceberá que ainda continuava chovendo, um dia cinza e frio. O despertador já dispensado, deitado em sua cama Aidan continuava a pensar em Júlia. Não estava tão deprimido como antes, mas ainda sentia um ausência em seu peito. Lembrou do que disse a Cecília e levou o olhar para o criado mudo ao lado da cama. Terceira gaveta e bem ao fundo uma caixinha preta, dentro possuía o anel que havia comprado; sua mãe disse que seria melhor devolver a loja e pedir reembolso ou até mesmo vender a um preço elevado. Olhar dessa forma parece simples se livrar de um objeto por um valor considerável, mas o valor ali era sentimental, uma lembrança ou uma prisão em pensamentos. Aidan por querer essa lembrança, pegou um cordão e amarrou ao anel prata com uma pequena pedra única. Já está na hora de Aidan livrar seu coração da dor que sentia, sabia que teria que seguir a vida sem ela e também sabia que nunca ia amar alguém como amou Júlia, os pais de Aidan são do tipo que ligam mais para trabalho e que não tem tempo para dramas adolescentes, Júlia era a luz e alegria na vida de Aidan. Ela nunca vai ser esquecida, porém Aidan sabe que há um novo lugar em seu coração, um lugar para ele poder amar e ter algo sério com alguém.
      Antes de sair de casa Aidan olhou para o cordão e colocou em seu pescoço saindo em direção a escola em seguida. Era tanta coisa em sua mente que esqueceu que em sua conversa com o professor Chad, conseguiu uma carta de indicação para a faculdade dos sonhos, a carta já estava a caminho da faculdade e em poucos dias receberia a resposta. Seu colégio era caminho direto para outras faculdades, mas a que Aidan realmente queria era fora desse caminho. Fora do país e fora do continente, em Stepney.

Assim que chegou foi direto para a sala de aula, cumprimentou o melhor amigo e se sentou na última carteira, atrás de Timmy.

      — Como você está?

      — Estou mais tranquilo — Timmy o olhou como se estivesse estudando seus traços, parou o olhar assim que viu o anel sendo usado como pingente de colar — Ela ia gostar, não é?!

      — Com toda certeza. — Deu um leve sorriso ao amigo, realmente Aidan estava mais tranquilo. Quando olhou para a porta da sala, avistou Cecília e Sadie. Timmy também olhou já que tem interesse na ruiva. — Eu vou lá falar com a Sadie.

      — Eu vou com você. — Ambos se levantaram.

      — Cara, eu disse que ela te chamou de idiota. — Aidan deu de ombros e seguiu Timmy até às meninas — Ruivinha linda, vai aceitar quando sair comigo?

      — Timmy, vamos matar aula hoje? Estou tentando convencer Cecília, mas ela é muito certinha para isso! — Timmy sorriu e estendeu o braço para Sadie, os dois saíram da sala de braços dados.

Aidan aproveitou e sentou no lugar de Sadie que é atrás de Ceci, a garota se virou para ele e se olharam.

      — O que é, Aidan?

      — Nada demais, só vim aqui para sentir seu perfume melhor e olhar para esse seu lindo rostinho — Cecília revirou os olhos e olhou para outro ponto da sala. Aidan abaixou o olhar e sorriu ao ver o presente no pulso de Ceci, para ela estar usando quer dizer que ela gostou, mas ele preferiu não dizer nada sobre isso — Mary....

      — Como você está? — Se olharam outra vez — Ontem estava bem deprimido.

      — Estou bem sim, não 100%, mas estou tranquilo hoje.

°•°•°

      No intervalo Cecília e Aidan trocaram mais alguns olhares e mesmo que tenha acontecido de uma forma discreta, Alex percebeu. Se sentiu incomodado, mas preferiu não intervir para ver até onde iam com os olhares. Sadie não estava com eles porque estava com Timmy, os dois mataram aula juntos e acabaram trocando alguns beijos mesmo que ela não sinta o que Timmy sente na mesma intensidade.
Alex olhou para Cecília bem na hora que olhará para Aidan, assim que ela percebeu o olhar do loiro sobre si, deu um sorriso sem graça.

      — Por que não para de olhar para ele?

      — Eu conversei com ele ontem, é por isso.

      — Sobre o que? — Ela hesitou um pouco e então contou que era sobre Júlia. Alex ficou um zangado com isso que preferiu sair do refeitório e ir para um lugar sozinho, ficou um tempo no pátio da escola e então decidiu uma coisa; voltou para o refeitório, caminhou até Aidan, Timmy e Sadie. Olhou para eles e respirou fundo — Conversou sobre Júlia com Cecília?

Silêncio, então Sadie se levantou e deixou os três garotos sozinhos. Alex se sentou ao lado de Aidan.

      — Contei e isso inclui na parte em que você era apaixonado por ela. — Alex riu negando, definitivamente não era esse tipo de gostar que ele sentia. — Qual é a graça? Ficou puto quando começamos a namorar e até brigou com ela por isso. Estavam sempre juntos.

      — Eu gostava dela sim, mas não para namorar com ela. Júlia era minha melhor amiga desde dos 7 anos de idade, estávamos sempre juntos, saiamos sempre, ela me contava tudo e eu contava tudo a ela. Minha única amiga e você apareceu, não nego que sentia ciúmes...

      — O que rolava com você? — Perguntou Timmy se pronunciando pela primeira vez na conversa. — Era só ciúmes? Ficou desse jeito por ciúmes?

      — O que quer ouvir? Uma justificativa para eu ser assim? Não tem uma explicação. Era só eu e Júlia desde dos 7, ninguém mais. — Aidan o olhou, ele não precisava de uma explicação, pode parecer egoísmo da parte de Alex, mas ele só se sentiu esquecido por Júlia. A amizade deles era de melhores amigos, melhores em todos os sentidos e aí Aidan apareceu e a amizade de repente ficou de lado. — Ela esqueceu minha amizade, de repente perdi minha amiga por alguém que esqueceu dela no momento em que mais precisou, no fim esse era meu medo; de acabar perdendo ela para você e eu perdi por algo pior. A gente perdeu ela.

      — Eu sinto muito se por minha causa a amizade de vocês ficou de lado, de verdade — Respirou fundo antes de continuar — E eu não esqueci ela aquele dia, eu juro que ia me encontrar com ela. Não estava com outra garota.

      — Ela sabia que não, estranhamente Júlia confia muito em você. — Alex ergueu o pulso para mostrar o cordão que usava, com uma pedra verde. — Ela me deu isso naquele dia.

      — Júlia adorava essa pedrinha. — Disse Timmy.

     — Escuta, eu sei que me odeia por conta da minha relação com Júlia, me desculpa por isso, mas Cecília não é ela, eu contei por que.....

      — Gosta dela, eu reparei.

      — É.... É... Quer dizer, não que eu.... Eu...

     — Cecília não precisava saber, não precisava ter contado. Agora ela tem dó de nós dois.

 Agora ela tem dó de nós dois

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See you tomorrow, Mary! Where stories live. Discover now